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A EDUCAÇÃO DO CAMPO ATRAVÉS DE UM OLHAR HISTÓRICO E A DEGRADAÇÃO AMBIENTAL CAUSADA PELA AÇÃO HUMANA

Por:   •  23/8/2018  •  Artigo  •  4.692 Palavras (19 Páginas)  •  371 Visualizações

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CENTRO TÉCNICO-EDUCACIONAL SUPERIOR DO OESTE PARANAENSE - CTESOP

PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO DO CAMPO: TEORIA E PRÁTICA

GESICA CRISTINA GARCIA

A EDUCAÇÃO DO CAMPO ATRAVÉS DE UM OLHAR HISTÓRICO E A DEGRADAÇÃO AMBIENTAL CAUSADA PELA AÇÃO HUMANA

ASSIS CHATEAUBRIAND – PR

2016

 GESICA CRISTINA GARCIA

A EDUCAÇÃO DO CAMPO ATRAVÉS DE UM OLHAR HISTÓRICO E A DEGRADAÇÃO AMBIENTAL CAUSADA PELA AÇÃO HUMANA

Artigo apresentado ao curso de Pós-graduação “Lato Sensu” do Centro Técnico-Educacional Superior do Oeste Paranaense – CTESOP, como requisito parcial, para obtenção do grau de especialista em Educação do Campo: teoria e prática.

Orientação: Prof.º. Ms. Lucimar Aparecida Pagliosa

ASSIS CHATEAUBRIAND – PR

2016


A EDUCAÇÃO DO CAMPO ATRAVÉS DE UM OLHAR HISTÓRICO E A DEGRADAÇÃO AMBIENTAL CAUSADA PELA AÇÃO HUMANA

GARCIA, Gesica Cristina[1]

PAGLIOSA, Lucimar Aparecida [2]

RESUMO

Este artigo apresenta os resultados de uma pesquisa bibliográfica que teve como objetivo abordar a educação do campo no Brasil e a degradação ambiental como consequência do progresso acelerado causado pelo homem. Diante disso está a preocupação com o futuro da sociedade, na preservação e reconstrução de um ambiente favorável para as futuras gerações. O campo está presente nesse contexto com o compromisso através da educação do campo em recuperar a educação como formação humana, da escola como um dos espaços dessa formação, e da teoria pedagogia como tendo por objeto a compreensão do que é construtivo da ação educativa e cultural, da socialização e formação de identidades, saberes, valores, da construção e apreensão do conhecimento por meio da educação do campo.

PALAVRAS-CHAVE: Educação do campo. Meio ambiente. Economia.

1. INTRODUÇÃO

Com o decorrer da história, a educação escolar tem sido apenas uma educação reprodutora dos fatos sociais. Nas ultimas décadas tem ocorrido um processo acelerado de mudanças nas esferas socioeconômicas e ambientais. A educação do campo no Brasil tem sido uma realidade concreta e cada vez mais o assunto tem sido discutido e avaliado de forma marcante no cenário político e cultural do país.

Por outro lado, a educação do campo tem sido vista como uma forma reflexiva do que a sociedade e a população tem feito pelo meio ambiente, a degradação ambiental, o risco do colapso ecológico, as tensões sociais no campo, o avanço da desigualdade e da pobreza sendo os sinais visíveis de um país globalizado.

Portanto, a degradação ambiental se manifesta como sintoma de uma crise de civilização, marcada pelo modelo de modernidade. Precisamos nos preocupar mais com o meio ambiente e com as gerações futuras de reconstrução a educação do campo, nesse processo associado aos cuidados com o planeta, apresenta uma realidade concreta, pautando sua trajetória histórica, e os benefícios voltados às pessoas que residem e dependem do campo para sobreviver. O reconhecimento de que as pessoas que vivem no campo têm direito a uma educação diferenciada voltada as preocupações do campo.

2. CONCEPÇÃO DE EDUCAÇÃO DO CAMPO NO BRASIL

A educação tem se constituído como um instrumento relevante na sociedade brasileira e às vezes tem sido definida por concepções de educação que no processo histórico tem enviesado para caminhos de natureza cartesiana, pragmática, reprodutivista, crítica-reprodutivista, ou simplesmente crítica, libertadora, liberal, neoliberal, pós-moderna, enfim; uma educação que se desenvolveu acompanhando a trajetória histórica e trouxe avanços à sociedade brasileira principalmente na área da pesquisa, responsável pela inovação tecnológica também para a zona rural.

No campo inovaram: no maquinário, no aumento da produção de grão, nos agrotóxicos, alteração dos genes das sementes para exportação em larga escala. Mas os que têm usufruído desses avanços são pequenos grupos de latifundiários, empresários, banqueiros e políticos nacionais e internacionais. Enquanto a outros é negado o acesso a terra para sobreviver e garantir o sustento de outros brasileiros.

Em relação à educação no campo, é pertinente ressaltar que a concepção de educação vem sendo empregada pela cultura dominante e elitista, não tem favorecido satisfatoriamente para combater o analfabetismo, elevar a escolaridade dos sujeitos, sua cultura e seu padrão de vida. Há ainda insatisfação, ocasionada pelo acesso tardio a escola que na maioria das vezes, nas regiões mais pobres do Brasil, são oferecidas sem condições de oportunizar saberes para a criança, o adolescente, os jovens e adultos devido à precariedade de investimentos dessa política pública. Isso representa, sem duvida, uma das maiores dívidas históricas para com as populações do campo.

Parece-me que é urgente pesquisar as desigualdades históricas sofridas pelos povos do campo. Desigualdades econômicas, sociais e para nós desigualdades educativas, escolares. Sabemos como o pertencimento social, indígena, racial, do campo é decisivo nessas históricas desigualdades. Há uma divida histórica, mas há também uma divida de conhecimento dessa divida histórica. E esse parece que seria um dos pontos que demanda pesquisas. Pesquisar essa divida histórica. (ARROYO; 2006, p. 104).

Enquanto Arroio critica a sociedade brasileira por não oportunizar políticas publicas de educação para as populações do campo, Durkheim (1998) com uma concepção de sociedade elitista e classista se refere a uma educação que deveria ser diferente para as classes sociais. “A educação urbana não é a do campo, e a do burguês não é a do operário”. (p. 39). Isso caracteriza, evidentemente, uma postura alienadora que reforça uma educação para privilegiados.

Marx também se reporta aos aspectos das desigualdades remetendo essa situação a partir de uma ordem social que submete o mundo ao poderio do capital. Relata que o trabalho humano nunca produziu tantos objetos em toda história humana. A condição de poder da burguesia é o crescimento do capital que submete o homem ao trabalho assalariado, gerando uma base de competitividade e desigualdade entre os trabalhadores (ARROYO, 2006).

Isso canaliza para um índice absurdo de “pobreza que cresce mais rápido do que a população e a riqueza”. (1998; p. 28). O paradigma de produção capitalista permite maior exploração entre as pessoas, causa a marginalização do trabalho do campo e a mão de obra humana na fabrica ou no latifúndio, transforma-se numa mercadoria a serviço da burguesia, do capitalismo que também se articula pelo processo educativo.

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