A Proteção Dos Direitos Fundamentais - A Proteção Contra O Administrador
Ensaios: A Proteção Dos Direitos Fundamentais - A Proteção Contra O Administrador. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: rick0909 • 22/11/2013 • 915 Palavras (4 Páginas) • 969 Visualizações
4.2 CONTEÚDO DA AULA-TEMA PARA FAZER A ATIVIDADE
A Proteção dos Direitos Fundamentais – A Proteção contra o Administrador
Compreendemos que existe a necessidade de proteção contra aquele que legisla, ou seja, que cria as leis, porém a divisão de poderes é tripartida em: Executivo, Legislativo e Judiciário.
Cabe, neste momento, questionar a respeito da proteção contra o Executivo, que
hoje, em nosso país, está concentrado nas figuras dos nossos Administradores,
como o Presidente da República, os Ministros, os policiais ou outros agentes que
também podem se tornar violadores dos nossos direitos fundamentais. Para tanto,
criamos sistemas de proteção dos direitos.
O primeiro sistema, chamado de liberal, é aquele que concentra no poder judiciário a proteção dos nossos direitos, no sentido de prevenir e corrigir as violações praticadas pelo administrador.
Já o sistema inglês, sujeita todos aos mesmos tribunais, com garantias
processuais e ações especiais para direitos específicos, como, por exemplo, o
direito à liberdade que, quando violado, possui a garantia do habeas corpus.
Existem outros writs, que são ações especiais, como o mandamus, que é
mandado; a injuction que é injunção, visando proibir, em caráter preventivo, certas
violações aos direitos individuais; e a prohibition, que é a proibição necessária para
que as autoridades não cometam abuso de poder. Este modelo, por conta da
colonização nos estados norte americanos, passou a ser modelo deles também.
O Direito Mexicano criou a proteção do amparo, a fim de proteger o indivíduo
contra os atos das autoridades que seria, mais adiante na história, a proteção conhecida como mandado de segurança.
No Brasil, adotamos os seguintes remédios processuais: habeas corpus,
mandado de segurança, mandado de segurança coletivo, habeas data e mandado
de injunção; que servem para garantir os direitos fundamentais, individuais ou
coletivos.
Na França, adotou-se um sistema chamado de “contencioso administrativo”, que
traz uma visão radical da separação de poderes, onde um não pode interferir nas
prerrogativas de outro; deixando a cargo do Executivo, por meio do Conselho de
Estado, a correção das violações da lei que prejudiquem os indivíduos. Aqui, o juiz
que julga é administrativo e não judiciário.
Deste modelo, tão importante, surgiram as doutrinas sobre o abuso ou desvio de
poder.
O Ombudsman, originário na Suécia em 1809, foi, nos anos sessenta e setenta
deste século, um modelo de proteção dos direitos individuais, tratando-se de um
órgão de controle ou fiscalização das atividades do Estado; abrangendo toda a
administração pública e em alguns países, até o poder judiciário.
Este modelo, independente e sem formalismos, não corrige desvios ou violações
de direitos, mas sim, reclama ao poder competente que o faça.
Destaca-se neste modelo a Constituição Portuguesa, que por meio da figura do
Provedor de Justiça, que é órgão independente onde os cidadãos podem apresentar
queixas por ação ou omissão dos poderes públicos.
No direito soviético existia a Procuratura, órgão semelhante ao nosso Ministério
Público, que supervisionava a execução do estrito cumprimento da lei por todos,
quer fossem entes públicos, organizações sociais ou indivíduos. Nos casos de
violação, o Procurador Geral, por meio de um protesto, solicitava da autoridade
violadora a adequação de um ato à lei. Entretanto, a autoridade não era obrigada a
aceitar o protesto, apesar de haver nele a força do efeito suspensivo do ato que
causou a violação e, neste caso, a questão subia à esfera superior.
No Brasil, em favor dos direitos fundamentais, compete ao Ministério Público o
controle administrativo das violações, garantindo o controle judicial sobre
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