A Repressão na Ditadura Militar no Brasil
Por: Raque_Dias • 19/4/2018 • Trabalho acadêmico • 810 Palavras (4 Páginas) • 189 Visualizações
ESCOLA SUPERIOR DE CIÊNCIAS DA SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE VITÓRIA
MOVIMENTO LGBT NA DITADURA MILITAR
Crislayne Barteles
João Guilherme Simoura Pimenta Vieira
Lucas Vasconcelos Dias
Giliaria Andrizen
Raquel Dias
Movimento LGBT na Ditadura Militar
Vitória
2017
Crislayne Barteles
João Guilherme Simoura Pimenta Vieira
Lucas Vasconcelos Dias
Giliaria Andrizen
Raquel Dias
Movimento LGBT na Ditadura Militar
Trabalho apresentado como requisito parcial de avaliação da disciplina Oficina de Formação Profissional II, ministrada pela Profª Adriana Mendes.
Professor(a): Adriana Mendes
Disciplina: Historia do Brasil e do Espírito Santo Turma: 2 período
Vitória
2017
O Movimento LGBT Na Ditadura Militar
A repressão na ditadura militar no Brasil foi predominantemente, contra os “subversivos” e “comunistas”. Entretanto não ficou restrita somente a esses grupos, mas também estabeleceram um controle moral contra os comportamentos sexuais, tidos como “desviantes”. Esses passaram a ser enquadrados como atos obscenos, ofensa à moral e aos bons costumes, atentado ao pudor ou, até mesmo, vadiagem. Assim, os homossexuais, travestis, prostitutas entre outras pessoas, foram alvo de perseguições, detenções arbitrárias, expurgos de cargos públicos, censura e outras formas de violência.
A censura moral às artes que simbolizavam as sexualidades tornou-se, uma marca da ditadura. Músicas foram vetadas por “divulgarem o homossexualismo”, publicações dirigidas ao público homossexual como o Lampião da Esquina tiveram sua circulação dificultada e passaram por monitoramento, peças de teatro e filmes, foram retirados das salas de cinema por todo o país, sob a acusação de erotismo ou pornografia. A censura ocorria com mais rigorosidade na televisão, o meio de comunicação que mais atingia o público, pois temiam que a “propaganda” do homossexualismo ou da pornografia pudessem corromper a juventude e os valores tradicionais da família brasileira.
Até metade do século passado, a homossexualidade era tratada, como uma violação aos valores religiosos, uma questão médica, ou ainda como caso de polícia. No entanto, esta forte repressão sofrida pela comunidade LGBT, fez com que surgissem movimentos de resistência inspirados nas organizações de luta por direitos de homossexuais, que passavam a se erguer no âmbito internacional. O primeiro passo, para a formação organizacional foi dado com a consolidação de uma identidade entre as pessoas LGBTS, tornando possível à formação de círculos de socialização.
Entre as décadas de 60 e 70, impulsionados pela ascensão de outros movimentos, como o negro e o feminista e pelo contexto de questionamento em relação à sexualidade e aos papéis de gênero, os movimentos LGBTS se ampliaram e ganharam mais visibilidade pelo mundo. Um marco de resistência foi a Revolta de Stonewall, que ocorreu em 28 de junho de 1969, contra os maus tratos da polícia à comunidade LGBT de Nova Iorque. A data da revolta ficou conhecida internacionalmente como Dia do Orgulho Gay.
As tentativas iniciais de organização política homossexual foram inviabilizadas pelo terror no período ditatorial. Somente alguns anos mais tarde, surgiu o Grupo Somos: Grupo de Afirmação Homossexual, uma organização de debate político. O Somos visava defender os direitos da comunidade LGBT em todos os âmbitos da vida social.
Em 1979, foi realizado, o primeiro encontro da comunidade LGBTS militante, no Rio de Janeiro que discutia a necessidade da inclusão do respeito à opção sexual, na Constituição Federal. Foi debatida, a urgência em promover uma campanha para que a “homossexualidade” deixasse de ser vista como uma doença. A participação ativa dos movimentos, na década de 80, fez com que os direitos específicos dos homossexuais fossem objeto de intensos debates na Assembleia Nacional Constituinte, de 1988.
No entanto as conquistas obtidas foram pequenas em relação a grande luta dos movimentos durante anos. A Carta Constitucional somente determina, bem genericamente, que deve ser promovido: “o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação”. Mesmo assim, as grandes manifestações de rua promovidas por homoafetivos, nas últimas décadas, servem de base para importantes transformações e conquistas da comunidade LGBTs junto ao Estado brasileiro.
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