A Educação do Surdos no Brasil
Por: Juliana Venâncio Bezerra • 3/4/2019 • Resenha • 458 Palavras (2 Páginas) • 483 Visualizações
EDUCAÇÃO DE SURDOS NO BRASIL
A história da educação dos surdos no Brasil é iniciada com a decisão de Dom Pedro II de promover a fundação de um instituto para a educação de surdos. Para isso, convidou um professor surdo francês chamado Edward Huet. Ele era adepto da língua de sinais e trouxe esse método ao Brasil. Em 1857, fundou o instituto para surdos. Vale salientar, que as meninas surdas só tiveram direito à educação no início do século XX, quando surgiu o Instituto santa Terezinha, em São Paulo.
Ao contrário do que muitas pessoas pensam, as línguas de sinais não são universais: existe a Língua de Sinais Americana, por exemplo, e a Língua Brasileira de Sinais. Essas línguas não são apenas um conjunto de gestos, mas são expressões de sua cultura e da região onde moram.
Atualmente, seguindo as exigências das legislações, a LIBRAS vem sendo inserida nos cursos de graduação com licenciaturas desde 2005. Intérpretes de LIBRAS vem sendo contratados para atuarem em diversos espaços da sociedade. Em algumas universidades federais do Brasil também já encontramos o curso de Letras/LIBRAS com licenciatura para formar professores de LIBRAS e bacharelado para formação de intérpretes.
Os surdos formam uma comunidade de mais de 10 milhões de pessoas no Brasil, com cultura própria e, sob o escopo do bilinguismo, com língua própria, porém, apesar do reconhecimento da língua de sinais como língua natural da comunidade surda ser um grande avanço, a formação educacional de surdos no Brasil não depende apenas do reconhecimento da LIBRAS como língua oficial.
Políticas de inclusão têm tentado corrigir questões históricas no ensino de surdos no Brasil. Excluídos durante muito tempo do processo educativo tradicional, eles começaram, nos últimos anos, a compartilhar as salas com ouvintes em algumas escolas do País. Contudo, a existência de classes mistas, vista como alternativa para integrar crianças e jovens surdos à comunidade, nem sempre funciona. Há relatos negativos, de alunos desmotivados, com dificuldade de aprendizagem e inseridos em ambientes sem infraestrutura adequada. Para conseguir acompanhar o ritmo dos estudos, o aluno tem que se esforçar mais. É difícil para o surdo pegar o conteúdo, por exemplo, de um livro e conseguir compreender.
Torna-se evidente, portanto, que a formação educacional deficitária dos surdos é fruto da discriminação e da ausência de uma educação inclusiva. A fim de atenuar o problema, os governantes devem promover o treinamento de docentes para o atendimento aos alunos surdos, bem como investir na compra de mais materiais adaptados, visando promover a inserção efetiva no processo de ensino. Além disso, cabe à mídia incentivar a tolerância por meio de ficções que incluam personagens surdos, com a finalidade de minimizar a discriminação desse grupo, pois, só assim, poderá transformar o Brasil em um país inclusivo, onde a educação de surdos é uma prioridade.
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