Teoria dos grupos sociais
Por: jess04 • 17/10/2016 • Resenha • 451 Palavras (2 Páginas) • 1.091 Visualizações
Universidade Federal do Ceará
Departamento de Ciências Sociais
Análise de Política Governamental
Jéssica Luana Vicente Alves (355151)
É fato que existem várias organizações com propósitos diferentes. As organizações são, em grande maioria, feitas para promover o interesse comum de determinados grupos de indivíduos, e esses indivíduos, ou parte deles, são membros da organização. Porém, dentro desses grupos de indivíduos com interesses comuns, pode haver também interesses individuais. As organizações que não tendem a promover os interesses de seus membros, ou que tratam de servir somente aos interesses de suas lideranças, tem forte propensão a sucumbir.
As empresas, especialmente do setor industrial, têm o interesse de aumentar o preço de seus produtos para obter mais lucro, e mesmo quando as empresas de mesmo setor formam uma organização, praticamente nenhum produtor tem interesse de gastar tempo e dinheiro para ficar à frente da organização e procurar maneiras de promover o interesse comum, que é o aumento dos lucros. O Estado é uma grande organização que precisa manter serviços básicos para o bem de seus membros em geral, serviços estes que não seriam possíveis ser mantidos apenas com colaborações voluntárias, a partir dessa premissa surge a necessidade da cobrança de impostos. A mesma lógica aplica-se a outras grandes organizações, principalmente aquelas de mercado competitivo.
A “teoria dos grupos sociais” parte da premissa de que “grupos privados e associações operam de acordo com princípios completamente diferentes daqueles que governam os relacionamentos entre empresas no mercado ou entre contribuintes e Estado” (p. 28). Esta teoria possui duas variantes, a informal acredita que haja uma propensão intrínseca ao homem a unir-se e virarem associações. Na variante formal, a teoria é de que as associações ou agrupamentos são um aspecto das sociedades “evoluídas”, afirmando que nas sociedades “primitivas” as formas de organizações envolviam as famílias e os grupos de parentesco. Esta teoria dos grupos sociais tradicional é bastante questionada.
Em grupos pequenos, em que cada membro ganha uma porção significativa do total, justamente por possuírem poucos membros, os interesses coletivos podem ser promovidos por ações voluntárias dos membros, visto que há um interesse comum de cada, ou seja, quanto maior a colaboração de cada membro, maior será a porção de retorno. Porém, nem sempre nesses grupos menores o benefício coletivo será provido com excelência, assim como quanto maior for o grupo, mais difícil será a eficiência de provimento do benefício coletivo. Todos esses aspectos têm influência direta também do tamanho e diversificação dos membros.
Ademais, conclui-se que o tamanho dos grupos é um dos fatores que influenciam diretamente para saber se é possível que o provimento individual reflita no benefício coletivo de forma positiva. Portanto, os grupos menores têm tendência a promover os seus interesses comuns com mais êxito do que os grupos grandes.
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