As Workhouses (casas de trabalho)
Por: mylena.silva • 15/6/2016 • Trabalho acadêmico • 1.215 Palavras (5 Páginas) • 4.509 Visualizações
As Workhouses (casas de trabalho) foram criadas na Inglaterra no século XVII, um de seus objetivos era introduzir ou reintroduzir as pessoas que eram destituídas de direitos na sociedade, oferecia moradia, educação e trabalho para aqueles que eram aptos a oferecer sua mão-de-obra. Eram locais onde as pessoas pobres, sem qualquer distinção, recebiam um auxílio para amparar suas necessidades e aprender um ofício, assim quando saíssem poderiam ser útil a sociedade que a ajudou. As workhouses foram determinas pela Lei dos Pobres como um “direito” dos desamparados, neste grupo se incluía os pobres, bastardos, órfãos, doentes, velhos, mulheres solteiras e grávidas que haviam sido abandonas pela família, ou seja, todas aquelas pessoas incapazes de sustentar a si próprias. Dentro destas workhouses havia divisões dos internos, em sete classes: homens velhos ou doentes; homens capazes de trabalhar acima de 15 anos; meninos entre 7 e 15 anos; mulheres idosas ou doentes; mulheres capazes de trabalhar acima de 15 anos; meninas entre 7 e 15 anos; crianças abaixo de 7 ano e cada pessoa possuía sua área dentro da workhouse. Podemos comparar as workhouses com pequenas vilas, cada uma possuía uma regulamentação para sua melhor administração, recursos para prover suas necessidades e valores que eram determinados de acordo com aqueles que a regulamentavam e deveriam ser seguidos por todos.
Estas workhouses deveriam seguir a Lei dos Pobres, sancionada em 1834, mantendo a ordem e amparando os necessitados, de forma que minimizasse o problema social que os mesmo traziam.
Em 1597 foi criada uma norma legislativa assistencialista, que futuramente iria influenciar na criação da Lei dos Pobres, esta norma denominava alguns religiosos para serem os “inspetores dos pobres”, o papel destes inspetores era de ensinar o ofício religioso para que esse pobre fosse fiel ao sistema, cuidar da saúde e alimentação dos mesmos, bem como encontrar um trabalho remunerado para que o pobre tivesse condições de sair da rua e deixasse de ser um problema social. Nessa época a Inglaterra passava por um período de em que havia muitas migrações das áreas rurais para as áreas urbanas das cidades, os migrantes vinham com o objetivo de conseguir um trabalho e melhores condições de vida, mas não eram todos que o conseguiam conquistar. Decorrente disso o número de miseráveis na rua aumentou e como consequência os problemas sociais também, devido a esse aumento do número de pessoas na cidade e consequentemente da pobreza a norma criada em 1597 foi aperfeiçoada e então em 1601, a Coroa Inglesa em conjunto com o parlamento, criou a Lei dos Pobres.
Com esta lei a Coroa Inglesa definiu algumas estratégias: o trabalho como punição para aquele que se encontrava desocupado; um auxílio em dinheiro para aquele que era inapto para o trabalho; proibição do auxílio ao mendigo e ao frequentador casual dos asilos. A lei tinha como objetivos evitar futuros problemas sociais, acabar com a vagabundagem e minimizar a miséria existente na época.
Ela era, ao mesmo tempo, marcada por um sentimento de caridade cristã e por um violento preconceito social. A ideia de que a esmola é uma ação piedosa e redime os pecados levava à distribuição ampla e indiscriminada de ajuda: mas não excluía, absolutamente, a desconfiança e o temor em relação aos que recebiam. Daí as alternâncias de fraqueza e rigor na aplicação dessa lei: em geral, o rigor venceu. Pretendiam fazer desaparecer a perigosa classe de mendigos profissionais, que tivera, em meados do século XVI, um desenvolvimento temível. A obrigatoriedade do trabalho, imposta a todos assistidos, exceto quando suas doenças os tornavam absolutamente incapazes, era reforçada por severas penalidades: chicote, no primeiro delito de vadiagem ou envio a casa de correção; em caso de reincidência, chicote e marca de ferro (MANTOUX, 1989, p. 443)
Porém esta lei, mesmo tendo como um de seus objetivos evitar futuros problemas sociais acabou criando uma questão social ainda maior: o número de pessoas aptas para o trabalho, mas que se recusavam a isso pois possuíam o auxílio dado pela igreja. Então, em 1834, uma nova lei foi sancionada, esta tinha a função de nomear comissários para administrar o auxílio dos pobres. Os intitulados comissários possuíam uma ligação direta com o rei, tinham poder para executar regras e regulamentar a administração da ajuda dos pobres e coordenar as casas nos quais os pobres ficavam abrigados, a educação que era dada as crianças e administrar as paróquias. Esta lei tinha como um de seus objetivos administrar o auxílio dos pobres na Inglaterra bem como impedir o homem produtivo a
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