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A contribuição da faculdade

Por:   •  26/5/2015  •  Trabalho acadêmico  •  979 Palavras (4 Páginas)  •  144 Visualizações

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A contribuição da universidade

O desenvolvimento da sociedade deve ser entendido em suas dimensões sociais e econômicas e, a partir da Idade Média, a universidade se tornou uma das mais significativas instituições nesse processo de transformação.

José Calixto.

A universidade foi criada como um centro de debates acadêmicos sobre os dogmas da igreja, com o objetivo de interpreta-los, ela não criava novos conhecimentos, apenas produzia os já existentes.

Ao longo do tempo, a evolução da sociedade exigiu a transformação dessa instituição, que foi criado basicamente dois modelos: O Idealista e o funcional.

O primeiro era modelo alemão, cujo foco era totalmente voltado para ciência pura, estabelecia como principal a pesquisa.

O segundo é representado pela universidade francesa voltada para produção de conhecimento tecnológico com ênfase no atendimento de necessidades do País.

Wilhelm von Humboldt, pensava da seguinte maneira: “ Uma vez que estas instituições só cumprem sua finalidade ao realizarem a ideia pura da ciência, os princípios mais importantes de sua organização se encontram na autonomia e na liberdade “, esse pensamento entra em contradição em relação a liberdade da universidade, quando coloca para o estado a obrigação de mantê-la.

Um exemplo de intervenção direta é o da universidade francesa estabelecida por Napoleão Bonaparte para fornecer quadros para o Estado francês divulgar a cultura e os valores da sociedade francesa. Já pela forma indireta, o estado exerce o seu poder por meio da legislação, das normas especificas que reagem o sistema educacional de um País.

Duas colocações revelam de maneira precisa a pressão:

A primeira delas é dos autores Renaut Michel e Ronaldo Rangel, que na obra Um novo padrão de acumulação, deixa claro que “ é a sociedade que modifica a universidade e não ao contrario, mas a sociedade só se modifica enquanto suas instancias (entre as quais as universidades) também se modificam”.

A segunda é de Cristovam Buarque. Ele concluiu que “ a revolução da modernidade passou pela universidade, que consolidou a liberdade da ciência em relação aos mitos e normas religiosas. Mas a universidade não se transforma e, mais uma vez é superada pelos acontecimentos.

Dentro dessa lógica, podemos entender o movimento de 1918, que alterou a forma de organização da universidade argentina e o movimento dos estudantes franceses de 1968 que, de maneira semelhante aos argentinos, exigiu mudanças parecidas. Portanto, da para verificar que os governos democráticos estabelecem padrões de avaliação que interferem indiretamente na autonomia universitária.

A autonomia da universidade em relação ao mercado

No sistema capitalista de produção, estamos sujeitos à competição entre empresas, na busca de resultados para o capital. Tal situação provoca um debate sobre a natureza e as formas de conhecimento que deverão ser gerados pela universidade.

“ o exercício da competitividade torna exponencial a briga entre as empresas e as conduz a alimentar uma demanda diuturna de mais ciência, de mais tecnologia, de melhor organização, para manter-se a frente da corrida. Quando na universidade somos solicitados todos os dias a trabalhar para melhorar a produtividade como se fosse algo abstrato e individual, estamos impedidos de oferecer a grandes empresa possibilidades ainda maiores de aumentar a mais-valia”.

A organização em função das técnicas

A evolução técnica tem grande importância a partir da revolução industrial, que apresenta como resultado a sociedade industrial que, por sua vez, impõe para a universidade as novas necessidades do mercado.

Consequentemente, para produzir novos produtos, precisa-se de novas profissões que, em um primeiro momento, estão associadas ao processo industrial e às fabricas.

Mas a evolução desse conhecimento não se restringe apenas a processo de fabricação. Ele também cria novas formas de organização das empresas, a partir das teorias de Henry Fayol que chega até a mais recente entre as quais a reengenharia que sustentam o processo de globalização.

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