A etica protestante e o espírito do capitalismo

Texto: A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo

A Ética Protestante e O Espírito do Capitalismo é reunião de dois artigos publicados por Weber em Novembro de 1904 enquanto fazia uma viagem aos EUA.

Em sua obra Weber compreende o capitalismo moderno do âmbito cultural religioso, estabelecendo uma relação e suas influências entre a cultura capitalista moderna e o puritanismo das igrejas e seitas protestantes dos séculos XVI e XVII.

Weber coleta dados sobre as regiões e percebe características entre a posição econômica das pessoas e as suas religiões. Regiões com predominância protestante tinham o capitalismo “desenvolvido”. Enquanto em regiões mais católicas não era tão “desenvolvido”.

Para Weber a reforma protestante não eliminou o controle da igreja sobre a vida das pessoas mas trouxe uma nova forma de controle. Segundo as ideias de Weber, as crenças e os valores são os principais catalizadores das mudanças sociais. A ação social sempre possui um sentido (paixão, tradição ou razão) e uma finalidade determinados por seu autor.

Weber fala que na era moderna houve um desencantamento da religião e essa racionalização época relaciona-se com o espírito do capitalismo.

Para tentar explicar essa relação, Weber define o que seria o “espirito” do capitalismo que ele considera como uma espécie de ideias e hábitos que favorecem uma procura racional individualista de ganho econômico(WEBER, 2007).

O estilo de vida de produção é justificado como algo aceitável e conformado por essa vida de cumprimento do dever individual. O único modo de vida para Deus é no desempenho das obrigações impostas pela sua posição no mundo(WEBER, 2007).

Max Weber analisa o trabalho a partir da ótica religiosa e estabelece divisões e diferenças entre o trabalho dos católicos e protestantes.

Para Weber a vocação que o capitalismo necessita, é semelhante a interpretação luterana de vocação na Bíblia, que compõe o pensamento raiz do protestantismo ascético. Para Lutero, vocação é a valorização da realização do dever nos afazeres seculares como a mais elevada forma de atividade que o indivíduo pode exercer.

Podemos entender que a reforma da igreja vai de encontro com o capitalismo. A “Ética Protestante” para Weber é relacionada ao “desencantamento do mundo” qual passou a pensar dentro de um sistema racional lógico, com conflitos de ideológicos e fins instrumentais.

Através desse “desencantamento”, principalmente religioso, as pessoas passaram a tomar atitudes voltadas para a razão, em vez de crenças, tradições e magia. Passaram a uma abordagem ideológica de éticas e dogmas.

Dessa maneira, entendemos que a Reforma Protestante mudou radicalmente a visão sobre o trabalho levando-o a um pleno reconhecimento. Através da Reforma, o trabalho assume um status de importância e contribuí para uma outra subjetividade manifesta no trabalho. Weber traduziu o impacto das reformas protestantes, na valorização religiosa do trabalho através da sua obra.

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