O Discurso de Daudt
Por: Tiago Diogo • 18/9/2018 • Ensaio • 329 Palavras (2 Páginas) • 102 Visualizações
Excelentissa Senhora Desembargadora, e presidente desse órgão egrégio, Senhora desembargadora relatora, saúdo da mesma forma meus colegas da Procuradoria Geral do Estado, assim também meus nobres colegas da defesa gostariam de dizer que uma honra antes de qualquer coisa dividir o plenário com vossas excelências. Estendo minha saudação a todos os servidores públicos e SUSEPE também.
Afinal esse caso trata-se de que pergunto? Uma luta do bem contra o mal?
"Sou promotor de justiça e não de acusação, não tenho interesse na condenação de um inocente e não ganho nada a mais e nada a menos em caso de condenação ou de absolvição, apenas represento a sociedade e, quando não estou convencido, posso pedir até mesmo a absolvição".
Então a acusação tenta demonstrar que podem ficar tranqüilos, pois o réu não irá "apodrecer" na cadeia. Falarão sobre a progressão de regime, sobre a "saidinha", sobre a visita íntima, dirão que o réu terá cama e comida "de graça", e que a cadeia é ruim, mas o cemitério é pior, tentando estabelecer um paralelo entre as situações do réu e da vítima.
O MP não procura de maneira nenhuma encontrar alguém para condenar, até mesmo porque nesse caso temos um condenado, José Antonio Daudt; sim, bloco C tumulo 878 cemitério da Santa Casa de Porto Alegre, tumulo emprestado até pela família de Dário Lopes de Almeida.
No momento que Rômulo Dexheimer disparou a sangue frio em Daudt ele não calou só a voz do comunicador de radio e TV, não calou só a voz de um membro da assembléia legislativa, quando Rômulo Dexheimer apertou duas vezes a sangue frio a arma na noite de 4 de junho, ele calou também a voz de 21.429 pessoas que dia 3 de novembro de 1986 elegeram Daudt e depositavam nele seus sonho e o tinham como sua voz, porque era isso que Daudt Fazia dava voz a aqueles que não tinha e muitas vezes não tem voz nem aqui e em nenhuma casa nesse estado.
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