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A Ocupação Do Espaço E A Dinâmica Urbana E Regional

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Por:   •  30/9/2013  •  1.112 Palavras (5 Páginas)  •  534 Visualizações

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A ocupação do espaço e a dinâmica urbana e regional, o conceito de região.

• Desde suas origens, o ser humano utiliza-se do seu conhecimento para dominar e controlar a natureza, de forma a garantir sua sobrevivência e reprodução. Parte desse domínio passa pela capacidade de ser humano em adequar o meio físico ao seu modo de vida. Essa adequação permitiu que o ser humano deixasse suas características nômades para tornar-se um ser sedentário, capaz de dominar o meio físico ao seu redor com vistas a garantir sua subsistência em um determinado local. Assim, desde há muito tempo, entender a maneira como o ser humano ocupa o meio físico é de extrema importância para entender como funciona sua sociedade.

Com o advento da Revolução Industrial, a ocupação do espaço, e mais exatamente o papel da cidade, que já havia há muito tornando-se a forma mais comum de convívio social de grandes grupos de humanos, passa por profundas transformações. O espaço passa a ser instrumento da produção, e portanto, instrumento para a própria acumulação da riqueza. A localização das manufaturas, e posteriormente das fábricas industriais revela-se de suma importância para a otimização da produção: estar ou não perto da matéria-prima, do mercado consumidor, da mão de obra disponível, de vias de transporte para o escoamento da produção tornam-se fatores essenciais na busca pelo lucro. Ou seja, o diferente potencial produtivo de um ou outro terreno faz com que ele seja mais ou menos valorizado. Estabelece-se uma hierarquia do espaço. Além disso, os seres humanos buscam locais para viver onde possa reinar o mais alto grau de bem-estar possível. Assim, áreas beneficiadas por atributos físicos privilegiados, áreas distantes do caos dos centros urbanos, áreas bem servidas pela infra-estrutura urbana tornam-se áreas como maior potencial de bem-estar, e portanto, áreas mais procuradas, e assim mais valorizadas. Essa é mais uma faceta da hierarquização do valor da terra. As diferentes classes sociais, de que falamos acima, passam a poder ocupar os espaços urbanos com maior ou menor facilidade, dependendo de seu poder aquisitivo. O interesse em valorizar uma terra de pouco valor, através da instalação da infra-estrutura urbana ainda inexistente, por exemplo, leva agentes sociais a tentar influenciar o governo estabelecido para a obtenção desses serviços urbanos. Esse processo de expectativa de lucro com a mudança de valor da terra é conhecido como especulação imobiliária.

Outro exemplo de ocupação do espaço influenciada pela forma de organização social do ser humano é aquela propiciada pelo chamado modelo “for dista” de industrialização. Este levou as cidades a organizar-se de maneira racional e funcionalizada, dando espaço, por exemplo, às formas de organização e ocupação do espaço como as defendidas pelos modernistas Esse mesmo modelo de industrialização, que valorizava, nos EUA, a capitalização da classe trabalhadora visando dar-lhe condições de consumir os produtos da industrialização levou ao desenvolvimento, naquele país, de um modelo de cidade organizado em torno de extensas periferias onde se priorizava a aquisição de um carro e de incontáveis utilitários domésticos eletro-eletrônicos, em torno de um núcleo familiar patriarcal. No Brasil, a expansão do modelo fordista foi chamada de periférico, e caracterizou-se pela instalação no país de empresas multinacionais interessadas no baixo custo da mão-de-obra local. Assim, a partir de meados dos anos 40, determinados espaços tornavam-se mais ou menos valorizados em função da presença ou não de grandes empresas. Essas usinas atraíam uma grande legião de trabalhadores interessados nas ofertas de emprego, e que se instalavam nos arredores das fábricas em questão. Isso provocou, a partir dos anos 50, um intenso processo de urbanização, através do qual grandes centros urbanos, de características extremamente desiguais foram se formando (aos trabalhadores atraídos pelas perspectivas de emprego não era oferecido, nem pelo Estado nem pelas empresas, justas condições essenciais de infra-estrutura urbana). Mais uma vez, a forma de ocupação do espaço, a forma de gestão do capital por parte de alguns agentes foi essencial para determinar a hierarquização do espaço.

• Os poucos exemplos listados acima permitem perceber que também na forma de ocupação do espaço físico, inúmeros agentes sociais estão envolvidos. Estes se inter-relacionam,

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