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Leitura Simplificada Sofistas

Por:   •  6/7/2018  •  Trabalho acadêmico  •  948 Palavras (4 Páginas)  •  119 Visualizações

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  1. OBJETIVOS DO AUTOR

O objetivo do texto é elucidar o papel dos sofistas no mecanismo legal grega, destacando o embate com filósofos, e primeiramente mostrando o contexto que contribui para o fortalecimento dos sofistas. A autora também traz à tona a opinião de diversos sofistas a respeito do Direito Natural e sua contribuição no contexto político-social.

  1. VOCÁBULOS ESPECÍFICOS

Conceitos como a retórica, concebida como a arte da eloquência, do bom argumentar, é essencial para a compreensão das discussões sobre as instituições legais gregas. Além disso, o método dialético baseado na contraposição de ideias também é um tema central do texto e uma forma de raciocínio que regia o debate entre sofistas e filósofos.

A ideia de physis e nomos é diversas vezes citada no texto, por isso tem-se a distinção que a physis era relacionado a algo natural e nomos é relacionado com o que é adquirido através do costume, no caso as leis.

  1. IDEIAS-CHAVE

A autora sustenta seu texto através da não polarização, ou seja, não trata dos sofistas somente pela visão (negativa) que os filósofos tinham sobre eles. Dessa forma, abre o flanco sobre a real importância deles para a polis, o direito e para o pensamento reflexivo.

Além de destacar os diversos sofistas que fundamentaram a ideia de democracia, discutiram e fundamentaram ideias como a cidadania, novos padrões de educação e as contribuições com o desenvolvimento da linguagem.

  1. REESCRITURA SINTÉTICA

Primeiramente, o contexto pelo qual Atenas se passava é uma condição que possibilitou o aparecimento dos sofistas. Com o enriquecimento das cidades na Época Clássica, a aquisição de direitos e a modificação da aristocracia, foi um grande estímulo para a atuação do intelecto como força social e consequentemente necessário desenvolver uma boa oratória para aqueles que desejassem maior poder de persuasão nas Assembleias.

O avanço no processo democrático grego contou com o apoio de Sólon, sua legislação assegurou aos cidadãos de Atenas liberdade civil e política. Já no governo de Péricles o exercício das funções públicas abrangia até mesmo os cidadãos pobres. Diante disso, tinha-se a nova paidéia (educação) como base fundamental para garantir o livre debate de ideais nas instituições legais (Assembleias e Tribunais, por exemplo) e fora imprescindível o avanço do ensino do discurso.

Nesse período de mudanças, os filósofos vão entrar em confronto com os sofistas. Os sofistas eram mestres da oratória e vendiam seus conhecimentos para a jovem aristocracia grega, essa venda do saber era muito criticada por alguns filósofos. Sócrates em especial ia contra esse método por o considerar falho e os denominava de “mercadores do conhecimento da alma”, seu discípulo Platão compartilha do mesmo juízo, Aristóteles afirma que “a sofística é uma sabedoria aparente”, logo não discorre sobre a verdade.

Há ainda diferenças facilmente estabelecidas entre esses dois grupos. O distanciamento do poder, no qual os sofistas estavam próximos e os filósofos longe. Afinal, com a nova paidéia, tida como areté política pelos aristocratas cuja finalidade passou a ser preparar os dirigentes estatais, a retórica foi desenvolvida e seria inconcebível sem a dialética ensinada pelos sofistas. Nesse contexto, os sofistas serão responsáveis por legitimar o ideal democrático da classe que estava ascendendo, no caso os comerciantes.

Diversos debates são travados a partir daí e sobre o que era justo ou injusto, se era baseado em leis escritas e por isso legitimado mesmo sendo injusto. Os sofistas se posicionam, ao afirmar que justiça é a obediência às leis do Estado – arbitrárias ou não, afinal era por esse meio que os mais poderosos faziam a manutenção do seu controle.

Patello ratifica a divisão dos sofistas em dois grupos: Primeira geração (velha geração) e segunda geração. A primeira geração é marcada pela antítese da convenção e da natureza, e tem como seus principais representantes Protágoras, Górgias e Hípias.

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