A BASE TRADICONAL: CIVILIZAÇOES E PATRIARCADO
Trabalho Universitário: A BASE TRADICONAL: CIVILIZAÇOES E PATRIARCADO. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: edbaci • 27/1/2015 • 1.341 Palavras (6 Páginas) • 350 Visualizações
A BASE TRADICONAL: CIVILIZAÇOES E PATRIARCADO
AUTOR: PETER N. STEARNS
As civilizações, de uma forma geral, aprofundaram o patriarcado e, ao mesmo tempo, definiram seus detalhes de forma distintas que combinavam com crenças e instituições mais amplas de cada civilização em particular. Nesse sentido, pondo um selo próprio no patriarcado, cada civilização uniu as questões de gênero com aspectos de sua estrutura cultural e institucional.
A sociedade humana começou na base de pequenos grupos de pessoas, em bandos de caçadores e coletores. Com essa estrutura, as pessoas se espalharam nas áreas mais habitáveis do mundo por volta de 12000 a.c. A agricultura permitiu a geração de um excedente de produção com relação as necessidades imediatas. Por volta de 3500 a. c. a primeira civilização foi formada na Suméria, no vale entre o rio Tigre e o Eufrates, ocorrendo o estabelecimento em outros centros ao longo do Nilo da África, do rio Indo no noroeste da Índia e do rio Amarelo na China.
As civilizações diferiam de outros tipos de sociedades agrícolas no fato de terem governos formais, no lugar de liderança menos explícitas e diferenciadas. Quase todas as civilizações desenvolveram um pronunciado sentido de quão diferente eram dos “outros” a quem os gregos chamariam de bárbaros.
O Egito enfatizou uma forte monarquia, definiu uma preocupação com a vida após a morte e uma arte alegre e colorida. Por outro lado a Mesopotâmia introduziu um interesse maior pela ciência.
A China, por sua vez, promoveu a tradição imperial mais duradoura, fato também percebido na Índia, na Grécia e principalmente em Roma. Afirmações de valores culturais-chave – hinduísmo e budismo na Índia, confucionismo e daoísmo na China, religiões civis mas também filosofia secular na Grécia e em Roma ajudaram a cimentar o arcabouço cultural.
O Oriente Médio e o Egito, seguidos pela região mediterrânea clássica, estabeleceram ligações com o centro em desenvolvimento ao longo do alto Nilo na África subsaariana, que se chamava Kush.
As civilizações foram influenciadas por trocas internas, tais como as “religiões misteriosas” que se espalharam para o oeste do Egito e Oriente Médio no Império Romano, ou o impacto crescente das instituições do Norte da Índia, incluindo o hinduísmo e o sistema de castas, no sul da Índia.
O deslocamento da caça e coleta para a agricultura pôs fim gradualmente a um sistema de considerável igualdade entre homens e mulheres, de forma que mesmo trabalhando separados, contribuíam com bens econômicos importantes.
A medida que os sistemas culturais, incluindo regiões politeísticas, apontavam para importância das deusas como geradoras de forças criativas associadas com fecundidade e, portanto, vitais para a agricultura, a nova economia promovia uma hierarquia de gênero maior onde as vidas das mulheres passavam a ser definidas mais em termos de gravidez e cuidados de criança. Era um cenário para um novo e penetrante patriarcalismo.
Nas sociedades patriarcais, os homens eram considerados superiores. Tinham direitos legais que as mulheres não possuíam. Assim, o Código de Hamurabi, na Mesopotâmia, a partir do segundo milênio a. c., estabelecia que uma mulher que não tenha sido uma dona de casa cuidadosa, tenha vadiado, negligenciando sua casa e depreciado seu marido deveria ser jogada na água.
Alguns historiadores argumentam que uma justificativa-chave para a existência do patriarcado era garantir, que o máximo e certeza possível, que os filhos de uma mulher fossem do marido, havendo ainda preferência por filhos em vez de filhas. Muitas famílias adotaram o infanticídio, eliminando as meninas com mais freqüência.
Em outras partes do Oriente Médio, surgiu o uso do véu quando as mulheres estivessem em público, como sinal de inferioridade e de seu
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