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Trabalhadores, uni-vos! Karl Marx

Por:   •  2/5/2016  •  Pesquisas Acadêmicas  •  1.302 Palavras (6 Páginas)  •  2.239 Visualizações

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Trabalhadores, uni-vos!

Karl Einrich Marx, foi economista, comunista, político, sociólogo e revolucionário alemão. É considerado um dos fundadores da sociologia. Seus escritos foram influenciados principalmente por três correntes de pensamento: a economia clássica inglesa; o socialismo francês; e o idealismo filosófico de Friedrich Hegel.

As ideias de Marx foram tão controversas quanto influentes. Essas ideias inspiraram na formação de partidos comunistas em diversos países e serviram de base para a construção de Estados socialistas.

Das utopias

Em sua origem essa palavra significa “não lugar”. Não seria, propriamente, um lugar inexistente, e sim um lugar inverso ou diferente dos lugares que existem ou já existiram. Esse termo foi empregado pela primeira vez pelo inglês Thomas More, no livro publicado em 1516, que lhe rendeu fama ate hoje.

O livro conta a história de um povo que habitava uma ilha, onde a propriedade era um bem comum. Toda a organização da ilha estava voltada para a dissolução das diferenças e ao fomento da igualdade. Uma terra em que ninguém passava fome, pois havia distribuição gratuita de suprimentos.

A comunidade utopiana foi concebida por More para ser uma sociedade com organização perfeita.

Karl Marx juntamente com Friedrich Engels classificou o socialismo de More como Socialismo Utópico, que de acordo com eles, idealiza uma sociedade igualitária sem traçar uma estratégia para alcançá-la, contando apenas com a boa vontade das pessoas (inclusive da burguesia). 

Karl Marx e Engels criaram o socialismo científico, que criticava o socialismo utópico. O socialismo científico, ou marxismo, apoia uma ação prática e direta contra o sistema liberal burguês por meio de uma revolução liderada pela classe trabalhadora. 

Da cooperação à propriedade privada

Todos os dias o mundo passa por modificações quase imperceptíveis, que com o passar do tempo se tornam mais e mais visíveis. Isso acontece quando, por exemplo, visitamos uma cidade que há muito tempo não íamos.

Para que essas mudanças acontecessem foi necessário que o “velho” cedesse lugar ao “novo”.                                                                              

O novo não é inteiramente diferente do que veio antes e guarda uma identificação com o velho e compartilha algumas de suas características, mas ele já não é mais o mesmo, pois mudanças importantes aconteceram.                                                 

Karl Marx enxerga as sociedades, e a própria natureza, como uma composição entre o novo e o velho, entre forças contrarias que se completam e cooperam uma com a outra, provocando uma série de mudanças sociais.

Marx pensa a história da humanidade como fruto da solidariedade e do enfrentamento. Para Marx a história da humanidade é a história desse embate contraditório entre o velho e o novo, entre o interesse do que já é e o interessados que ainda estão por vir.

Com isso Marx apontava o caráter transitório, mostrando que nada é estático e nada é para sempre.

Ele diz que somos animais, pois dependemos um dos outros. Sempre precisamos mudar algo para tentar nos satisfazer, mas mesmo assim nunca estamos satisfeitos. E não ligamos se essas mudanças vêm para o bem ou mal.
Assim como Durkheim, Marx busca como exemplo a "sociedade primitiva" para explicar essa transformação. Os homens e mulheres dessa sociedade tinham cooperação. Produziam apenas o que consumiam. Sem acumulações. Sendo assim, não havia superior ou inferior e nem conflitos.
No processo da transformação criativa da natureza, as ferramentas e a maneira como trabalham,ficaram refinadas. E com isso a produção aumenta e vem acumulações, conflitos, superioridade e inferioridade.
Marx, não foi o primeiro a levantar essa questão.

As classes sociais

Se uns têm mais do que os outros, uns mandam e os outros obedecem.

A cooperação característica das sociedades de comunismo primitivo deixa de ser harmônica e torna-se antagônica. Os seres humanos continuam dependendo um dos outros, mas a divisão do trabalho estabelece uma hierarquia, gerando a desigualdade.

Todas as relações entre as pessoas, assim todos os sistemas de ideias, estão segundo Marx, enraizados em períodos históricos específicos.

Os protagonistas desse enfrentamento não são sempre os mesmos.

Ainda que possa haver semelhança entre o escravo da Roma Antiga e o servo da Idade Média e o operário da indústria, seus desafios são outros e a luta não é a mesma.

Qual a diferença? O escravo não pactua, não é parte interessada em um contrato, não tem direitos a serem respeitados. O servo, não; apesar de não ser um trabalhador livre, também não pertence ao senhor. Ao receber terra para plantar, ele consegue se compromete a viver e trabalhar nela. Embora a balança penda para o lado do senhor feudal, há expectativa de obrigações de proteção dele para com os servos. O burguês capitalista não tem essa mesma relação com seus empregados. Sua única obrigação é o pagamento de um salário em troca de determinado número de horas de trabalho.

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