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A Escola Como Espaço Para A Diversidade

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Por:   •  22/10/2014  •  1.217 Palavras (5 Páginas)  •  415 Visualizações

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A escola como espaço para a diversidade

Joel Teles Ribeiro

A voracidade do sistema capitalista desprezou e reduziu valores humanistas à lógica de mercado, com isso causou a ruptura do tecido social e em consequência a perda de identidade e das raízes que compõem o indivíduo.

Copiamos os “modelos” pré-estabelecidos pelos formadores de opinião como os de comportamentos, beleza, orientação sexual e transformamos os que não se enquadram nesses “modelos” em seres humanos de segunda categoria, fazendo-os experimentar a frustração, alienação e o desconforto sem fim.

É preciso favorecer a construção da autonomia, valorizar as diferentes culturas, estimular a solidariedade e o respeito à diversidade, pois a construção do eu se dá a partir do outro. É necessário conviver de modo harmonioso e respeitoso com as diferenças para que se possam favorecer os valores humanos solidários e de cooperação com todos.

“Educar para a diversidade é fazer das diferenças um trunfo, explorá-las na sua riqueza, possibilitar a troca, proceder como grupo, entender que o acontece humano é feito de avanços e limites. E que a busca do novo, do diverso que impulsiona a nossa vida deve nos orientar para a adoção de práticas pedagógicas, sociais e políticas em que as diferenças sejam entendidas como parte de nossa vivencia e não como algo exótico e nem como desvio ou desvantagem”. (GONÇALVES E SILVA, 1996, p. 25).

Uma visão e uma prática pedagógica que veja o outro em sua igualdade e particularidade, não são práticas preconceituosas e também não eleva o outro a um padrão único de comportamento e de experiência. A ideia de “modelos” padronizados dá a entender que as diferenças fogem da normalidade. Esse pensamento produz práticas autoritárias e intolerantes.

A escola é um espaço que, tem a vantagem de tornar possível o encontro entre essas diferenças. Assim sendo, a diversidade deve ser bem vista dentro das escolas, proporcionando novas relações humanas.

O fazer pedagógico da pluralidade é algo composto por diversos elementos. Ele reclama o reconhecimento da diferença e, também, a fixação de padrões de respeito, de ética e a garantia dos direitos sociais. Fortalecer a construção de práticas formais que compreendam o indivíduo e o grupo social, no qual ele está inserido significa romper com a ideia de universalização, uniformidade e homogeneidade, que os tempos modernos trouxeram para dentro das escolas.

A escola, como local excepcional de exercício de discursos regulados em relações sociais, compõe-se como um campo tanto de reprodução quanto de diferença das categorias, e é necessário entender como isto acontece para tornar essencial a luta contra as desigualdades.

Isso nos convida a ultrapassar as fronteiras dos muros escolares e a ressignificar as nossas práticas, rompendo com os valores de representações que temos de outro, principalmente, com aqueles que foram jogados à margem da sociedade.

Os pontos de desigualdades de gênero, sexualidade, “raça” e classe têm se instituído como um dos fundamentais espaços de força no limite da noção de um sujeito normatizado. Nota-se o apogeu de um programa homogeneizador da norma do homem branco de classe média heterossexual, abdicando a veiculação de ideias que desautorizam o exercício cabal de outras formas de construções identitárias. Este ideal em apogeu ainda se faz evidente por meio de ditos e não ditos presentes nas semelhanças interpessoais, dinâmicas institucionais, discursos midiáticos e outras disposições. Debater o modo em que isto acontece, repensar os significados e solidificar novas práticas que saibam consagrar o conhecimento constituído, da experiência dentro e fora da sala de aula, de influências concretizadas por pessoas e instituições escolares e não escolares, podem auxiliar a promover um ambiente escolar mais profícuo e mais respeitador de direitos humanos.

Por isso, favorecer a diversidade humana nas escolas, não significa apenas lembrar que elas existem, e sim proporcionar uma reflexão mais completa e objetiva sobre as particularidades de cada um e também rever as relações de poder e questionar a nossa visão de democracia.

Sendo a democracia um processo de negociação permanente dos conflitos de interesses e ideias. Para que haja essa negociação é preciso o respeito à diferença. Aprender a respeitar a diferença

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