A PRODUÇÃO DE TEXTO NA EDUCAÇÃO INFANTIL

A PRODUÇÃO DE TEXTO NA EDUCAÇÃO INFANTIL

Produção é um dos eixos de ensino de Linguagem Verbal do Currículo Municipal de Limeira. Considerando esse eixo, são diversas as possibilidades de estudos. Mas, no contexto da Educação Infantil em que, por vezes, privilegia-se o código em detrimento de um efetivo trabalho com a linguagem escrita é relevante a abordagem do assunto partindo da compreensão de distintas concepções textuais. A busca por uma conscientização das implicações que se pode obter no desenvolvimento de práticas amparadas por ideias distintas é condição para a qualificação das proposições de ensino sobre produção textual.

Vídeo formativo (Estudo – apresentação dos principais conceitos relacionados à temática e reflexões sobre procedimentos de ensino).

LIVRO

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É necessário vivenciar de fato a função social da escrita: se vai escrever um bilhete, escreva para um colega e entregue para ele.

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DISSERTATIVA

Após a leitura do relato de experiência, liste os procedimentos utilizados pela professora para o ensino da produção de textos, conte quais desses procedimentos você usa com frequência e quais nunca usou nas aulas que leciona para turmas da Educação Infantil.

A professora deixou clara a tríade destinatário – conteúdo – forma, ao iniciar trabalhando com um bilhete e posteriormente com a produção coletiva de uma carta. Percebe-se também no procedimento de ensino a produção oral com destino escrito. A concepção de ensino desta professora advém do mundo real: as pessoas se comunicam. Neste sentido as crianças não estão aprendendo a escrever para a escola, mas sim vivenciando a questão social da escrita tal como ela se dá além dos muros da escola. O texto então vem a se tornar nesta prática, um lugar de interação. A materialização gráfica foi o resultado final de um processo de construção mas não o ápice da aprendizagem. A professora em questão também buscou, através da interação com seus alunos durante a produção, tratar de aspectos da textualização (coesão), textualizando ideias e valendo-se de substituir ou até mesmo corrigir diferentes elementos na produção coletiva com apoio oral dos alunos. Com coerência e lógica, a educadora ofereceu constante orientação, até mesmo repertoriando os alunos para a escrita ao ler inicialmente tanto o bilhete quanto a carta recebidos do remetente. Enfim, a professora apresentou uma situação real de uso da produção precedida de uma finalidade social (linguagem como atividade interacional). Em sala de aula de fato busco colocar em prática esses mesmos procedimentos de ensino. Já trabalhamos escrevendo bilhetes de uma sala de aula para outra, escrevendo convites, já escrevemos uma carta para a direção da escola solicitando compra de novos livros para a biblioteca, próprios para a faixa etária dos alunos (e até recebemos outro bilhete-resposta dela). Já elaboramos a construção de um questionário sobre as profissões dos diferentes agentes escolares e as próprias crianças entrevistaram com base no questionário produzido, enfim, temos buscado trabalhar com a produção de escrita de maneira real e além do “escrever para a escola”.