AS ORGANIZAÇÕES

As organizações, ao longo de suas vidas, desenvolvem práticas administrativas que

refletem positiva ou negativamente em seus desempenhos. Muitas dessas práticas e

seus efeitos foram estudados, analisados e, por fim, teorizados por estudiosos de

organizações. A grande maioria dessas teorias está voltada para as organizações

que têm uma maior complexidade administrativa. Para se verificarem algumas

dessas teorias e suas relações com a prática corrente, foram selecionados estudos

relacionados ao tipo e tamanho da estrutura, à tomada de decisão estratégica e ao

desempenho organizacional em empresas de engenharia civil voltadas para o setor

de infraestrutura e edificações, pois abarcam a maioria das especialidades dessa

modalidade de engenharia.

3.1 A escolha do tipo de pesquisa e de método

Em busca da compreensão das influências do tipo de estrutura e do modelo de

tomada de decisão no desempenho organizacional das Empresas de Grande Porte

da Engenharia Civil – EGP/EC, basicamente foi considerada a classificação

elaborada por Vergara (2004), que afirma que há várias tipologias de pesquisa e se

detém em dois critérios básicos: quanto aos fins e quanto aos meios.

Em relação aos fins, o presente estudo pode ser classificado como descritivo. Além

de Vergara (2004), Collis e Hussey (2005. p. 24), Hair et al. (2005, p. 83, 86) e

Meirelles e Gonçalves (2004, p. 122) entendem que a pesquisa descritiva aborda o

comportamento dos fenômenos, identificando-os, descrevendo-os e obtendo

características de um determinado problema ou questão. Além disso, os fatos

tabulados possibilitam estabelecer conexões não causais entre as diversas variáveis

estudadas.

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A pesquisa apresentada é descritiva e tem características metodológicas, que a

distinguem como qualitativa. Para Richardson (1999), nos últimos dez anos, as

metodologias de natureza qualitativa, que eram vistas com desconfiança pelos

cientistas ligados às áreas das ciências físicas e naturais, conquistaram

respeitabilidade. Essa conquista, segundo Ludke e André (1986), ocorreu a partir da

evolução dos estudos de natureza social, percebendo-se que o fenômeno social não

poderia ser isolado em um laboratório e submetido a testes com variáveis

controláveis, tais quais os procedimentos adotados