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Resenha do texto: Educação infantil, arte e criação

Por:   •  16/8/2018  •  Resenha  •  705 Palavras (3 Páginas)  •  293 Visualizações

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A autora inicia o texto questionando o sentido das atividades lúdicas propostas às crianças que são centradas na proposta em si e não na criança e no “ser poético” que ela é (OSTETTO, 2008. p.54). É a esta pessoa com potencial de relacionar o mundo com a poesia escondida nele que o professor tem que direcionar seus esforços e não as atividades em si.

No texto a autora descreve a criança como ser que vive a arte no seu corpo e no seu intelecto. Ao adulto compete a função de companheiro e observador do processo e da evolução. É função do professor oferecer atividades e experiências que não tenham um único desenvolvimento possível, que possibilitem a descoberta e aprendizado ou como no texto: “pesquisa” (OSTETTO, 2008. p.55).

Em seguida a autora faz uma crítica às “certezas pedagógicas” (OSTETTO, 2008. p.56), que engessam as práticas pedagógicas tolhendo o poder criativo das crianças. Segundo a autora, o modo de pensar bem cartesiano é característico do nosso tempo, bem como a necessidade de completude. Ela propõe uma revisão nos processos pedagógicos e que os professores arrisquem e saiam de sua zona de conforto possibilitando com essa atitude novas descobertas.

Essa quebra de pré-conceitos adquiridos na construção de cada indivíduo na interação com o mundo e seus relacionamentos abre possibilidades de enriquecimento nas ofertas que o professor faz às crianças. Abrem-se oportunidades artísticas que de tão alinhadas à realidade e o cotidiano, aos olhos não atentos de um adulto podem parecer absolutamente novas.

O texto apresenta uma discussão sobre a arte no dia a dia infantil através de um olhar sensível e atencioso às nuances do mundo, ultrapassando os limites das propostas pedagógicas e dando a devida importância na formação “da sensibilidade das crianças” (OSTETTO, 2008. p.58).

A autora acredita na importância da ampliação do ato de dar bagagem de experiências, que possibilitem as escolhas e a harmonização através dos sentidos de cada criança, de forma individual, sem interferência do educador na expressão resultante da interação dela com o mundo.

O texto expõe a elaboração da ideia de garantir a oportunidade de expressão como resultante do processo integral do desenvolvimento autônomo cujo o resultado deve ser o desconhecido, pois não deve ter um resultado esperado, mas deve ser amparado na sua produção buscando sua significação.

A autora mergulha no embate da discussão de gosto, entendendo que os sujeitos são envolvidos pelas preferências de sua cultura e realidade, devendo ser respeitados por isso sem perderem a oportunidade de contato com o novo, sendo possível o aprendizado enriquecedor mediado pelo professor responsável pela seleção e ampliação dos repertórios disponibilizados aos infantes.

Neste ponto a questão se volta para o que deve ser acessível à criança, se há algo, seja material ou em formato de códigos, deveras apropriado ao mundo infantil ou se o simples fato de serem crianças fará que o apresentado tenha um significado ímpar na apropriação própria dos adultos.

O desconhecido num primeiro momento pode não ser aceito, este é o risco, mas sua apresentação abre a possibilidade, e aí está sua importância, pois viabiliza a escolha, mesmo às crianças.

O texto nos remete ao processo do ensinar arte e defende que não há

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