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Resumo Do Livro BENHAMOU, Françoise. A Economia Da Arte. Cotia: Ateliê, 2007. (p. 75 - P. 98)

Trabalho Universitário: Resumo Do Livro BENHAMOU, Françoise. A Economia Da Arte. Cotia: Ateliê, 2007. (p. 75 - P. 98). Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  26/3/2015  •  814 Palavras (4 Páginas)  •  592 Visualizações

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1. Os mercados de arte

As constantes baixas e altas do mercado de arte levantam-nos a questão: quais os fatores que incidem sobre a formação do preço das obras?

Raymonde Moulin cita três mercados diferentes: o primeiro é o mercado dos cromos, que são as pinturas que faturam bem, mas são estereotipadas e normalmente destinadas a decoração; possuem um público amplo e muitas ofertas. O segundo é o mercado das obras tombadas, que tem o valor histórico que já garante o valor de mercado, e nesse caso as ofertas são mais rígidas. Nos dois casos o público é restrito e poucos são os atores. O terceiro é composto pelos marchands, críticos, leiloeiros, conservadores de museus, professores de escolas de arte etc, que têm o poder de interver no mercado por diversas razões.

Uma das praticas dos marchands é estabelecer uma “relação duradoura com o artista, aceitando obras em consignação ou cobrando cerca da metade do preço de venda. (...) Essa fórmula muito frequente permite repartir os riscos entre o artista e a galeria.” (p. 78) Porém, há galerias trabalham sem o contato com os criadores das obras.

Os marchands foram os responsáveis por, na segunda metade da década de 80, ajudarem a exacerbar os preços, e acabaram sofrendo os efeitos da crise.

A formação do valor das obras é feito pelo perito que avalia o valor estético da mesma e calcula o seu valor comercial. Essa avaliação é influenciada pela evolução da história da arte, da aceitação dos novos movimentos artísticos, entre outros.

Quem determina o valor são considerados os “detentores do saber e da legitimidade”, chamados de oligopolistas.

O preço pode variar conforme a fama do artista, pela qualidade do quadro no conjunto de sua obra, dos prêmios recebidos, das exposições etc. Esses fatores são atribuídos como uma espécie de números de pontos que define se ele é ou não um artista caro. Em suma, o preço resume as qualidades reconhecidas da obra pelos atores do mercado (oligopolistas).

Para firmar um preço, é necessário que ele seja dividido em três partes: uma delas é atribuída ao reconhecimento social, outra depende de como são avaliadas as características específicas da obra e o último componente é a partir de um efeito aleatório e de variáveis desconhecidas.

Como foi dito no início, o mercado da arte é afetado regularmente pelo seu próprio movimento: “o faturamento das grandes casas de leilão cresceu em 74 e caiu com a crise em 85. Depois cresceu bastante para logo desmoronar em 90. Na época inúmeros quadros foram vendidos com lance mínimo.” (p. 82)

Isso ocorreu a partir do “encolhimento” dos comprados, pelos efeitos da crise econômica e a falta de confiança após diversos episódios infelizes, como a divulgação de falsos recordes de preços em um leilão em Kandinski.

Ao questionar se é rentável a compra de obras de arte, o autor expõe algumas ideias:

O preço de uma obra de arte, se tem algum valor estético reconhecido, aumenta com o passar do tempo. (...) Ao contrário das ações de uma empresa, as obras de arte não são substituíveis nem semelhantes; é por isso que o vendedor assume uma posição de monopolista das obras

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