Sociologia do Trabalho
Por: Marcos Primolan • 6/6/2018 • Trabalho acadêmico • 1.883 Palavras (8 Páginas) • 168 Visualizações
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO RIO GRANDE DO NORTE
CAMPUS NATAL CENTRAL – CNAT
4.01110.1M
MATUTINO
SOCIOLOGIA DO TRABALHO
Natal/RN
16 de junho de 2017
Débora Alves Primolan
Fernanda Letícia de Vasconcelos Medeiros
Hellen Rayany Queiroz
Atividade avaliativa referente à disciplina de Sociologia do Trabalho, cursada por alunos do Técnico Integrado em administração e ministrada pela docente Anna Paola Oliveira.
Natal/RN
16 de junho de 2017
INTRODUÇÃO
Este trabalho consiste na contextualização e aplicação do conteúdo ministrado pela docente Ana Paola Oliveira na disciplina de Sociologia do Trabalho, do Curso Técnico Integrado em Administração no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte - Campus Natal Central. Possui o objetivo de associar as teorias dos sociólogos estudados em sala Émile Durkheim, Karl Marx e Max Weber, tais quais: Solidariedade Mecânica e Orgânica, Divisão Social do Trabalho e A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo à realidade do corpo social, demonstrando a forma que são aplicadas no cotidiano e a visão do homem comum sobre elas. Baseia-se em exemplificações por meio de percepções sobre o funcionamento da sociedade, bem como entrevistas realizadas pelo grupo.
TEXTO 1
Ao tentar compreender a organização social, Durkheim viu nas sociedades características que possibilitavam a existência de solidariedades sociais, denominadas de mecânica ou orgânica, responsáveis pela criação de normas, regras, leis e necessidades sociais, não havendo sem elas vida social.
Quanto à solidariedade mecânica, pode ser citada a comunidade Frei Damião situada no bairro de Bom Pastor, declarada a mais esquecida pelo poder público fato impulsionador da união e luta de seus moradores por melhorias. Nesta solidariedade ocorre a forte consciência coletiva, sendo o desejo e vontade individual igual ao do grupo, formando assim a coesão e harmonia social entre eles, situação sempre presente em parte significativa dos integrantes de Frei Damião. Os indivíduos estão ligados entre si e com as raízes, sendo perceptível as inúmeras semelhanças no comportamento e discurso. E mesmo a individualidade é fortemente influenciada pelo coletivo. Além de os valores definidos, o estabelecer de certo e errado e inclusive o comportamento serem passados de geração em geração, encaixando o indivíduo a realidade social de um morador com incontáveis dificuldades e enfrentamentos.
Já a solidariedade orgânica, pode ser exemplificada por uma agência de publicidade bem conceituada e localizada no bairro de Capim Macio. Empresa de cunho capitalista e com funções específicas bem estabelecidas, caracteres essenciais para ser considerada como solidariedade orgânica. Ademais, cada componente da organização é peça da engrenagem e exerce um papel importante, e se há a união pela interdependência entre o grupo, e não pela coletividade em si, pois as campanhas precisam ser finalizadas e o dinheiro deve circular para que cada um receba sua parte e supra suas necessidades individuais, ocorrendo a formação de personalidades e pensamentos distintos dentro de um mesmo espaço, notado na forma de vestir, falar e se portar.
TEXTO 2
A sindicalista Maria Elizabeth Fernandes é agricultora, faz parte e preside o sindicado dos trabalhadores rurais há mais de 23 anos. De acordo com sua experiência trabalhista e conhecimentos sociólogos, pôde afirmar que nos dias atuais o movimento sindical se assemelha a conjuntura de sua origem, ela explica que na atual conjuntura politico/social em que vivemos, houve retrocessos, como a reforma trabalhista, a terceirização e a nova previdência, são medidas essas que fazem com que os sindicalistas e seu movimento retrocedam, relembrando suas lutas de origem. Esse quadro pode ser explicado, ainda segundo Elizabeth, devido à sobreposição dos interesses capitalistas aos interesses e direitos trabalhistas, um em detrimento do outro, e também devido à desvalorização da mão de obra assalariada, enfatizando o quanto as novas medidas governamentais vão contra esses direitos. Inclusive, para ela, essas medidas põem em risco o crescimento do trabalho análogo à escravidão nos pais. O antagonismo de classes está entre os dois lados da moeda, trata-se da relação trabalhador/patrão, onde o patrão representa a força capitalista predominante e o trabalhador, representante de seus próprios direitos, segundo a sindicalista a reforma trabalhista acentuará mais ainda o antagonismo. Somado a isso, temos o conceito de mais-valia, que trata da mão de obra assalariada, na qual o patrão explora o trabalhador, portanto, é uma relação abusiva e desonesta, em que o trabalhador produz muito mais do que recebe, havendo uma desproporcionalidade entre a produção e o salario. Para finalizar, Fernandes explica a importância da luta de classes, ela existe para garantir a manutenção dos direitos que já foram conquistados e ampliar à luta para a conquista de ainda mais direitos, se tornando uma ferramenta fundamental para o funcionamento das relações trabalhistas.
TEXTO 3
O trabalho pela igreja é tido como essencial, visto que acredita-se ser a vontade de Deus para o homem. Atualmente, não há associação entre a condição financeira e a generosidade. A oferta à Igreja está associada à gratidão e ao desejo de ver a obra de Deus crescer. Hoje há uma mistura entre o fato de seguir o Cristianismo e ser abençoado, então muitas pessoas seguem a Cristo com a ideia de que assim, terão uma vida próspera e sem problemas. Na liderança das Igrejas Protestantes, o líder espiritual acredita na realidade da prosperidade e instrui os fieis a buscar prosperar, com esforço e dedicação, o que acontece e se torna possível através do trabalho. O treinamento e incentivo a trabalhar de forma eficaz levam ao resultado positivo da ascensão financeira. Deus dá a vocação e direciona as pessoas à suas respectivas profissões e trabalhos, seja diretamente na igreja ou não.
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