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Resumo de batalhadores do Brasil

Por:   •  12/3/2016  •  Resenha  •  2.108 Palavras (9 Páginas)  •  2.059 Visualizações

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Curso: Serviço Social - 6º semestre

Disciplina: Seguridade Social

Aluno: Fábio

RESUMO CRÍTICO DO LIVRO BATALHADORES BRASILEIROS DE JESSÉ SOUZA.

Sobral CE

Setembro 2015

O texto Batalhadores brasileiros mostra a ideia de uma nova classe, de início faz ênfase aos batalhadores. Quem são? De ondem vem? O que querem essas pessoas? Porque são chamadas assim? Essas indagações são respondidas da seguinte forma: os batalhadores do Brasil são aquelas pessoas que estão dentro de uma classe social, que todos os dias trabalha firme para tentar mudar suas condições de vida, são pessoas que estão tentando conquistar sua própria autonomia e independência, se caracteriza naquelas pessoas que montam seus próprios empreendimento, que buscam outras alternativas de vida para obter um capital financeiro melhor, são homens e mulheres persistentes, que sonham, que tem um objetivo, que estudam para obter conhecimento mais avançado e que este possa ser capaz de mudar a situação social e financeira.

Com desejos e metas estabelecidos por si próprio, os batalhadores, querem algo além do que um capital intelectual e financeiro, eles desejam conquistar determinados postos que Os tornarão conhecidos e vistos pela sociedade, querem ser percebidos e olhados de forma diferente, como um daqueles que através da sua força de vontade estão conseguindo ultrapassar as dificuldades e trilhar novos caminhos e possibilidades de ascensão de vida no meio social, são aqueles que acreditam que tudo é capaz e para conquistar seus objetivos é necessário que tenham esforço e dedicação, essa é a forma que os batalhadores enxergam para entrar em uma nova classe social. O autor diz que os batalhadores estão dentro de uma “ralé estrutural” que segundo o texto pertence ao grupo de pessoas que são “vítimas de incapacitações e inibições que não se limitam à falta de oportunidades econômicas” (p.10).

A “ralé brasileira” são aqueles que estão abaixo da nova classe social formada pelos batalhadores. A “ralé” não se limita ao trabalho, aceita propostas mesmo que indignas, são pessoas que se sentem desprovidas de direitos, bloqueados e incapazes de entrar em uma nova classe, são aqueles que estão trabalhando informalmente e que as vezes correm até algum risco em relação a sua saúde, são os então enquadrados pobres e que procuram de qualquer forma de trabalho que possibilite arrecadar um capital que seja capaz de suprir suas condições mais básicas como a alimentação.                

De acordo com alguns detentores de opinião que estão diariamente nos meios de comunicação discutindo assuntos referentes ao desenvolvimento econômico do país, os batalhadores, ou “nova classe de emergentes” são os principais responsáveis pelo processo de desenvolvimento do Brasil como um país que cresce e avança economicamente, e que dessa forma deixa de ser um país atrasado e cheio de problemas sociais. Tudo isso é mostrado como sendo uma verdade absoluta, no entanto não passa de uma mentira. Mas segundo o texto, essas mentiras não são completamente falsas, mas sim “meias verdades” pois se “refere a algumas mudanças reais, mas que são interpretadas de maneira distorcida, sem conflitos e sem contradições” (p.21), ou seja não é pensado, as vezes, como que se organiza determinados contextos sociais, mas como isso está sendo mostrado por pessoas que tem um certo domínio de convencer e que passam uma ideia de que tudo que falam é verdade.

Os batalhadores são sujeitos que através das transformações causadas por eles mesmos decidem por si só iniciar uma atividade que Os fazem pertencem a um outro grupo, a uma nova classe média que moralmente tem aspectos da classe média, o que faz com que sejam denominados assim, e financeiramente tenham aspectos da classe baixa. No texto, Jessé Souza diz que esse novo grupo mesmo sofrendo algumas modificações do Estado ainda não consegue se reerguer, pois os problemas financeiros perpassam uma ideia de que somente a pobreza pode explicar todas as mazelas. Dessa forma as políticas sociais de renda não é a melhor alternativa para solucionar os problemas sociais de pobreza, discriminação, falta de moradia, e outros problemas sendo que estes estão dentro de contextos diferentes que envolve famílias, culturas e hábitos de determinadas regiões.

Trazendo as discursões dos programas sociais pode-se dizer que estes se tornam estratégias do Estado como um incentivo ao consumo, o que fará com que o grupo pertencente a “ralé” seja um dos primeiros a receber os incentivos como programas sociais de transferência de renda e capacitação profissional. Com isso não se pode negar que as mudanças que foram acontecendo na sociedade através das políticas sociais, de certa forma ajudaram e estruturaram à buscar uma vida diferente se mostrando assim como uma condição favorável e que pudesse contribuir financeiramente, garantindo assim condições básicas para uma família. As maneiras como o Estado aplica as políticas sociais na população através de incentivos financeiro e programas sociais é uma pratica da atual administração que governa o Brasil, tendo no seu início voltado para uma questão alimentar. Observando que há pelo menos 15 anos traz existia um número grande de pessoas em situação de miséria e extrema pobreza, que seriam os pertencentes a uma classe mais vulnerável. A partir daí a criação dos programas sociais subsistem como uma “porta de entrada” para solucionar ou dar algum suporte para determinados enfrentamentos sociais, como pobreza e falta de estrutura familiar.

O capitalismo se torna contraditório pelo fato de que não basta apenas possuir capital financeiro para estar dentro de uma nova classe social, quer dizer que possuir dinheiro não explica tudo, pois o pobre mesmo batalhando para conseguir uma condição de vida melhor ele irá sofrer preconceito, seja pelo seu jeito de se comportar na sociedade, a maneira como fala – as vezes com algumas gírias -, as roupas que veste, também pelas condições onde mora e até mesmo por pertencer a uma família que não é bem estruturada ou que passam por outros problemas como, alcoolismo, envolvimento com drogas e no mundo do crime.

Os indivíduos em sua relação econômica através das diferentes formas de acumulação financeira coloca algum sentido que explique e que faça impulsionar cada vez mais as formas de produção de trabalho. Jesse Souza diz que “o capitalismo necessita se legitimizar, ou seja, fazer com que as pessoas acreditem no que fazem” (p.27). Isso que o autor diz, ela aborda no texto como uma das características que atribui ao capitalismo um símbolo que justifica os reais motivos pelo qual se alarga na sociedade. A partir daí os indivíduos colocam sentidos nas suas atividades que desenvolvem no trabalho, seja apenas como uma forma de garantir condições para conseguir se manter ou como uma vocação que foi destinada ao indivíduo para que este possa cumprir sua “missão, como um chamado divino”.

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