J. Dunn - A História da Democracia
Por: Julia Rezende • 25/6/2017 • Seminário • 1.312 Palavras (6 Páginas) • 359 Visualizações
Segundo Bloco – Política 1
Texto: J. Dunn – A História da Democracia
A discussão do autor acontece acerca da palavra “Democracia”. Dunn disserta acerca da disputa com a palavra e seu sentido dentro do jogo político. A palavra, durante muitos séculos, tende a ser usada num sentido pejorativo, em que a experiência democrática de fato deixa de ser vista, mas com o passar do tempo, adquire uma carga positiva, tanto como substantivo como adjetivo.
Durante um longo período, a Democracia foi uma forma de governo que não deveria ser executada ou experimentada. O pensamento antigo clássico reproduz essa ideia, e consequentemente seus seguidores ao longo do tempo – como Platão, por exemplo.
A democracia seria uma versão corrompida ou deformada de uma “democracia pura”, ou seja, “de muitos”. (Confirmar)
Geisel: “O Brasil é uma democracia relativa”.
Pinochet: “Isso é uma democracia, mas uma democracia autoritária”.
A partir do Séc. XVIII, a identidade da palavra passa a se transformar e a disputa pelo significado da palavra só aumenta. J. Dunn faz exatamente uma discussão por trás da escolha de sentido da Democracia, exibindo certa disputa verbal, ou disputa de sentido.
Após março de 64, havia no Brasil uma constante discussão sobre o que seria o modelo brasileiro de governo diante da situação do momento. Essa discussão acabava por buscar termos que pudessem definir a política atuante. A linguagem política é o meio pelo qual há disputas, tanto ideológicas quanto sociais, há uma certa disputa também pelo controle da linguagem, ou o quanto essa discussão pode ser levada a frente ou não, durante um determinado período político.
Com a palavra “revolta” ou “reforma”, se discutia como mudanças ou tomadas institucionais ao longo da história, até mesmo no exemplo de Copérnico – “A Revolução dos Corpos Celestes” – em que haveria mudanças na forma de pensar a astronomia, por exemplo.
Quando certos países passavam por revoluções, ou revoltas, estas eram vistas como anomalias, ou deformidades – demosntrando como países ou cidades saíam de seus “meios naturais”, ou sua normalidade.
- Hobsbawm: Revolução Inglesa: Saída de um modelo de governo para outro, mas da monarquia no começo para a monarquia ao fim, como um ciclo. Tudo volta ao início depois de um tempo.
-1640-1660: The Great Rebellion (Inglaterra) – O fim da monarquia, representado pela decapitação do rei.
- 1660: A monarquia é restaurada com a dinastia Stuart.
- 1688: Revolução Gloriosa – O rei Jaime II é retirado do poder e “colocado no parlamento”. O rei passa a designar um ministro em seu nome para governar o país dentro do Parlamento. Este ministro governava uma certa parte majoritária de facções dentro deste Parlamento. A “revolução” passa a ter um sentido benéfico, já que os ingleses retomam sua constituição.
A “revolução” tem agora uma certa conotação de “progresso”, ou “avanço” da população. Essa definição então de transformação ou uma mudança ocorrida dentro da política, é vista como uma revolução.
- No Brasil: A Revolução de 1930.
Os atores políticos denotavam a palavra revolução para denotar algo positivo. Essa denotação passava a ser uma disputa política justamente acerca do “o quê denotar como Revolução”.
- 1º Advento: Democracia Clássica
- 2º Advento: Aquela que o autor menciona no texto.
A palavra “democracia” passa a sofrer uma inversão de sentido que tem a ver com duas crises políticas: A Revolução Americana (ou Movimento de Independência), e a Revolução Francesa, em que a palavra “democracia” volta ao vocabulário, mas altamente disputada. “Qual seria o sentido dessa palavra? ”.
- Qual a natureza dessas crises? O que torna a situação crítica para os atores que participam da situação? O que provoca a crise? Existe uma situação em que os estados que dirigem a sociedade estão acumulados em dívidas por conta de dificuldades crescentes para supri-las.
- Citação de Finley
- Citação de Dunn: P. 144.
As dívidas provinham de impostos sobre comidas – como a farinha – ou o selo real, por exemplo, que acabavam por recair sobre as classes mais pobres.
- Mas porque isso passa a ser tão importante nos Estados Modernos? Porque as relações de autoridade se alteram diante de um aparato institucional que precisa ser sustentado.
- A reurbanização da Europa depois de séculos: Um novo tipo de atividade social nas áreas mais urbanizadas; a cidade feudal assim como a cidade moderna têm um comércio voltado para o ganho pacífico de bens.
- O burguês: orientação de valor, voltado para as atividades de ganho pacífico.
A atividade comercial se adensa e surge a atividade bancária, por exemplo. Os excedentes também tornam as relações de crédito e débito fundamentais. Desse modo, o rei também passa a recorrer dessa atividade social para ter um aparato próprio – gerando a burocracia, diante da criação de um exército próprio por exemplo.
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