Prova - Manutenção Cultural na globalização

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA- UESB[pic 1]

Comunicação Social / Jornalismo – VI Semestre

Disciplina: Comunicação e Cultura

Professor: Luiz Caetano

Discente: Marcéu de Sousa Correia

AVALIAÇÃO I

Discutam a integração global e a permanência da diferenciação local das culturas.

A formação de uma sociedade vai além de um espaço geográfico, fatores educacionais, sociais, políticos, econômicos e culturais, são responsáveis por sua construção e desenvolvimento, se destacando entre eles a cultura que está inserida plenamente no contexto de formação de um povo. A humanidade é organizada e regida por símbolos e a cultura pode e deve ser percebida como uma rede unificada de todos esses símbolos. Por essa razão, ela é considerada o eixo central de estudo da antropologia, onde o homem e o seu comportamento são percebidos através da análise de sua cultura, que pode ser considerada como uma diferente forma de contato com novas percepções de mundo, onde o seu sociológico, psicológico e biológico possam ser percebidos de uma única forma, através da cultura.

O processo de globalização está cada vez mais presente no dia-a-dia de toda a sociedade, com o advento de novos meios de comunicação, e com a velocidade de informação conseguida através do surgimento da internet, ocorreu a chamada “transmissão de valores culturais”, onde os diferentes comportamentos e as culturas passaram a interagir sem a necessidade de uma integração territorial. Com essa transformação, comunidades consideradas tradicionais, tiveram a possibilidade de mostrar os seus comportamentos além de suas fronteiras, o que os mostra resistentes às mudanças impostas por uma cultura global. Assim a cultura não pode ser considerada como algo restrito ao seu lugar de surgimento, mas sim como uma forma de quebra das barreiras, favorecendo assim um maior fluxo de bens culturais, o que leva a um maior intercâmbio cultural, o que ele se expande a partir do momento que um indivíduo desse contexto regional passa a ter acesso a aldeia global, sem perder a sua essência cultural, o que mantém viva as suas tradições.

Para Marshal, apesar da globalização e o capitalismo serem considerados muitas vezes uma forma de padronização cultural, essa transformação global deixa de ser vista como uma imposição de uma cultura unificada e padronizada para a sociedade contemporânea, e passa a ser considerada como fator provocativo para o surgimento de novas culturas e comportamentos. As culturas ‘interioranas’ ou ‘minoritárias’ têm raízes fincadas em seu lugar de surgimento, o que a caracteriza como peça fundamental na atuação do indivíduo independendo de contextos externos, o que a leva a manter as suas tradições se adaptando e absorvendo as modificações que se identifiquem com suas características, mostra que as culturas não estão sendo substituídas por uma cultura imposta, mas sim por novas características culturais de forma plural, pois as culturas locais ou regionais são elementos que compõe e caracterizam a singularidade de um povo e de uma sociedade.

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