O Germinal

O Filme “Germinal” é baseado num romance francês, do escritor Émile Édouard Charles Atoine Zola, publicado em 1881, foi produzido em 1993, dirigido por Claude Berri.

No contexto do filme, a Europa vivia o novo processo de produção conhecido como Revolução Industrial, onde é passado na França no século XIX, como cidade principal tem-se Montsou, a qual dependia economicamente da mineração.

O título do filme ''Germinal'' faz menção ao significado de ''nascer'' "crescer", porque ali nasciam os ideais de revolução, de greves, mudanças (germinação de homens como se fossem sementes) e porque é um dos meses do calendário da Revolução Francesa, criado em 1792.

O foco do filme será em torno de uma família de trabalhadores de minas de carvão, que vivem em extrema miséria e penúria. Durante o filme é explorado a vida dos operários de minas, que trabalhavam duro em busca de dinheiro para o sustento da família, porem o salário que recebiam não supria nem o mínimo das necessidades. Sendo que todos os integrantes desta família trabalhavam, inclusive as crianças.

No decorrer do filme são abordadas as mazelas nas condições de trabalho dos mineradores. Que trabalhavam várias horas por dia em precária estrutura de trabalho, sem proteções, iluminação apropriada, sem sustentação segura, onde era frequente a ocorrência de acidentes fatais.

E mesmo com essas condições desumanas os trabalhadores (mineradores) se viam obrigados a trabalhar para manter o salário e assim o ''possível'' sustendo.

Então, aparece um homem em meio aos trabalhadores que não aceita essa desigualdade social, essas injustiças e a baixa remuneração para a quantidade e meios de trabalho. Esta personagem chamada Etienne, começa a se organizar e mostrar seus ideais contra a exploração, convencendo a maioria dos trabalhadores a se juntarem a ele para ganharem força para acontecer reivindicações.

 Esse movimento, inicialmente, não incomodou a classe dominante e detentora dos meios de produção, pois havia o temor por parte dos trabalhadores da fome e da miséria, e as ameaças de contratar pessoas vindas de fora fizeram com que alguns voltassem ao trabalho. No entanto, apesar das ameaças, os movimentos continuaram e muitos trabalhadores até morreram em nome da causa.

Conclui-se, portanto, que os movimentos sindicais e de busca por direitos do trabalhador como vistos atualmente são uma construção histórica feita através de lutas e movimentos que gradativamente nos trouxeram aos moldes atuais. Os direitos dos trabalhadores ainda são negligenciados por alguns empresários em nome do lucro. No entanto, diferentemente do que ocorria àquela época, existem leis protetivas que visam coibir tais práticas e permitir que os trabalhadores tenham seus direitos garantidos.