Fundamentos Históricos e Teóricos Metodológicos do Serviço Social
Por: verabohrer • 12/5/2015 • Projeto de pesquisa • 2.867 Palavras (12 Páginas) • 243 Visualizações
UNIVERSIDADE ANHANGUERA – UNIDERP
CENTRO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
Curso Serviço Social – Segundo Semestre
Disciplina: Fundamentos Históricos e Teóricos –Metodológicos do Serviço Social
Movimento de Reconceituação do Serviço Social
CASSIANA RODRIGUES FABRIS RA: 5570959714
JAIR FRITZ RA: 6722536069
MARIA LUIZA BOHN KONRAD RA: 5530101668
VERA LÚCIA QUETHEMAN RA: 5560123534
Atividade Prática Supervisionada (ATPS) da disciplina de “Fundamentos Históricos e Teóricos Metodológicos do Serviço Social II”, entregue como requisito para conclusão de curso, sob orientação da professora-tutora à distância Ana Maria Silva Ferreira.
POLO PASSO FUNDO/RS
2013
SUMÁRIO
Introdução................................................................................................................................ 03
Texto das etapas 1, 2, 3, 4 da ATPS........................................................................................ 04
Reflexões finais........................................................................................................................ 11
Bibliografia.............................................................................................................................. 12
Introdução
O presente relatório tem como objetivo explicitar as atividades desenvolvidas pelo grupo de pesquisa, atendendo aos quesitos pré-estabelecidos na Atividade Prática Supervisionada – ATPS, da disciplina de Fundamentos Históricos e Teóricos Metodológicos do Serviço Social II”. Visa aprimorar o conhecimento de cada integrante do grupo, através de pesquisa, leitura de textos complementares e discussões em grupo, auxiliando assim o entendimento dos conteúdos trabalhados em sala de aula, através das tele aulas e do caderno de atividades.
O Movimento de Reconceituação do Serviço Social e suas Correntes Filosóficas
O Serviço Social originou-se das transformações políticas e sociais no Brasil e estava diretamente vinculada à doutrina da Igreja Católica. O período histórico que deu origem a profissão de Assistente Social é datado do final da década de 1930 e vai até meados de 1960. Buscou afirmar-se historicamente como uma prática de cunho humanitária, através da legitimação do Estado e da proteção da Igreja, a partir da década de 1940.
A princípio tratado como beneficência a assistencialismo, passou a adotar técnicas próprias na formação dos profissionais. Era inicialmente desempenhada por alunas da classe média e seguia a metodologia americana, que introduziu nos currículos escolares o Serviço Social de caso, de grupo e de comunidade. Tiveram sua base teórica os conceitos morais, confessional do Neotomismo, em meio a uma conjuntura sócio histórica.
“Nas suas expressões diferenciadas, ela confronta-se com a autocracia burguesa: colidia com a ordem autocrática, no plano teórico-cultural (os referenciais de que se socorria negavam as legitimações da autocracia), no plano profissional (os objetivos que se propunham chocavam-se com o perfil do assistente social requisitado pela” modernização conservadora”) e no plano político ( suas concepções de participação social e cidadania, bem como suas projeções societárias, batiam contra a institucionalidade da ditadura...).” (NETTO, 2007, p.248)
Com a constatação de que a teoria utilizada era fraca e insuficiente para a compreensão da dinâmica social e das relações de grupos, de classes e instituições, tem início o Movimento de Reconceituação.
Esse movimento aconteceu nos países latinos americanos (Chile, Argentina, Peru e Uruguai), e consistiu em um movimento de crítica ao positivismo e ao funcionalismo, fundamentados na visão marxista, o que acarretou na reorganização das escolas de Serviço Social. O Movimento de Reconceituação do Serviço Social na América Latina foi interrompido pela repressão da ditadura militar, porém trouxe importantes contribuições para o processo de aceleração da ruptura do Serviço Social tradicional.
No Brasil o movimento iniciou por volta de 1965, como um processo de ruptura com o serviço social norte-americano, vigente no Brasil após a IIª Guerra Mundial, na busca de um referencial prático e teórico para o Serviço Social. Envolveu um grande número de profissionais na busca da reelaboração de novos fundamentos, metodologias, conhecimentos e teorias, baseado numa real visão do homem e do mundo, com a finalidade de instrumentalizar ações coerentes voltadas às demandas da classe trabalhadora. Gerou impasses, crises, questionamentos, contestações, que delinearam diferentes fases, através de novas abordagens no desenvolvimento das ações. Difundiu uma nova visão da profissão e das funções do assistente social, defendendo um posicionamento ideológico.
O assistente social desempenhava um papel de ajustamento do indivíduo ao seu meio, sustentado por uma visão terapêutica. O movimento de reconceituação trouxe a identificação político-ideológica da existência de duas classes sociais: dominantes e dominados. Esta constatação deu origem às articulações, que possibilitaram debates coletivos sobre a real dimensão da profissão. Neste momento houve um amadurecimento dos profissionais, que já procuravam trabalhar em equipes multidisciplinares.
O movimento de reconceituação foi importante para que os profissionais deixassem de ser apenas executores das políticas sociais para se tornarem capazes de formular e gerir suas próprias políticas. O Serviço Social aproxima-se do pensamento crítico das Ciências Sociais e do movimento estudantil, deixando de lado antigas fundamentações: as vertentes psicológicas e a vinculação institucional com a Igreja.
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