X-Men - Dias do futuro esquecido reorganização da franquia no caminho certo
Seminário: X-Men - Dias do futuro esquecido reorganização da franquia no caminho certo. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: maykom • 27/5/2014 • Seminário • 1.267 Palavras (6 Páginas) • 523 Visualizações
esenha: X-Men – Dias de um futuro esquecido recoloca franquia no rumo certo
Por Samir Naliato
Data: 19 maio, 2014
Os X-Men estão completando 14 anos nos cinemas, com sete filmes produzidos nesse período. Tudo começou com X-Men, o filme (2000), no qual os principais heróis e antagonistas foram introduzidos, e seguiu com a evolução natural da história e dos personagens no elogiado X-Men 2 (2003).
Mas a saída do diretor Bryan Singer causou também uma queda na qualidade, e os produtores pareciam não ter bem definido que caminho seguir com a franquia. Foi quando os problemas começaram.
X-Men 3 – O confronto final (2006), com direção de Brett Ratner, teve inspiração em duas famosas histórias dos quadrinhos: Fênix Negra e Superdotados, mas se perdeu com uma trama pouco cuidadosa e a eliminação de diversos personagens, como Ciclope, Professor Xavier e Jean Grey.
Depois, foi a vez de X-Men Origens – Wolverine (2009), que se propunha a contar a origem do mutante mais popular da série, mas o fraco roteiro e o excesso de personagens não foram benéficos para o resultado final.
X-Men - Dias de um futuro esquecidoX-Men - Dias de um futuro esquecido
O passo seguinte veio em X-Men – Primeira Classe (2011), com o objetivo de mostrar a primeira equipe formada por Charles Xavier e sua parceria com Erik Lehnsherr, o Magneto, na década de 1960. Apesar de ter pontos positivos, a falta dos principais mutantes e a indecisão em definir se era um reboot ou uma prequela deixou a trama no meio do caminho e criou diversas incoerências com os longas anteriores.
Hugh Jackman voltou a encarnar o invocado herói em Wolverine – Imortal (2013), outro projeto de desempenho mediano, cujo ponto alto foi a cena extra em que Professor Xavier e Magneto aparecem para pedir a ajuda de Logan.
A essa altura, a série estava virando uma colcha de retalhos, com buracos narrativos e eventos contraditórios. A confusão cronológica começava a se parecer com a história dos personagens nos quadrinhos.
O que aconteceu com Nortuno, personagem tão importante em X-Men 2 e jamais mencionado novamente? Qual o relacionamento existe entre Xavier e Mística, que nunca foi mencionado antes de Primeira Classe? Como Xavier aparece vivo e Magneto com poderes restaurados em Wolverine – Imortal, se no final de X-Men 3 um havia transferido sua mente para outro corpo e o outro havia perdido as habilidades? Isso para ficar apenas em alguns exemplos mais óbvios.
X-Men – Dias de um futuro esquecido marca o retorno de Bryan Singer em história baseada na saga homônima dos quadrinhos, uma das mais aclamadas de todos os tempos. E se inspira na premissa de viagem no tempo para unir as duas linhas temporais da franquia: a do elenco original e a nova.
X-Men - Dias de um futuro esquecido
O filme começa em um futuro pós-apocalíptico, no qual os mutantes estão quase extintos após serem caçados e mortos pelos avançados robôs Sentinelas. A erradicação do homo superior afetou também o homo sapiens, pois os que os ajudavam sofriam o mesmo destino, e aqueles que tinham o gene para gerar filhos ou netos mutantes eram igualmente erradicados. A guerra se tornou global.
A única alternativa encontrada é usar uma recente habilidade desenvolvida por Kitty Pride para enviar a mente do Logan do futuro para a sua contraparte do passado, em um momento específico da História, 1973, quando Mística foi capturada e usada para criar uma versão atualizada dos Sentinelas, que são capazes de se adaptar para enfrentar os poderes daqueles que caçavam. A missão é impedir que isso aconteça e, consequentemente, que aquele futuro jamais exista.
Assim como os longas anteriores, este aproveita para apresentar novos heróis, como Bishop, Apache, Mancha Solar e, principalmente, Blink e Mercúrio, que brilham em suas respectivas participações.
As cenas de combates nas quais Blink utiliza seu poder mutante são inteligentes e empolgantes, e Mercúrio protagoniza um dos momentos mais marcantes da película ao usar sua velocidade para desarmar vários soldados. Para esta sequência, Singer filmou em super slow motion, utilizando uma câmera que captura 3600 quadros por segundo (clique aqui para mais detalhes).
Além disso, Michael Fassbender retrata novamente um Magneto imponente, enquanto Peter Dinklage convence como Bolívar Trask, ao levar o papel a sério. Jennifer Lawrence também tem uma presença substancialmente maior como Mística – inclusive aparecendo com alguma frequência sem a maquiagem azul –, não coincidentemente resultado do sucesso de sua carreira nos últimos anos, em filmes como Jogos Vorazes e prêmios de melhor atriz no Oscar e Golden Globe.
X-Men - Dias de um futuro esquecido X-Men - Dias de um futuro esquecido
Inspirado por um material original de tamanha qualidade, o diretor aproveita para corrigir diversos problemas que a série vinha enfrentando, mas sem se preocupar em esclarecer questões específicas.
Basicamente, é como se assumisse que erros aconteceram, e ele decide quais pontos abordar ou não, de acordo com a necessidade para a trama. Mas, em vez de se prender a esses problemas na continuidade, Singer olha para a frente e torna a série novamente vigorosa e cheias de possibilidades narrativas.
A solução utilizada tira o pó da franquia, religa as pontas soltas, ajeita a linha narrativa e deixa portas abertas para qualquer caminho que desejarem seguir, seja com as aventuras do elenco clássico ou até mesmo continuando com os atores mais novos.
Tudo isso sem precisar realizar um reboot da série, como aconteceu recentemente com o Homem-Aranha. A melhor comparação seria com Star Trek (2009).
No fim, X-Men – Dias de um futuro esquecido é um empolgante filme de ação, mas sem esquecer de apresentar uma história interessante, que recupera a força da franquia, prende a atenção do espectador e o faz voltar a se empolgar com esses heróis.
Desta vez, Stan Lee não aparece em uma participação especial. Entretanto, outros autores, sim, como Chris Claremont, um dos escritores que mais tempo trabalhou nas revistas, roteirista de Dias de
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