A padronização da beleza

A padronização da beleza

O corpo feminino ao longo da trajetória humana foi cultuado por diversos perfis de artistas. A figura da mulher está presente tanto na escultura Vênus de Willendorf, de autor desconhecido, quanto na tela de Peter Paul Rubens, As três graças. Na primeira obra, os seios e barriga volumosos enaltecem a fertilidade, já na segunda as formas arredondadas são indicativos de status social e nobreza, visto que a fartura alimentícia não se valia para todos na época. Contudo, atualmente o padrão estético almejado pelo publico em questão foge completamente dos anteriores, visto que a imagem pretendida se faz pela barriga definida e cintura afinada, bem como índices de gordura corporal reduzidos.

É curioso como os valores agregados na antiguidade foram totalmente transformados na era moderna. A mulher da renascença, que era respeitada por ter corpo farto e quadris avantajados, passou a ser considerada desleixada e insegura nos padrões atuais. Em contrapartida, a mulher vista como magra vingou como dedicada e segura de si. Desta maneira, o ideal do corpo em forma e o constante cuidado com sua manutenção passaram a tomar conta do imaginário feminino e sem medir esforços, esse público passou a procurá-los incessantemente.

Logo, a mídia voltada para o consumo assumiria papel decisivo na veiculação destes estereótipos.  Revistas com dietas mirabolantes, cartazes altamente manipulados digitalmente, com modelos portando formas inalcançáveis, cosméticos milagrosos, academias e spas entre outros são constantemente vistos, tanto na televisão quanto na internet. Utilizando-se de tais meios, a mulher chega a um ponto em que mais sofre do que sente prazer, mas continua a valer-se desses métodos, apenas para adequar-se as ideais de beleza socialmente construídos.

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