Analise Do Balanço De Pagamentos

Analise do Balanço de Pagamento

Um termo importante na Economia Internacional, o balanço de pagamentos é o nome dado ao registro contábil de todas as transações econômicas e financeiras de um determinado país com seus similares no mundo inteiro. É composto por duas contas principais:

• Conta corrente ou transações correntes, que é composta pelo saldo da balança comercial, balança de serviços e transferências unilaterais. É na conta corrente que são registrados as transferências de bens e serviços e as doações recebidas ou dadas sem existência de uma contrapartida.

• Conta capital ou financeira, que se destina a agrupar os investimentos diretos (tanto os de autoria de brasileiros no exterior como os de estrangeiros no Brasil), investimentos em carteira (são os investimentos feitos em ações, aplicações no mercado financeiro, e similares).

Quando o resultado de determinada conta é negativo, significa que houve maior saída de recursos naquela conta contábil em específico, sendo que resultados positivos acusam consequentemente, entrada maior de recursos.

Um resultado positivo do Balanço de Pagamentos equivale a um aumento das reservas internacionais, ou seja, um aumento dos dólares que entram em determinado país na forma de investimento direto, empréstimos, financiamentos e captações. Há a necessidade de se trocar estes dólares por reais nos bancos, para se fazer uso dos mesmos; os reais são injetados na economia e os dólares são retidos no Banco Central.

Acima uma tabela com os resultados do balanço de pagamentos do ano de 2000 até 2012.

Acontecimentos Econômicos

Agora vamos analisar os acontecimentos econômicos que influenciaram diretamente o superávit ou déficit nas contas econômicas:

 2001: Ataque as torres gêmeas nos E.U.A que abalaram a economia mundial. O desemprego dispara e o PIB americano fica estagnado (menor crescimento) e consequentemente economias emergentes como a do Brasil também esfriam e crescem menos que o esperado.

 2002: Circulação do euro em 12 países. Na América do Sul crise na Argentina, onde após 10 anos acaba com a paridade do Peso (moeda vigente) com o dólar. Descobertas de fraudes em grandes empresas americanas. No Brasil o dólar chegava a R$4,00 e o país atravessava por um teste pesado, criando um cenário de dúvidas dos investidores em relação ao próximo presidente que poderia suceder o então presidente Fernando Henrique Cardoso.

 2003 – Novo conflito envolvendo E.U.A com Iraque, que influenciavam diretamente o mercado internacional do Petróleo. Inicio de uma maré de confiança dos investidores internacionais, porém com politicas rigorosas que elevam os juros e segurava o crescimento econômico. Ganho de mercados e imposição sobre o mercado internacional, sinalização de crescimento da economia.

 2004- O PIB Brasileiro cresce em 5,7%, mostrando que o temor de 2002 e 2003 havia passado. Com politicas sociais, a criação de empregos bate recorde, e desacelerando a inflação, que mesmo sem bater a meta inicia uma estabilidade. Para muitos economistas começava um “ciclo virtuoso” da economia brasileira

 2005 – Temporada de muitos furacões nos E.U.A dos últimos 150 anos, com o furação Katrina devastando a costa do Golfo do México, que afetava diretamente a produção de petróleo, trazendo um prejuízo gigantesco na historia do país. No Brasil os juros continuam a cair, com muita lentidão. O mercado aéreo brasileiro olha dois gigantes agonizarem: Varig e Vasp

 2006 – Impulsão econômica da China e dos E.U.A, destacando a recuperação de Japão e Europa. O P.I.B do Brasil cresceu e fixou na base de 3,9%, beneficiado pela conjuntura internacional que proporcionou um afluxo crescente de capital.

 2007 – Fortalecimento do mercado de ações na economia brasileira, com lançamento de ações de diversas empresas na bolsa. Impulsão e expansão do crédito imobiliário, e no E.U.A a crise deste mesmo mercado começa a dar sinais de fracasso. Lançamento do PAC (programa de aceleração do crescimento) e nova descoberta de petróleo pela Petrobras.

 2008 – Ano contundente para economia mundial, principalmente no mês de Setembro. A quebra do banco de investimentos Lehman Brothers marca o início da maior crise econômica mundial desde 1929. Os riscos de uma crise profunda no sistema financeiro congelam o mercado de crédito global, desvalorizam preços de ativos, trazem pânico e reduzem a pó o crescimento da economia. No centro do furacão, os EUA, a maior potência econômica do mundo, e o subprime imobiliário, o crédito dado a mutuários sem condições de saldar dívidas.

No Brasil, grandes empresas como Sadia e Aracruz têm prejuízos gigantescos por conta da alta súbita do dólar. Em meio à turbulência, o País vira credor internacional com a soma de ativos superando a dívida externa. Brasil ganha grau