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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS – PUC GOIÁS

Por:   •  11/12/2020  •  Trabalho acadêmico  •  1.263 Palavras (6 Páginas)  •  152 Visualizações

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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS – PUC GOIÁS

PRÓ-REITORIA DE GRADUAÇÃO

CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS

E

CURSO DE ENGENHARIA DE ALIMENTOS

ANITHA RODRIGUES DE SOUSA

BRENO SOTO ALVES

ATIVIDADE EXTRADISCIPLINAR

LET-1088  A04  LIBRAS

GOIÂNIA

2020

Os discentes foram divididos em grupos com 2 integrantes definidos por áreas de formação, para planejarem e elaborarem um projeto de melhorias para a inclusão e acessibilidade das pessoas surdas apontando as adaptações e as ações necessárias para a inclusão destes no contexto escolar, considerando suas necessidades, pensando no uso da Libras e nos aspectos metodológicos mais adequados para o ensino dos alunos surdos.

CONTEXTO HISTÓRICO

        A forma que a sociedade trata os surdos muda de acordo com a concepção de cada cultura, de cada época. Na Antiguidade, os surdos não eram bem vistos ou aceitos pois acreditava-se muito na ideia da educação oralizada. E, se alguém não é capaz de falar, não era capaz de aprender. Já na Idade Média, com todo o poder que a Igreja Católica detinha, houve momentos de discriminação total e parcial. Na discriminação total tem-se o contexto de que o surdo não era feito a imagem e semelhança de Deus, ou seja, serão para sempre hereges. Na discriminação parcial é a ocasião de que, como havia muitos casamentos consanguíneos, ocasionaram muitos filhos surdos, e, na intenção de auxiliar os nobres, a Igreja convidou os monges que faziam votos de silêncio para que ensinasse alguma forma de se comunicar para aqueles surdos.

        Infelizmente, a história das pessoas surdas é bem sofrida. Além de alvos religiosos, eles foram alvos de testes dentro da medicina, que causaram muita dor, sofrimento e trauma. Somente com o passar dos séculos que os surdos começaram a ser vistos como seres-humanos inteligentes e capacitados mentalmente para quaisquer tipos de aprendizado.

        Atualmente, no Brasil, tem-se a conquista de leis para que haja a defesa e a busca pela educação e normalidade de vida dos surdos. A partir de 2002, a linguagem de sinais (Libras) foi reconhecida como meio legal de comunicação e expressão (Lei 10.436). Assim como foi assegurado que órgãos públicos e instituições de ensino federal deveriam proporcionar a fácil comunicação com os surdos. Em 2008, foi conquistado o Dia Nacional dos Surdos, sendo em 26 de setembro (com a Lei 11.796). E, em 2010, com a Lei 12.319, foi regulamentado o nível de ensino dos intérpretes da Libras e quais as suas funções com os surdos e com a sociedade.

        Ante ao exposto, percebe-se que, felizmente, as mudanças estão vindo. Ainda se tem o que melhorar em benefício de proporcionar a igualdade entre os surdos e os não surdos. No entanto, reconhece-se melhorias e conquistas grandiosas.

PROPOSTA DE MELHORIA NO CONTEXTO ESCOLAR / UNIVERSITÁRIO

Em âmbito escolar, assim como pede o enunciado do trabalho, é de suma importância a disponibilização e a influência da própria faculdade ou escola para o estudo de Libras, pois, quanto mais pessoas serem alfabetizadas neste idioma, menos dificuldades os surdos terão para a sua comunicação e aprendizado.

Lamentavelmente, não é comum ter um aluno surdo entre os alunos não surdos, e, por isso, percebe-se uma exclusão. É compreensível a necessidade diferenciada desses alunos surdos, no entanto, muitos alunos oralizados não conhecem ou nunca nem viram um aluno surdo. Não é comum esse contato, e, isso causa a sensação de que não existem alunos surdos no meio acadêmico. Nem mesmo presenciar um intérprete auxiliando na comunicação, entre um surdo e um não surdo, seja algo que aconteça com frequência, muito pelo contrário.

Além disso, é lei que a própria universidade deve disponibilizar uma quantidade de intérprete para acompanhar um grupo de alunos, a fim de que a educação e a socialização destas pessoas não sejam prejudicadas ou interrompidas.

        

PROPOSTA DE MELHORIA NA ÁREA DAS CIÊNCIAS CONTÁBEIS

A acessibilidade para os surdos na esfera profissional da contabilidade, é algo primordial para que haja a inclusão e a correta troca de informações entre cliente-profissional.

A área contábil é de muito diálogo, discussão de leis, troca de ideias, networking. Nem sempre existe o interesse em saber sobre alguns cálculos que existem, e sim, o interesse em saber como funciona a administração e operacionalização de uma empresa.

Na contabilidade pode-se:

  1. Disponibilizar intérpretes (de forma presencial ou on-line);
  2. Disponibilizar aplicativos por aparelhos eletrônicos que fariam a comunicação;
  3. Priorizar a contratação de funcionários que tenham certificados do estudo em Libras.

PROPOSTA DE MELHORIA NA ÁREA DA ENGENHARIA DE ALIMENTOS

        De acordo com um estudo publicado em 2017 pelo site Ecommerce Brasil, 5% da população Brasileira são compostas por pessoas surdas, isto é, aproximadamente 10 milhões de Brasileiros possuem algum tipo de deficiência auditiva. Além disso, 70% dos surdos Brasileiros apresenta dificuldades em compreender o português e não entendem o que você comunica em website. Sendo que a experiência da comunicação dos surdos é extremamente visual, tendo a Língua Brasileira de Sinais (Libras) como o idioma oficial legalmente reconhecido de comunicação e expressão dos surdos.

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