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A Participação da Juventude no Processo Eleitoral

Por:   •  17/10/2018  •  Artigo  •  2.255 Palavras (10 Páginas)  •  280 Visualizações

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“Eu acredito é na rapaziada 
que segue em frente e segura o rojão 
Eu ponho fé é na fé da moçada 
que não foge da fera e enfrenta o leão 
Eu vou à luta com essa juventude 
que não corre da raia a troco de nada 
Eu vou no bloco dessa mocidade 
que não 'tá na saudade e constrói 
a manhã desejada.”

Gonzaguinha[pic 1]


  1. APRESENTAÇÃO

  1. INTRODUÇÃO

A participação da juventude no processo eleitoral é um fator preponderante para o bom desempenho das candidaturas majoritárias e proporcionais. O vigor e a disposição dos jovens empolgam a militância e a campanha.

Entretanto, é preciso destacar que a participação da juventude não deve se restringir a uma contribuição somente nas “tarefas”. Ela deve, sobretudo, ser ampliada na contribuição para a elaboração e a tomada de decisões.

É fundamental envolver o conjunto do partido e fomentar a discussão sobre a importância e o peso que os jovens têm na construção da sociedade que queremos, a Socialista. É tarefa do conjunto do PT pensar ações destinadas ao público jovem nas cidades.

As administrações municipais e estaduais do PT e o governo federal sempre produziram avanços e melhorias nas condições de vida de toda a população, principalmente, através de políticas nas áreas de educação, saúde, agricultura, assistência social e habitação.

Contudo, apesar dessas políticas atingirem, também, a população jovem, existe a demanda por políticas que atendam as necessidades específicas da juventude. Mesmo com o êxito das ações nas administrações onde foram implementados órgãos específicos (assessoria, coordenadoria ou secretaria) de políticas públicas de juventude, os novos desafios colocados pela evolução do debate ampliam a importância desta temática nos governos.

Hoje, a população jovem de Betim enfrenta grandes problemas, como a mobilidade urbana, a violência, a precariedade na ocupação dos postos de trabalho e na rede municipal de educação. Além disso, a juventude é a parcela da população que convive mais intensamente com um cenário de exclusão social.

Somos em Betim aproximadamente 108.011 entre 15 e 29 anos (Censo IBGE 2010), ou seja, representamos mais de 25% da população da cidade. Este percentual significa que seguimos a mesma tendência do bônus demográfico vivido pelo Brasil e precisa ser compreendido e utilizado de maneira estratégica para a implantação e o sucesso no programa desenvolvimentista democrático e popular que defendemos.

Portanto, não só pela capacidade que a juventude tem de transformar positivamente a campanha, mas fundamentalmente, pela importância que tem assumido na conjuntura dos problemas sociais é que acreditamos que está temática será um diferencial nas eleições de 2016. Assim o PT deve priorizar a juventude, como tema, na sua pauta política e consequentemente torna-la mais uma marca do modo petista de governar.

[pic 2]

  1. O QUE É A JUVENTUDE?

Ser jovem não é apenas ter entre 15 e 29 anos. Juventude é uma condição que hoje, mais de 50 milhões de brasileiros se encontram.

Durante muito tempo a concepção de juventude hegemônica, foi a de jovem como sinônimo de problema.

Uma fase transitória da vida, em que essas figuras estariam suscetíveis a todos os tipos de males existentes no mundo, com drogas, relações sexuais precoce, violência e delinquência, de forma que as instituições mais tradicionais como o Estado, a Família e a Igreja, deveriam zelar pelos seus cuidados, os protegendo do contato com as ameaças mundanas, para que no apenas no futuro, eles começassem a agir por si só.

Esta concepção de juventude problema, de sujeitos passivos do presente e potencialmente ativos do futuro, retira completamente do jovem a sua condição de ser em si. Submete os indivíduos a padrões e estilos que, muitas vezes, não são aquilo que ele deseja ser, ter ou fazer, como qual escola ou faculdade frequentar, quais amigos ter, ir à igreja, não beber, ter horário pra chegar em casa, não ter relações sexuais e etc.

Tudo isso, em um contexto de imposição, ou pior, de subjugação a um conjunto de valores que, especialmente nesta segunda década do século XXI, não são tão compatíveis com a realidade dos jovens, que por sua vez, possuem novos valores.

Tanto é que não se pode mais falar em juventude, mais sim em juventudes, pois a diversidade de sujeitos e formas de viver a condição juvenil são tantas, que não podem ser reduzidas a apenas uma definição.

Os jovens são pobres e ricos, meninos e meninas, negros (as) e brancos (as), indígenas, do campo e das cidades, estudantes, trabalhadores, que já são pais e mães, religiosos, ateus, gays... Enfim, os jovens de hoje estão em situação das mais diversas e dessa maneira precisam ser encarados.

Não se pode esquecer que são os jovens, especialmente as mulheres e negros, os mais afetados pela lógica do modo de produção capitalista. Destes, parcela significativa é impedida de viver plenamente sua juventude, pois precisam lutar diariamente para sobreviver, além de sofrer com as discriminações e preconceitos típicos dos valores burgueses da sociedade capitalista racista, machista e homofóbica.

Esta condição, portanto, trata-se de uma fase marcada centralmente por processos de desenvolvimento, inserção social e definição de identidades, o que exige experimentação intensa em diferentes esferas da vida.

A condição juvenil

A condição juvenil é dada pelo fato de os indivíduos estarem vivendo um período específico do ciclo da vida, num determinado momento histórico e cenário cultural.

Este período corresponde, idealmente, ao tempo em que se completa a formação física, intelectual, psíquica, social e cultural, processando-se a passagem da condição de dependência para a de autonomia em relação à família de origem.

A pessoa torna-se capaz de produzir (trabalhar), reproduzir-se (ter filhos e cria-los), manter-se e prover a outros, participar plenamente da vida social, com todos os direitos e responsabilidades.

A condição juvenil, portanto, se desenvolve em múltiplas dimensões. Os jovens são sujeitos com necessidades, potencialidades e demandas singulares em relação a outros segmentos etários.

Requerem estruturas de suporte adequadas para desenvolver sua formação integral e também para processar suas buscas, para construir seus projetos e ampliar sua inserção na vida social.

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