A POSTURA DO PROFISSIONAL DA EDUCAÇÃO
Pesquisas Acadêmicas: A POSTURA DO PROFISSIONAL DA EDUCAÇÃO. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: Marilete • 13/10/2014 • 2.048 Palavras (9 Páginas) • 545 Visualizações
A POSTURA DO PROFISSIONAL DA EDUCAÇÃO
Profª Marilete Peres
Formada em Ciências Sociais, Esp. Em Gerencimento e Estudos Ambientais e Mídias na Educação.
Ao iniciar esta fala quero cumprimentar a todos os presentes e dizer da minha alegria em estar presente com vocês. Quando fui convidada para fazer a abertura da II Jornada Pedagógica da EMEI Pinheirinho com o tema A postura do profissional da educação, fiquei pensando como poderia abordar este tema e como procurar passar para vocês a minha vivência de 28 anos trabalhando pela educação municipal.
Em primeiro lugar quero dizer que o trabalho que todos vocês realizam pode ser considerado o alicerce da vida escolar de nossas crianças, visto que temos alunos de apenas 4 meses, e isto nos faz refletir da influência que temos na vida dessas crianças.
Sabemos que desde a LDB 9394/96 a educação infantil deixou de se apenas cuidados e passou também a ser educação. E com isto aumentou a responsabilidade dos profissionais que atuam nessas escolas.
Numa sociedade tão conturbada que vivemos atualmente, onde os valores estão invertidos, é importante se questionar:
qual o papel que tem a escola hoje?
• Qual o papel dos professores e monitores?
• Qual o papel de todos os profissionais que atuam neste meio?
• Qual o papel dos dirigentes municipais?
• Quais valores seriam necessários ao professor para atuar de maneira ética?
• Como esses valores influenciam seus alunos?
• De que forma essa postura pode afetar o ambiente escolar em que trabalha?
• Quem somos nós? Que currículo oculto passamos as nossas crianças?
Viram só, que responsabilidade bem grande têm os educadores?
Muitas pessoas leigas pensam que trabalhar em escola de educação infantil é muito fácil, visto que não tem que alfabetizar, fazer avaliações...., mas pelo contrário é onde tem que ocorrer a inserção social das crianças, o limite, a vida no coletivo, o respeito e ainda desenvolver as habilidades básicas dos alunos. Tarefa nada fácil, porque hoje em dia as crianças já não aceitam tudo como sendo “maravilhoso”, em casa tem acesso a TV, muitos a internet e outros meios tecnológicos, além de muitas vezes virem de ambientes completamente sem limites, então cabe ao profissional da educação de hoje estar bem preparado e buscar atividades variadas e em grande quantidade para atender a demanda, senão terá problemas sérios em sala de aula.
Mas voltando ao profissional da educação, prefiro não falar somente em professor, pois sei que aqui nesta escola há o envolvimento com os alunos de monitores, tutores e funcionários, quero ressaltar a importância destes profissionais na vida de nossas crianças e como estes são percebidos por nossas crianças, já pensaram que vocês são as primeiras referências fora do ambiente familiar deles?
E por favor, não deixem que as crianças as chamem de tia, valorizem-se enquanto profissionais, tio e tia é lá na casa deles, aqui vocês são professores, ensinem a hierarquia a seus alunos, hoje em dia está tão esquecido esse tipo de relação social e valorização de nossa classe.
A palavra professor vem de "professar", que, além de lecionar, significa "declarar publicamente uma convicção ou um compromisso de conduta". Os professores são líderes, os representantes dos modelos referenciais em que estudantes solidificam as suas bases. Segundo Reboul,
Este sentido de hierarquia que falo, não quer dizer que uns devam ser melhores que os outros, mas que haja respeito entre as partes.
Este profissional da educação deve conter valores como humildade, bom senso, tolerância, alegria, esperança, comprometimento para que dessa forma possa fazer uma intervenção no mundo dessas crianças, e paixão por sua profissão. Ele precisa saber a dimensão real de sua importância nesse papel. Explicar esses valores é , portanto, muito complexo. Com base em Weber (2001).
"O meu respeito de professor à pessoa do educando, à sua curiosidade, à sua timidez, que não devo agravar com procedimentos inibidores exige de mim o cultivo da humildade e da tolerância."(FREIRE, 1995.p.63)
É preciso desenvolver o amor, o carinho, o respeito com os educandos e a forma como os tratamos. Na busca de valores nos debatemos com o bom senso
É o bom senso que vai nos ajudar nas reuniões com os pais, a respeito da formatura de seus filhos em que demoram a entrar em comum acordo. O bom senso sempre adverte de que há algo para ser entendido, compreendido mas não diz o que é. (FREIRE,1996).
Ensinar também exige alegria e esperança estas duas possuem relação infinita. Freire nos emociona com a seguinte observação a respeito deste assunto: "A esperança de que o professor e alunos podemos juntos aprender, ensinar, inquietar-nos, produzir e juntos igualmente resistir aos obstáculos a nossa alegria."
Não menos importante o comprometimento. É impossível exercer a docência sem nos comprometermos por inteiro com a discência. "Não posso ser professor sem me pôr diante dos alunos, sem mostrar a eles com facilidade ou relutância minha maneira de ser, de pensar e de agir" (FREIRE, 1996). Fazendo isso não é possível escapar da avaliação dos alunos, por isso, é tão importante manter as atitudes que digo tão coerentes com as que faço.
Quando temos diante de nós uma questão indagada por um aluno e não temos respostas devemos ser sinceros a ponto de dizer que não sabemos, mas que iremos pesquisar juntos nos comprometendo sempre com a verdade, mantendo uma relação ética entre educando e educador. Mas é preciso sempre manter o cuidado para que todas as questões não sejam sempre respondidas com "não sei" ou pode acabar passando a impressão de estar desatento com seus alunos.
Freire acredita :
"Devemos sempre estar atentos a leitura que fazem de minha atividade com eles. Precisamos aprender a compreender a significação de um silencio ou de um sorriso ou de uma retirada da sala de aula. Afinal, o espaço pedagógico é um texto para ser constantemente lido, interpretado,
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