A padronização do Temperamento sexual

Resenha

MEAD, Margaret. Coleção Debates – Dirigida por J.Guinsburg – Editora Perspectiva – A Padronização do Temperamento Sexual  –  p.267_275

Em “A Padronização do Temperamento Sexual ”, Mead, inicia dizendo não acreditar que o sexo seja a força que produz movimento, diz ela que a natureza humana é flexível, pois responde a condições culturais diferentes.

Para exemplificar usa as tribos Mundugumos, onde homens e mulheres se desenvolviam de forma agressiva,  Arapesh onde eles eram dóceis e suscetíveis e Tchambuli onde a uma inversão da nossa cultura, e ao final desta explanação afirma não restar mais a menor base para considerar aspectos de comportamento como ligados a sexo.

Para explicar a maneira de como a as personalidades dos diferentes sexos se desenvolvem atribui o  condicionamento como o único motivo, diz ainda que é na primeira infância que este condicionamento e culturalmente determinado. Desta maneira padronizações de sexos são criações culturais das quais, cada geração, masculina ou feminina são treinadas desde cedo a se comportarem de determinada maneira.

A partir desta primeira explanação, Mead levanta uma hipótese, onde se supõe que existam diferenças temperamentais definidas entre os seres humanos que seriam estabelecidas numa base hereditária logo após o nascimento, e que estas diferenças quando absorvidas pela condição do caráter de adultos, se transformam, então, nas chaves que a cultura irão atuar.

         Na sociedade, se supõe, que foi escolhido como chave de temperamento masculino, a bravura e a coragem, já como temperamentos femininos, a demonstração de medo e de sofrimento, e com estes fins toda criança será educada, e arbitrariamente esta educação seria imposta como traços humanos de mulheres e homens.

Mead termina sua explanação perguntando que conclusão se pode extrair de um estudo onde a cultura seleciona traços específicos para um ou outro sexo, e qual a importância tem estes resultados para o pensamento social? Como resposta ela nos da o inicio da discussão quanto a posição dos desajustados socialmente.

Ana Maria Fazekas Ferreira/Ciências Sociais/Licenciatura – 2º período.