A Hipótese Repressiva
Por: Aline Cardoso • 14/5/2018 • Trabalho acadêmico • 662 Palavras (3 Páginas) • 620 Visualizações
Questionário sobre – A hipótese repressiva – Michel Foucault
Como Michel Foucault constrói a nova hipótese sobre a sexualidade humana?
A sexualidade humana não deve ser concebida como um dado da natureza que o poder tenta reprimir. Deve, sim, ser encarada como produto do encadeamento da estimulação dos corpos, da intensificação dos prazeres, da incitação ao discurso, da formação dos conhecimentos, do reforço dos controles e das resistências. As sexualidades são, assim, socialmente construídas.
Como Michel Foucault discorre sobre “Polícia do sexo”?
Para Foucault, o século XVIII não é um século marcado pela proibição de se falar sobre o sexo, mas por um regime que regula o sexo por meio de discursos úteis e públicos, pelo detalhamento dos discursos das pessoas sobre como cada um lida com o “sexo”. Para ele, o conceito de “policia” é para a necessidade de regular o sexo por meio desses discursos úteis e públicos e não pelo rigor de uma proibição.
Como se deve falar do sexo para o autor?
“Deve-se falar do sexo, e falar publicamente, de uma maneira que não seja ordenada em função da demarcação entra o lícito e o ilícito, mesmo se o locutor preservar para si a distinção... : cumpre falar do sexo como de uma coisa que não se deve simplesmente condenar ou tolerar mas gerir, inserir em sistemas de utilidade, regular para o bem de todos, fazer funcionar segundo um padrão ótimo. O sexo não se julga apenas, administra-se”
Faça um breve resumo de como Foucault aborda a hipótese repressiva.
A Sociedade vive, desde o séc. XVIII, uma fase de repressão sexual. Nessa fase, o sexo se reduz à sua função reprodutora e todo o resto é reduzido ao silêncio, se torna ilícito. Para Foucault, essa repressão é chamada por ele de hipótese repressiva, mas ele destrói esse pensamento e formula uma nova hipótese, mostrando que certas explicações funcionem, elas não podem ser encaradas como as únicas verdadeiras. Já na sociedade atual há a vinculação da ideia de liberação sexual, entrando em confronto com a hipótese repressiva, pois apenas falar de sexo já fere a repressão, mas atualmente o sexo ganha um “valor”, se tornou um mercado onde as pessoas exploram e vendem a sexualidade, como por exemplo, certos psicólogos, por exemplo, são pagos para “ouvirem falar da vida sexual dos outros”. Foucault, no livro, interroga também a hipocrisia da sociedade. A questão é contra nós mesmos, que somos reprimidos. Ele afirma que não se pode contar uma história do sexo, a partir da idade moderna, mas ampliadamente, englobando fatores do século XVII, como repressão por meio da aparelhagem moral – confissão cristã- e que esses fatores tem função numa técnica de poder e no saber da sociedade. Por consequência, no século seguinte há uma proliferação de discursos sobre sexo, ele diz que foi o próprio poder que incitou essa proliferação de discursos, através da igreja, da escola, da família, do consultório médico. Essas instituições não visavam proibir ou reduzir a pratica sexual; visavam o controle do individuo e da população. O aumento desses discursos também proporcionou uma sexualidade economicamente útil
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