Entre os muros da escola.
Por: Sandra Lopes • 13/11/2015 • Resenha • 723 Palavras (3 Páginas) • 143 Visualizações
Entre os Muros da Escola
Nos dias de hoje a escola tem sofrido uma série de transformações: a educação formal e não formal funde-se no contexto educativo, estreitando os laços de aprendizagem, de interação, dentro e fora do ensino escolar. A realidade escolar enfrenta muitas barreiras onde os jovens são postos à prova, por diversos fatores. Educar nos dias de hoje é um processo mais que educativo, implica lidar com diferenças sociais, económicas e, principalmente, afetivas. O papel da escola não se limita apenas à busca dos conhecimentos adquiridos pelos alunos através dos professores e do que lhes é transmitido dentro da sala de aula. A família é a base, o alicerce de tudo. A educação não formal começa em casa e a educação formal começa quando damos os primeiros passos em direção ao conhecimento, através da escola. É nela que aprendemos a socializar, a estarmos em grupo, a conviver com as mais diversas e diferentes personalidades, é nela onde nascem as amizades, os grupos de pares, e onde muitos querem ser individualistas, querem estar sozinhos, porque se sentem diferentes dos grupos e dos demais colegas, e preferem refugiar-se no isolamento, procurando assim um caminho na solução dos seus problemas. A realidade da vida cotidiana nas escolas é vivida pelos alunos, professores, funcionários e toda uma equipa que faz parte do seu funcionamento. Cada um tem seu papel definido, e a realidade é estabelecida pelo momento presente, pelo acontecimento.
São fatos do nosso dia-a-dia…
Está tudo diretamente ligado ao tempo e ao espaço, o contexto onde tudo acontece, através da interação, da comunicação, da forma como lidamos com nossos problemas, com a nossa vida e o nosso dia-a-dia. No filme durante as aulas do Professor – François – Francês, os seus alunos eram pouco disciplinados e nunca cooperavam. Depois de muita insistência e luta por parte do professor começaram a ter algum interesse nas aulas e no que o professor dizia, era um cotidiano real e sempre movido pela insistência, pelo amor que o professor sentia pela sua profissão e pelos seus alunos. Estes, sempre desmotivados, só com o tempo é que foram capazes de começar a reconhecer o sentido da responsabilidade e a necessidade de estudarem e serem tão importantes para os seus pais, que queriam que os seus filhos tivessem a oportunidade que eles nunca tiveram. Muitos dos adolescentes não gostavam da escola, do professor, nem dos próprios colegas, tudo era motivo para discussão, discórdia, algazarra. Mesmo fora das salas de aulas, no intervalo, portavam-se mal e havia sempre quem desrespeitasse tudo e todos…
(Luckmann, 2010)
Os papéis são espécies de autores, num contexto. Ao desempenhar papeis o indivíduo participa de um mundo social e ao interiorizar estes papeis o mesmo mundo torna-se real…
Nesta citação de Luckmann concordo quando diz que temos papeis e que vemos o mundo com olhos diferentes. Cada ser humano é único, tem os seus pensamentos, os seus ideais, as suas vontades. O meio em que estamos inseridos, o contexto, como já referi no tempo e no espaço. Na escola temos uma conduta e em casa outra, bem como com os nossos amigos e assim sucessivamente… Tudo na nossa vida passa pelo cotidiano, pelo campo do conhecimento, estamos sempre
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