Trajectória
Seminário: Trajectória. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: Nilmar • 20/5/2014 • Seminário • 952 Palavras (4 Páginas) • 209 Visualizações
Fonte http://intertemas.unitoledo.br/revista/index.php/Juridica/article/viewFile/537/533 páginas 26 - 29
A trajetória
A Primo Schincariol Indústria de Cervejas e Refrigerantes S/A, fundada em 1939, nacidade paulista de Itu, foi criada por Primo Schincariol. No início, produzia apenasrefrigerantes, como a famosa Itubaina sabor tutti-frutti. Apenas em 1989, a empresa começoua produzir a sua primeira cerveja pilsen.Com o passar dos anos ampliou suas atividades e fundou filiais em Alagoinhas (BA),Cachoeira de Macacu (RJ), Caxias (MA), Alexânia (GO), Recife (PE), Igrejinha (RS) e umaoitava está sendo construída em Benevides (PA).
O Grupo Schincariol firmou-se no mercado consumidor a partir de 1993, quandoapresentou um forte crescimento, pois, segundo o Sindicato Nacional da Indústria de Cerveja(SINDICERV), o brasileiro aumentou o consumo médio de cerveja anual para 47 litros porpessoa, o que acendeu a disputa entre os fabricantes. A melhor personificação dessa guerra nomercado foi detonada em setembro de 2003 com o lançamento da Nova Schin, do grupoituano Schincariol.
A marca Schincariol, que era dona de uma participação de modestos 6% do mercadode cerveja e que possuía, ainda, os produtos Primus e Glacial, chegou a 9% com o lançamentoda Nova Schin, e elevou assim para 11,5% a participação do grupo com apenas um mês decampanha. Em dezembro, números da pesquisa realizada pelo instituto de pesquisas demercado A. Nielsen incendiaram a disputa, pois, naquele momento, o grupo já haviaabocanhado a fatia de 15,2% das vendas; a Kaiser voltava a exibir os 12,4% que tinha emsetembro e a Ambev (fusão da Brahma e da Antártica) havia caído 3,5 pontos percentuais echegou à participação mais baixa desde a sua criação em 2000, 62,6%. Cada ponto percentualdo mercado valia, na época, R$ 80 milhões.
O Grupo Schincariol tornou-se a segunda maior produtora de cerveja do país com 7(sete) fábricas em plena atividade e angariou respeito e admiração de toda a sociedadebrasileira. O Grupo era constituído por 7.000 operários diretos e 25.000 indiretos (entredistribuidores, fornecedores e prestadores de serviço).
O Grupo Schincariol, após ter registrado um prejuízo de R$ 12 milhões em 2003,fechou 2004 com um lucro operacional de R$ 83 milhões. O faturamento bruto da empresatotalizou R$ 2,4 bilhões em 2004, quase R$ 1 bilhão a mais do que em 2003, quando lançou acerveja Nova Schin. As cervejas do Grupo Schincariol responderam por 80% das vendas, e aárea dos nãoalcoólicos por 20%, isto em 2004.
Os superintendentes do Grupo afirmaram que “fizemos a aposta certa ao reposionarnossos produtos no mercado”. Outro fator que influenciou o crescimento do grupo, quechegou a 58% em relação a 2003, foi a reformulação da rede de distribuidores-parceiros “ocrescimento do número de pontos-de-venda fez com que procurássemos uma saída mais rápidapara atender a demanda de venda e distribuição dos nossos produtos”.
Com o intuito de expandir suas unidades industriais de olho no crescimento do poderaquisitivo do consumidor, o Grupo Schincariol teve um investimento previsto de R$ 600milhões para 2005 nas áreas industrial e de Marketing, e, pelo menos 50% foram direcionados
para a ampliação da capacidade de produção. Em 2004, o investimento para aumentar acapacidade ficou em R$ 294 milhões. O objetivo em 2005 era ampliar a capacidade instaladade 2,1 bilhões de litros de cerveja para 3 bilhões de litros. Além disso, o grupo visava ampliaro volume de exportação para os países da América do Sul.
Nos últimos 3 anos o Grupo Schincariol multiplicou por quatro seu tamanho e tornou-seuma pedra no sapato de seus concorrentes. Devido esse crescimento, o Grupo passou a seralvo da acusação de que a sua expansão era decorrente de fraudes e sonegação de impostos.Diante dessas acusações, o analista do setor de bebidas do Banco Fator, EduardoPfister disse: “Se esse crescimento veio de sonegação, será difícil que ela volte a sercompetitiva”.
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