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A Arte e as Ciências

Por:   •  27/10/2018  •  Projeto de pesquisa  •  893 Palavras (4 Páginas)  •  272 Visualizações

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Capítulo 1.

A arte e as ciências:

Sociologia - estuda cientificamente a vida coletiva - e arte - expressa a maneira que entende o mundo que o cerca - parecem divergir, no entanto, por causa de cruzamentos, aproximações e trocas que se deram entre ambas ao longo da modernidade, pode-se concluir há uma importância em ambos os modos de compreender e analisar o mundo.

Os filósofos estudaram o conhecimento humano, alguns através da razão, e outro através da percepção e experiências. Muitos desses travavam discussões sobre o que sobrepunha ao outro - racionalismo sobre o empirismo ou empirismo sobre o racionalismo. No século XX, contudo ambos os pontos de vista começaram a se aproximar, a arte da ciência, surgindo então, a sociologia.

A arte e os primeiros sociólogos:

Os primeiros sociólogos podem ser considerados artistas, caso o conceito que estiver sendo usado para definir um artista seja aquele que enxerga o mundo de uma forma diferente ou até mesmo à frente da sociedade. Esses, pensavam na vida coletiva superando a visão que se tinha naquela época, escapando das evidências mais evidentes .

Octávio Ianni, com esse pensamento em mente, comparou os estudos dos sociólogos com aventuras de navegadores; histórias fictícias ou até mesmo verdadeiras, entre as quais as epopeias (como Odisseia) que ampliavam horizontes dos leitores, serviram de inspiração para estudar a complexidade da sociedade.

Figura 1: A literatura como ampliadora de horizontes da sociedade

Os primórdios:

Por mais que os sociólogos tenham sido influenciado e impulsionados pela literatura, o início dos estudos sociológicos não tinham grandes avanços ou foco no estudo da arte em si, principalmente, porque a época se focava mais nas ciências exatas.

A crença na racionalidade e nas ciências exatas se dava, pois os avanços tecnológicos, industriais e invenções proporcionavam facilidade, criando um ambiente otimista e seguindo os princípios do positivismo (deixou a metafísica de lado para seguir a ciência e razão retamente). E não sentiam falta da arte e literatura, já que a ciência era mais precisa e os números e códigos eram mais precisos.

Diferentemente de Émile Durkheim, um dos precursores da sociologia, Max Weber propôs um estudo baseado um pouco em literatura, estabelecendo um vínculo entre a ciência e a arte. Uma das obras de Karl Marx, O Capital, pode se interpretado como uma obra literária, do ponto vista não-ideológico.

Figura 2: A ciência e a arte

O momento da virada:

Com a chegada do século XX, muitos paradigmas foram quebrados, permitindo assim, que a sociedade expandisse de apenas científica para uma com desenvolvimento notório da filosofia.

Consequentemente, a explicação para as produções artísticas também foram renovadas, passando a representar as expressões de uma sociedade. O historiador Ernst Gombrich chama os elementos que compõem uma obra artísticas de esquemas mentais, que representam a realidade que um grupo retrata. Enquanto outro historiador, Erwin Panofsky, vai estudar o fato de que as obras são influenciadas pela situação histórica e condições atuais.

Sociologia e arte contemporânea:

A partir da metade do século XX, começam-se os estudos que relacionam a arte com a sociedade, isso se deu graças aos avanços tecnológicos e sociais, que provocou grandes impulsos na produção artística. Pesquisadores se sentiam intrigados em entender essa forma artística que a sociedade usava e via no cotidiano e com quem se comunicava.

Uma das correntes foi a histórico e culturalista, com destaque para Norbert Elias e Michael Baxandall,

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