A ECONOMIA, MEIO AMBIENTE E A SUSTENTABILIDADE
Por: leny28 • 26/12/2017 • Artigo • 1.635 Palavras (7 Páginas) • 462 Visualizações
ESTADO DE MATO GROSSO[pic 1]
UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO
CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE ALTA FLORESTA
DEPARTAMENTO DO CURSO BACHARELADO EM DIREITO
GERCILENE MEIRA LEITE
ECONOMIA, MEIO AMBIENTE E A SUSTENTABILIDADE
ALTA FLORESTA
2015
GERCILENE MEIRA LEITE
ECONOMIA, MEIO AMBIENTE E A SUSTENTABILIDADE
TRABALHO ACADEMICO APRESENTADO COMO REQUISITO DE AVALIAÇÃO DA DISCIPLINA DE ECONOMIA POLITICA, SOB ORIENTAÇÃO DO PROFº ANDRÉ DE CASTRO PEREIRA.
ALTA FLORESTA
2015
RESUMO
A crescente demanda do consumismo gerado pelo capitalismo tem causado grandes impactos ambientais, e por sua vez cabe a economia buscar alternativas de produção sustentáveis, para que não haja um colapso na economia, visto que a mesma é gerada através da oferta dos recursos naturais. Mas esta preocupação em economia ambiental só surge após a década de 70, onde passa a existir criticas quanto ao consumo desenfreado dos recursos naturais, e então começa a se pensar em sustentabilidade da economia do meio ambiente. A sustentabilidade esta ligada a mudanças de cultura, como também o emprego de políticas publicas capazes de implementar diretrizes que promova a sustentabilidade da economia ambiental.
Palavras –chave: economia, ambiente, sustentabilidade
1.INTRODUÇAO
As crescentes demandas geradas pelo crescimento econômico e a ampliação das necessidades de consumo da população dão uma nova dinâmica ao contexto de exploração do meio ambiente. Com o avanço de tecnologias novos produtos são colocados no mercado diariamente sem contar que os hábitos e culturas vão se modificando, o que leva a alteração e elevação dos padrões de consumo. E as transformações do modo de vida da sociedade trás a necessidade de novas adaptações econômica, social e política e tais mudanças geram alterações no ambiente, sendo que essas adaptações também provocam outras mudanças ambientais.
Esses efeitos gerados pela manutenção do atual padrão de consumo sustentado pelo homem tornam cada vez mais evidentes a inviabilidade do mesmo. A pressão exercida sobre os recursos naturais enquanto fatores de produção e sumidouros depositários de resíduos oriundos da utilização desses faz com que as questões referentes a possíveis limites à sua utilização sejam discutidas.
E na atualidade problemas ambientais como mudanças climáticas, perda da biodiversidade, tem trazido grandes impactos para a sociedade, e cabem às ciências economia, buscar soluções que consiga equilibrar meio ambiente e sistema econômico. É certo que as atividades econômicas melhora a qualidade de vida da sociedade através dos bens e serviços que são providos pelo meio ambiente, e desta forma que a economia em seu vasto arcabouço teórico encontre interconexões entre sistema econômico e meio ambiente, tentando compreender a dinâmica dos processos sobre os sistemas naturais.
Neste sentido o escopo deste trabalho tem como objetivo buscar uma visão de como o meio ambiente esta inserido no sistema econômico, sem deixar de considerar a visão sistêmica da sustentabilidade. Buscando desta forma um melhor conhecimento do viés da economia ambiental e da sustentabilidade.
2.DESENVOLVIMENTO
2.1 O Meio Ambiente e a Economia
Os recursos naturais sempre estiveram presentes nas discussões acerca das atividades produtivas e em particular sobre os modos de produção. A posição ocupada pela natureza dentro da discussão econômica se dá basicamente em razão da forma como os recursos naturais são alocados no processo produtivo, ou seja, a questão ambiental sempre foi um “problema, em última instância, de alocação intertemporal de recursos entre consumo e investimento” (ROMEIRO, A.R. 2003, p.1).
O estudo da economia dos recursos naturais tem adquirido importância crescente em varias correntes do pensamento econômico. Segundo Moura, 2006; o meio ambiente ao interagir com todas as atividades humanas é modificado continuamente por essas atividades. E a variável econômica esta sempre presente nessa interação, pois a implantação de novas leis, as demandas e pressões de consumidores constituem-se em fatores que força uma nova postura e novas regras de conduta no tocante as atividades de custo e produção.
A busca incessante do capitalismo em obter lucro, a crescente inovações tecnológicas pelas indústrias, leva um processo de limitação e inibição de inovações tecnológicas voltadas para a exploração sustentáveis aos recursos naturais. Com um enfoque totalmente voltado para a tecnologia, sem referência aos recursos naturais utilizados pelos novos processos produtivos desenvolvidos, SCHUMPETER não relaciona a limitação da expansão do capitalismo à escassez de fontes enérgicas e de matérias primas, e como RICARDO posiciona o centro dessa limitação nas descobertas tecnológicas e em seu processo de desenvolvimento (MONTIBELLER-FILHO, G., 2001, p. 64-71).
É notável que a partir do século XX a pressão sobre os recursos naturais tem crescido espontaneamente. A preocupação com as relações entre crescimento econômico e meio ambiente pode ser encontrada já nos trabalhos dos chamados economistas clássicos, como Adam Smith, David Ricardo e John Stuart Mill. Em seus modelos de crescimento, construídos nos séculos XVIII e XIX, esses autores postulavam a necessidade de um “estado-estacionário”, na medida em que a finitude dos recursos naturais e a impossibilidade de crescimento ilimitado da produtividade apresentavam-se como um empecilho à continuidade da expansão do sistema econômico. Mas só a partir dos anos 60 e 70 do século XX e que surgem de fato as criticas ambientalistas. Pois antes a economia não considerava os aspectos e implicações para a economia das inter-relações entre economia e o meio ambiente. O que pode se analisar é que a concepção da economia apenas estava ligado ao fluxo entre empresas e famílias, em um ciclo fechado de circulação contínua. Assim a sociedade não registrava uma troca com o meio ambiente, considerando que a natureza tem limitações ao funcionamento do sistema econômico, pois a natureza sempre forneceu gratuitamente a matéria prima recebendo em troca a disposição de resíduos e rejeitos sem impactos sobre o ambiente. Este período marca o inicio de uma nova concepção sobre desenvolvimento, ou seja, a busca pela sustentabilidade.
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