TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO COMO INSTRUMENTO EDUCACIONAL DE ARTES
Por: Jorge Absy • 8/10/2018 • Artigo • 4.054 Palavras (17 Páginas) • 277 Visualizações
SUELMA CRISTINA BERNARDO DA SILVA (8051575)
JORGE MIGUEL ABSY NETO (8052817)
Artes Visuais, Licenciatura - DGART1801SPOA1O
TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO COMO INSTRUMENTO EDUCACIONAL DE ARTES
Tutor: Prof. Halima Alves de Lima Elusta
Claretiano - Centro Universitário
SÃO PAULO
2018
Introdução
A cada dia a tecnologia está mais presente no cotidiano da sociedade brasileira. Conforme uma pesquisa realizada pelo Centro de Estudos sobre as Tecnologias da Informação e da Comunicação – CETIC, apresentado em uma reportagem sobre tecnologia no site G1 (G1, 2017), realizada entre novembro de 2016 e junho de 2017, a internet está presente em 54% das moradias brasileiras e, segundo esse estudo, o número mostra um crescimento de 3% percentuais em relação à 2015.
Temos vivenciado tantos outros elementos relacionados a tecnologia que corroboram o impacto que ela tem, nos mais diversos níveis, sobre o nosso cotidiano. Assuntos como: inteligência artificial, realidade aumentada, robótica e informática, estão presentes em locais e situações da nossa vida, trazendo facilidade na obtenção de informação, respostas instantâneas de uma pluralidade de assuntos, transporte, lazer e a interatividade, seja no aspecto entretenimento como no educacional.
Dentro desse cenário, a tecnologia não pode ser ignorada no âmbito educacional. Instituições de ensino confirmam essa tendência quando enxergam na tecnologia uma ferramenta relevante para o auxílio educacional. Colégios se esforçam para estarem à frente de seus concorrentes, buscando soluções para as diversas demandas, tanto no aspecto administrativo como no pedagógico. Pudemos observar o exemplo no artigo da revista Isto é (SOLLITO, 2017) onde o Centro Universitário Celso Lisboa, no Rio de Janeiro, remodelou a sala de aula e consequentemente a metodologia de ensino ao colocar um computador para cada aluno.
Essa revolução tecnológica pode ser notada pela velocidade no desenvolvimento de supercomputadores, Smartphones, iPads e Tablets, assim como, na expansão de aplicativos, jogos e materiais didáticos ofertados por empresas geradoras de conteúdo (editoras e startups) demonstrando que essa oportunidade tecnologia não passa desapercebida; pois criam opções para o relacionamento aluno e professor num universo tecnológico característico de uma nova geração de aprendizes. Na robótica, por exemplo, temos ferramentas multidisciplinares onde os alunos põem em prática seu conhecimento teórico (SOLLITO, 2017). Comprovamos o uso dessa tecnologia ao pesquisarmos uma empresa chamada Approva (FRANÇA, 2017), responsável por vários aplicativos voltados ao ensino. Na apresentação da empresa, em seu site, pudemos perceber que ela encara o uso da tecnologia em sala de aula como uma mudança expressiva e que isso tem uma relação direta com a demandas dos próprios alunos que precisam de abordagens inovadoras.
O crescimento tecnológico se desenvolve rapidamente e cada vez mais influência nossas funções cotidianas; cria-se uma real necessidade em se refletir o quanto essa tecnologia trás de benefício ao educador em sua didática. Conforme Bettega: “a escola, mais do que nunca, precisa se apropriar das novas linguagens audiovisuais e informáticas, bem como de suas interfaces, para atender as constantes exigências do mundo que por sua vez, requer uma sintonia cada vez mais afinada com o conhecimento”. Ele continua com: “a escola é, especialmente, o lugar onde tudo isso pode ser sentido e vivido, como reflexo das sociedades em que os jovens estão inseridos”. (BETTEGA, 2010. P. 15)
Assim, buscaremos demonstrar através dessa pesquisa que o uso da tecnologia, assim como em outras áreas, é uma alternativa viável que auxiliará os professores a desenvolverem novas maneiras de transmitir tudo que é pertinente ao ensino da arte. E mesmo sendo uma matéria relacionada à manufatura, onde textura, manejo, cores e sentidos; são importantes passos do aprendizado, o uso da tecnologia não vem excluir os métodos tradicionais de ensino, mas dar a possibilidade de aprendizado, criatividade, conhecimento e dinâmica através de novas ferramentas.
O objetivo dessa pesquisa é destacar a importância do uso da tecnologia da informação no auxílio aos professores nas aulas de artes. O público alvo são professores do 5º. Ano do Ensino Fundamental I.
Delimitaremos a pesquisa na investigação das possibilidades dos tipos de tecnologias da informação aplicadas que possam ser associadas às práticas de ensino de artes na atualidade. Também identificaremos junto à pesquisa bibliográfica como os jogos educacionais, aplicativos e programas podem promover um melhor desenvolvimento no desenvolvimento pedagógico do ensino de artes.
Os processos de ensino-aprendizagem em Artes não são de forma linear como comumente acontece em outras disciplinas. No ensino de artes necessita-se compreender a subjetividade que está por detrás de cada aluno, ou seja, sua particularidade. Também de como esse aluno está inserido no espaço que os rodeia, e como este reflete em suas atividades cotidianas.
Mais que uma disciplina, a arte é uma forma de ver e propor construções humanas que envolvem as ligações culturais, sociais, políticas e históricas. Segundo Pimentel (PIMENTEL, 2009): “lidar com arte vai além das nuances sensíveis, mas também com o pensamento em outro nível que não é o comumente utilizado no dia a dia na escola”.
Loyola (LOYOLA, 2016) nos diz que é entre o final do século XX e começo do século XXI que o processo de construção do capital pensado humano fica mais complexo, e que este é um período ao qual se inicia um levante na utilização de recursos tecnológicos. Desta forma temos uma extensa caminhada tecnológica que nos trazem até a nossa contemporaneidade, permeando toda a nossa vivência pessoal e nossa construção do saber.
Dialogar sobre o uso de tecnologias dentro da sala de aula causa certa estranheza por parte dos professores que prejulgam um resultado não satisfatório com a utilização de aplicações e gadgtes no ambiente de ensino, no entanto, o que vemos são diversas transformações na passagem do conhecimento, utilizando-se dessas ferramentas de forma consciente e educativa.
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