A leitura e sua relação com o Ensino

Introdução

A leitura provoca a necessidade da compreensão e da interação com o mundo, enriquece as próprias ideias e experiências intelectuais, ou seja, provoca uma expansão do “eu” de cada um. O indivíduo que lê contribui para o seu enriquecimento pessoal. O gosto pela leitura deve ser iniciado na sala de aula. O bom leitor é aquele que consegue dar à leitura uma maior atividade, que dispensa esforço, aproveita o máximo do seu tempo e armazena maior quantidade de conteúdo compreendido, desprezando detalhes desusados. Ler é compreender o sentido real dado pelo autor àquela obra; a reconstrução do pensamento que o autor escreveu, tal como ele imaginou. O que interfere nisso, é apenas o grau de conhecimento e as experiências anteriores de cada leitor. É imprescindível o desenvolvimento do processo de leitura por meio de estratégias para que os alunos tornem-se leitores críticos e cidadãos atuantes. O professor tem seu papel fundamental na interação aluno-texto: ele deve ser um mediador entre esta relação, pois o aluno, sem o auxílio e a experiência de seu mestre, não tem estímulo algum para a leitura, não sabendo, assim, o que é proposto e o que deve ser extraído daquela leitura, pois a leitura na sala de aula não é tão simples de se tornar efetiva, no entanto, o uso pleno de materiais didáticos, a didática em si usada atualmente, é a mesma há tempos. Existe, portanto uma necessidade de se criar cada vez mais estratégias de leitura, para lidar com essa nova geração. A relação entre quem lê e os livros é uma relação íntima, silenciosa, cheia de carinho. Mas será que essa relação permanecerá a mesma, em uma época em que os computadores estão em toda parte, e as coisas que lemos são cada vez mais fragmentadas?

A leitura e sua relação com o Ensino

A maioria dos professores hoje, senão todos, têm sido confrontados pelo desafio de formar leitores na escola. Atropelados por muitas questões ligadas ao ler na escola, podemos pensar que se houver maior clareza quanto ao quê e ao como fazer, maiores são as chances de acertar. Quanto maiores forem os recursos materiais e pessoais de um educador, maior será a chance que ele tem para conquistar e formar esse leitor. No presente artigo da Professora Doutora Lilian Lopes Martins da Silva da Faculdade de Educação da Universidade de Campinas, foi argumentada a criação de uma aula destinada ao ensino de leitura, a “Biblioteca de Classe”. Na qual a prioridade não é o desenvolvimento de competências, da fluência na leitura, mas sim a relação do sujeito com a prática de ler. Embora a leitura em si seja um bem universalmente considerado natural, ela não pode ser tomada como prática sempre igual para todos, em todos os tempos e lugares. Desta forma, o ler, aprender a ler e o formar leitores, não tiveram ao longo do tempo um mesmo e único entendimento ou sentido, uma mesma e única forma de acontecer. As várias perguntas e dúvidas surgidas ao longo do processo de como formar leitores, tiveram respostas diferentes daquelas que imaginamos possíveis hoje. Um artigo da revista Presença Pedagógica, chamado “A Leitura na Escola Primária Brasileira” por Batista e Galvão (1998), elaboraram uma visão panorâmica do ler. Eles destacam no artigo em questão dois modelos de leitura, que nos últimos anos, competiam pela forma legítima