A Ética é Possível num Mundo de Consumidores?
Por: telles.lb • 19/8/2016 • Trabalho acadêmico • 369 Palavras (2 Páginas) • 1.751 Visualizações
LUCIANA BEATRIZ TELES
TRABALHO ACADÊMICO
RESUMO: A ÉTICA É POSSÍVEL NUM MUNDO DE CONSUMIDORES?
Resumo de “Zygmunt Bauman, 2011, p.37-82”, apresentado para obtenção de nota parcial da disciplina Metodologia da Investigação Científica aplicada Às Ciências da Religião PUC-Goiás.
Professor: Dr. Paulo Passos
Goiânia
2016
A ÉTICA É POSSÍVEL NUM MUNDO DE CONSUMIDORES?
A obra de Baumam tem seu início discutindo o conceito de amor próprio destacando que esse preceito vai contra a natureza original do homem, mas ao mesmo tempo se configura como fator fundador da humanidade. O amor-próprio incita a derir a vida e sobreviver (p.39), porém a sobrevivência pode ocorrer sem o amor-própio. O que amamos é o estado ou a esperança de sermos amados pois temos essa necessidade.
Nietzche e Scheler analisam o o ressentimento como obstáculo principal ao amar o outro e enfatizam o conceito de autoridade e forças de coerção.
Lévinas reafirma a autonomia do mundo sobre o sujeito “ O self nasce no ato do reconhecimento de seu ser-para-o-outro” (p.48)
Hobes argumenta que o ser humano carece de regras para controlar seus instintos anti-sociais pela coerção social.
Freud apresenta coerção a social como a própria essência da civilização e no desafio ético que ao qual os homens estão expostos pela pr´prpia presença dos outros.
De maneira simples, a sociedade seria o produto da contenção das inclinações egoístas e agressivas de seus integrantes.
Para Bourdie na sociedade líquida, a coerção vem sendo substituída pela estimulação e criação de novos desejos.
Alain Ehreberg fala que os sofrimentos humanos, hoje, tendem a brotar da superabundância de possibilidades (p.57)
A possibilidade de maior afetividade não coaduna com os desejos consumistas, os recursos que ajudam os vencedores vão de autoafirmação a autossupressão, empurrando o homem a ser mais duro, menos escrupuloso ou sem remorso, conspirando contra a confiança. Esses padrões de consumo afetam vários aspectos da nossa vida “Somos pressionados a consumir mais e nesse percusso, nós mesmos nos tornamos produto” (p.65).
Apesar de saber que deve ser neutralizado o ressentimento, não sabemos como fazê-lo.
Baumam provoca a reflexão acerca da construção e manutenção da ética em seu círculo de consumo e atenta para a necessidade de uma resposta efetiva à globalização que seja também global por entender que somos dependentes uns dos outros e este processo não pode ser freiado.
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