Fichamento Bauman - Globalização as Conquencias Humanas
Por: Beatriz Seixas • 7/9/2016 • Trabalho acadêmico • 2.254 Palavras (10 Páginas) • 1.985 Visualizações
GLOBALIZAÇÃO: AS CONSEQUÊNCIAS HUMANAS
Fichamento de Leitura
Brasília, 2015
- Autor
Zygmunt Bauman,
Nasceu em Poznań na Polônia , no dia 19 de novembro de 1925, é um renomado sociólogo.
Serviu na Segunda Guerra Mundial pelo exército da União soviética e conheceu sua esposa, Janine Bauman nos acampamentos de refugiados poloneses.
Começou sua trajetória acadêmica na Universidade de Varsóvia, mas logo foi obrigado a deixar a academia, em 1968, momento em que sua obra era proibida neste país.
Sem muitas perspectivas, o sociólogo abandonou sua pátria e partiu para a Inglaterra, depois de passar pelo Canadá, Estados Unidos e Austrália. No início da década de 70 ele assumiu o cargo de professor titular da Universidade de Leeds, permanecendo neste posto por pelo menos vinte anos. Foi quando teve contato com o intelectual que inspiraria profundamente seu pensamento, o filósofo islandês Ji Caze.
Seus livros são povoados por idéias sobre as conexões sociais potenciais na sociedade contemporânea, nesta era comumente conhecida como pós-modernidade.Hodiernamente é considerado um dos pensadores mais eminentes do declínio da civilização. Os diálogos de seus livros são organizados por temas como: os horizontes da sociologia; ética e valores humanos; o caráter ambivalente de modernidade; individualização e sociedade de consumo; o papel da política.
Além de “Globalização: As consequências humanas”, o sociólogo polonês possui outras obras onde aborda as consequências sociais da modernização que privilegia uma minoria, como “O mal-estar da pós-modernidade”, “Amor líquido”, “Vidas desperdiçadas” e “Identidade”.
Bauman, tem mais de trinta obras publicadas no Brasil, dentre as quais as principais são: Amor Líquido, Globalização: as Consequências Humanas e Vidas. O sociólogo polonês também possui outras obras onde aborda as consequências sociais da modernização e privilegia uma minoria, como “O mal-estar da pós-modernidade”, “Vidas desperdiçadas” e “Identidade Desperdiçadas“. Além dessas possui uma vasta quantidade de obras publicadas e reconhecidas mundialmente.
Dessa forma, tornou-se conhecido principalmente por suas análises do consumismo pós-moderno e das ligações entre modernidade e holocausto. E suas obras venderam mais de 350 mil exemplares no Brasil.
- Identificação da obra - parte 1
BAUMAN, Zygmunt. Depois da Nação-Estado, o quê?. In: BAUMAN, Zygmunt. Globalização: As conseqüências humanas. Tradução de Marcus Penchel. Rio de Janeiro: Jorge Zahar. 1999. pp. 63-84.
- Resumo do capítulo “Depois da Nação-Estado, o quê?”
Em seu terceiro capítulo, Bauman levanta a questão do rompimento da economia e do Estado. Se antigamente as nações controlavam as riquezas, nos dias de hoje observa-se uma ruptura entre Estado e economia. Antigamente, a política social baseava-se na crença de que as nações e dentro delas as cidades, podiam controlar suas riquezas. Mas no contexto atual observa-se uma divisão entre o Estado e a Economia. (p.62)
Para ilustrar tal fato, o autor cita como exemplo empresas globais que demitem pessoas de diversas localidades sem terem prejuízos econômicos, deixando as consequências para o Estado. Além do desemprego, o sociólogo cita as empresas que estão construindo empregos em outros países e acabam se esquecendo da população local estas empresas são atraídas para outros países como, por exemplo, a China onde a mão de obra é mais barata porém não deixam de comercializar com outros países no mundo e dessa forma estas empresas tem uma grande porcentagem de lucro. Como o próprio autor ressalta no mundo o capital não tem domicílio fixo. (p.62-63)
A falta de fronteiras geográficas fez com que diversas empresas pudessem se utilizar de mão de obra barata, e não se preocupassem com a população local, somente com o seu lucro próprio. (p.63-64)
È importante ressaltar o conceito de globalização, conceito este que tem sido muito utilizado atualmente e definido pelo autor como de caráter indeterminado, indisciplinado e de autopropulsão dos assuntos mundiais. (p.64)
“A globalização é a nova desordem mundial de Jowitt com um outro nome.”(BAUMAN, 1999, p.64)
O sociólogo trata a respeito de uma “desordem mundial” onde não sabemos quem está no controle, e não existe consenso global. A nova desordem mundial é uma sequência de ações, que parte da falta de definição dos rumos a serem tomados e quem está no controle, assim como, a falta um centro que una os interesses da civilização. Em virtude de tal fato, a globalização nada mais é do que o processo de desordem da economia e das relações sociais. (p.65)
De acordo com o autor, nas circunstancias atuais não está claro o que seria ter controle, todas as iniciativas de ação e ordenação são voltadas para questões específicas haja vista que não há uma questão única que possa captar e teleguiar a totalidades dos assuntos mundiais e impor uma concordância global.Com efeito ,chega a ser visível que atualmente faltam iniciativas e ações locais que possam falar em nome da humanidade e impor a concordância global. O conceito de universalização remete a produção da ordem numa escala universal e o de globalização remete a desordem. (p.66-68)
O autor também aborda a questão do Estado soberano, este trouxe alguns paradoxos, certos Estados tentam impor a ordem dentro do seu território, outros tentam desistir dos direitos soberanos e estados que estavam esquecidos e pretendem se tornar um Estado. (p.71-72)
“A globalização' nada mais é que a extensão totalitária de sua lógica a todos os aspectos da vida.” Os Estados não têm recursos suficientes nem liberdade de manobra para suportar a pressão pela simples razão de que “alguns minutos bastam para que empresas e até Estados entrem em colapso”. (BAUMAN, 1999, p.71)
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