Entrevistas com Expatriados e Repatriados
Por: gustavoguerra21 • 31/5/2017 • Projeto de pesquisa • 1.669 Palavras (7 Páginas) • 358 Visualizações
Entrevistas com Expatriados e Repatriados
Professor Gilberto Sarfati
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Artur Vilella
Giuliana Leandro
Guilherme Mattia
Guilherme Rosa
Gustavo Guerra
Expatriado
- Dados do Executivo
A entrevista com o expatriado foi realizada com Christian Sanchez, Diretor de Operações no Brasil em uma empresa de software, no dia 10 de maio de 2014. Christian é solteiro, tem 32 anos de idade e trabalha na cidade de São Paulo há cerca de 2 anos. Seu país de origem é a Republica Dominicana, onde viveu até os 11 anos de idade e depois se mudou para Nova Iorque, Estados Unidos, onde trabalhou por vários anos até ser transferido para outros países da América Latina, como México, Equador e Nicarágua, sempre retornando à Nova Iorque após essas expatriações. Trabalhou por 5 anos em Nova Iorque até ser expatriado novamente pela empresa que trabalha atualmente.
- Perfil da Missão do expatriado
Christian teve sua primeira experiência internacional como imigrante para os EUA quando ainda era criança, o que de certa forma facilitou sua adaptação à cultura americana e nova-iorquina, sendo que hoje ele se considera um nova-iorquino devido à grande quantidade de tempo que viveu lá.
Christian veio ao Brasil com a missão de iniciar as operações da empresa de software em que trabalha, tendo apenas o suporte financeiro da organização, e nada mais do que isso. Sendo o primeiro empregado da empresa no país, ele não tinha qualquer suporte da empresa no sentido de adaptação à cultura brasileira.
Como o entrevistado já havia trabalhado em outros países da América Latina, ele imaginou que haveria muitas similaridades na forma de se fazer negócios e que não teria um grande choque cultural. Em Nova Iorque também tinha contato constante com outros latinos, porém todos já estavam adaptados ao modo de vida e cultura americana.
Christian enfrentou dificuldades quanto à burocracia no país e quanto ao custo das coisas. Ficou impressionado com o alto custo de vida de São Paulo, mesmo tendo vivido em Nova Iorque, e com a dificuldade em abrir um negócio por aqui.
- Análise das Diferenças Culturais na Missão Internacional
Em termos de negócios, a principal diferença cultural que o entrevistado ressaltou foi no comportamento do brasileiro para negociar e se comunicar. Segundo Christian, os brasileiros são pouco diretos, tangenciam o assunto sem enfrentar de frente o problema com receio de que a outra pessoa se ofenda. Os nova-iorquinos são muito mais diretos e não tem medo de dizer “não” ou “não está bom desse jeito”, por exemplo, segundo o entrevistado.
Outro ponto que chamou a atenção do expatriado foi a questão da ética no trabalho, principalmente como muitas pessoas utilizam a desculpa do trânsito quando chegam atrasadas no trabalho, sem avisar do atraso antecipadamente. Outra diferença cultural importante é a pausa para o almoço no ambiente de trabalho e as conversas no horário de almoço. De acordo com o entrevistado, nos Estados Unidos as pessoas correm para pegar seu almoço e comem na mesa de trabalho. O entrevistado ressaltou as conversas durante pausas para o café e demora para voltar ao trabalho, o que não era comum em NY. Mesmo assim, Christian comentou que aqui em São Paulo se trabalha mais. Ele tinha a impressão de que em São Paulo seria parecido com os outros países da América Latina, onde o ritmo de trabalho é mais desacelerado, mas se surpreendeu com o quanto as pessoas aqui trabalham.
Outra dificuldade enfrentada pelo entrevistado foi a língua. Ele disse que se sentia frustrado por não conseguir se comunicar como queria em português e tarefas simples do dia-a-dia que exigiam contato com outros indivíduos se tornava muito difícil.
- Conclusão
Para concluir, é possível analisar que um trabalhador americano expatriado para o Brasil possui diversos problemas já relatados por outras pessoas, como a comunicação e a falta de objetividade. Como são características dos brasileiros que as pessoas de fora devem se adaptar para conseguirem crescer no país. Além de que com isso conseguem aproveitar mais sua experiência no país.
Outra característica importante de ressaltar é a relação interpessoal que é necessário ter no Brasil, diferentemente de Nova York que é bem menor, como já foi ressaltado no exemplo do almoço.
Repatriado
- Dados do Executivo
A entrevista com repatriado foi realizada com a Gerente de Recursos Humanos da Unilever, Bárbara Silveira no dia 15 de maio.
A funcionária é solteira e possui 34 anos, formada em administração pela universidade estadual UNESP. Após graduada resolveu prestar trainee na empresa Unilever. Bárbara entrou na empresa em 2005 como trainee da área de RH na função de Business Partner (área que faz o relacionamento de RH com seus clientes, fornecendo suporte aos problemas de uma determinada área da Unilever), no qual essa função proporciona uma rotatividade entre diversas áreas de atendimento.
Durante o seu período de trainee Bárbara se mudou para Valinhos, interior de São Paulo para atender a área de manufatura. Após os três anos como trainee, Bárbara foi promovida a gerente e foi indicada a realizar a função de Business Partner para a área de finanças em Nova Iorque durante o período de um ano, sendo essa a sua primeira expatriação. Logo após esse período, foi expatriada para a Suíça para atender a área de Supply Chain, por um período de três anos. Desde o início da sua carreira, ela passou por diversas mudanças territoriais, em que retornou ao Brasil em 2013 para atender a área de marketing.
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