O Pensamento de Adam Smith
Por: Vinícius Lopes • 2/1/2023 • Trabalho acadêmico • 2.332 Palavras (10 Páginas) • 89 Visualizações
### Adam Smith (1723-1790)
Natural de Kirkaldy, Escócia, era filósofo e ainda jovem ministrava palestras sobre retórica, literatura e jurisprudência na Universidade de Edimburgo;
Em 1751, com 30 anos, se tornou professor de lógica na Universidade de Glasgow e em1752 passa a ministrar a disciplina de filosofia moral na mesma universidade.
**Principais obras**:
1759 — *Theory of moral sentiments*
1776 — *An inquiry into the nature and causes of the wealth of nations* (A Riqueza das Nações)
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Smith é considerado **pai da economia moderna** e **fundador da economia política** como ciência autônoma;
O grande diferencial de seu trabalho em relação aos mercantilistas e fisiocratas, no campo da reflexão econômica, é o deslocamento do campo e da circulação das mercadorias para a **esfera da produção**;
É dele a primeira teorização abrangente do funcionamento do sistema econômico, realçando a sua dinâmica de crescimento.
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- ****************************Principal avanço sobre a doutrina mercantilista:****************************
- Smith **contrapõe a ideia mercantilista** de que a riqueza originava-se do comércio e assumia forma de acumulação em metais preciosos;
- Para ele a produção crescente de riqueza se dava por meio do **aumento de produtividade resultante da divisão do trabalho**;
- A acumulação se relaciona à concepção de capital e inclui o desenvolvimento de máquinas e instrumentos cada vez mais sofisticados (que propiciam a acumulação).
- **************************************************************************Principal avanço sobre a fisiocracia:**************************************************************************
- Smith **superou a noção fisiocrata** de que toda a riqueza era produzida na agricultura ao adotar uma teoria do valor fundada na ideia de que o trabalho constituía a fonte do valor dos bens materiais;
- Para ele, o **valor**, enquanto sinônimo de riqueza, seria **produzido onde quer que fosse resultado de trabalho humano**. Disso resultou uma inovação no objeto da economia política, ao fixar-se na relação dos seres humanos entre si.
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**********Contexto**********
**Inglaterra**: crescimento da indústria interna em 7% entre 1700 e 1750. No mesmo período a indústria voltada para a exportação cresceu 76%;
**Avanço técnico**:
- Desenvolvimento de máquinas de fiação e lanício;
- As manufaturas domésticas empregavam entre 5 e 20 pessoas; as novas manufaturas passaram a empregar entre 150 a 600 pessoas;
- As máquinas à vapor propiciaram a mudança das fábricas de locais isolados (dependência da água como fonte de energia) para os centros urbanos;
- Manchester passou de 17 mil habitantes em 1760 para 400mil habitantes em 1851 (Em 91 anos a população aumentou em mais de 2000%)
- Até o início do século XVIII usava-se carvão vegetal (obtido a partir da queima de madeira) na indústria metalúrgica para fundição;
- Em 1709 são desenvolvidas novas técnicas para a produção do carvão de coque (carvão mineral betuminoso – mais resistente que o carvão vegetal em altas ou baixas temperaturas). O aumento da demanda militar no final do século XVIII generalizou seu uso.
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### Principais influências
- A relação entre as paixões individuais e o bem comum e a crença da existência de leis universais são dois pontos que permeavam o debate filosófico da época e que influenciaram a visão econômica de Smith;
- Smith teve contato entre os anos de 1764 e 1766 com os fisiocratas, ambos advogavam pelo livre comércio. No entanto, muito do que foi postulado por Smith já haviam sido disseminado em conferências em Edimburgo, ou seja, o encontro com pensamento fisiocrata não necessariamente produziu grandes mudanças em suas ideias;
**Bernard Mandeville**
Mandeville (1670 - 1733) foi médico, filósofo e satírico. É visto por vezes como **mercantilista** por outras como **individualista**.
Seu trabalho se estrutura ao longo de **duas suposições centrais** que, de certo modo, dão amparo a ambas interpretações, a saber:
1. O indivíduos são movidos por um complexo de paixões, buscando sempre o seu auto interesse;
2. O Estado, por meio da manipulação apropriada de tais paixões, especialmente o orgulho e a vergonha, induz as pessoas a praticarem atos condizentes com o interesse público.
Mandeville é categórico ao descrever o homem como um ser “…extraordinariamente egoísta e teimoso, um animal ladino […] sendo impossível pela força somente torná-lo tratável”. A fim de adestrar tais impulsos, acresce, os legisladores teriam descoberto na adulação “… o mais poderoso argumento a ser usado com as criaturas humanas” **([1723] 1992: 41-43)**.
Uma de suas obras que merece destaque é “**A Fábula das Abelhas ou Vícios Privados, Benefícios Públicos**” (1714)
**Frances Hutchenson**
Francis Hutcheson (teólogo presbiteriano e filósofo irlandês), figura chave do **Iluminismo escocês** e um dos nomes de maior influência na **formação das doutrinas econômicas de Adam Smith**, viria a mostrar-se o mais incansável **opositor de Mandeville**.
Numa série de três cartas ao Dublin Journal, veiculadas em fevereiro de 1726, Hutcheson expõe pela primeira vez seu descontentamento com a sugestão de ser a luxúria benéfica ao público, preocupação que voltaria a ressurgir em outros de seus escritos ao longo da vida.
**Iluminismo Escocês**
Os iluministas escoceses compartilhavam o propósito comum de **estabelecer uma base científica para
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