Analise Do Filme Germinal
Pesquisas Acadêmicas: Analise Do Filme Germinal. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: AmandaMarinho • 26/11/2013 • 1.444 Palavras (6 Páginas) • 1.164 Visualizações
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Titulo do filme: Germinal
Elencos Principais: Miou Miou, Renaud, Gérard Depardieu, Jean Carmet, Judith Henry.
Direção: Claude Berri
Produção: Renn Production
Ano: 1993
Duração: 154 min.
Gênero do Filme: Drama
Linguagem predominante: Informal
Temas Abordados: Culturais; Políticos;
O filme é baseado em um romance francês do autor Émile Zola, e retrata a realidade sociopolítica da França no século XIX. Através dele pode se observar as divergências que desde sempre existiram sobre as classes, como também a criação de exploração na qual os trabalhadores eram expostos e finalmente o surgimento dos grupos reivindicadores e das greves sindicalistas.
Germinal inicia-se com a chegada de Etienne Lantier, que está desempregado e à procura de emprego na companhia de mineração. Ele fica surpreso com a precariedade das condições de trabalho, constituída de pura exploração. Maheu, personagem de Gérard Depardieu, é um dos funcionários mais antigos da mina, e consegue arranjar-lhe uma vaga devido à morte de um operário. Quase todos os membros da família de Maheu trabalham na mina. A situação de pobreza dos personagens é evidente. Em contrapartida á realidade dos trabalhadores, o dia a dia da classe burguesa é completamente o oposto, com refeições fartas e casas luxuosas.
Como Lantier, não era natural do vilarejo, não aceita a exploração, necessidades e privações submetidas aos trabalhadores dali pela falta de igualdade, e de certa forma sua influência em um ambiente de ideias protestantes, faz com que ele incentive os outros mineradores a lutar por melhorias salariais e condições de trabalho dignas. Ele alia-se a Maheu, que trabalha como minerador desde a infância, mais precisamente desde seus 8 anos de idade, o mesmo possui influência para falar e organizar os demais mineradores, o que é essencial na formação dos grupos reivindicadores e o inicio das greves trabalhistas.
A vinda de novos trabalhadores da Bélgica, e a ameaça de demissão dos que não retornassem ao trabalho agravou as tensões. Alguns trabalhadores por não terem escolha se sujeitaram a voltara aos seus postos, enquanto outros preferiram a morte, a terem que deixar suas reivindicações de lado. Foi a partir daí que surgiram conflitos e mortes, inclusive do personagem de Gerard Depardieu.
Ao analisarmos o filme podemos fazer uma correlação com dois autores:
Karl Marx, que foi um grande filósofo, historiador, teórico, político e jornalista.
Segundo a sua visão, o filme Germinal, retrata as ideologias dele quanto à luta de classes sociais do passado semeado para gerações futuras; os dois parâmetros: família x classe trabalhadora; caracteriza a cultura do proletariado; divisão das classes sociais; submissão da mulher, sexo frágil, na burguesia e por outro lado a sua traição, em contrapartida a fidelidade da mulher operaria; péssimas condições de trabalho; reivindicações por melhores salários sendo a questão econômica um estopim; não era a hora de a greve estourar, era necessário que fosse greve geral no lema: “trabalhador unido, jamais será vencido”.
O pensamento de Marx é fundamentalmente, uma tentativa de entender a sociedade capitalista, onde a minoria (capitalistas) são os donos das minas e eles ditam as regras para a maioria (trabalhadores) os mineiros. Ele se dedica a analisar as divergências entre estas duas classes. A distância imensa e o equilíbrio entre os que detêm os instrumentos para a produção (burgueses), como maquinas e equipamentos e os que nada têm a não ser sua força de trabalho (os operários). Os seres humanos precisam ser membros de uma determinada forma da sociedade, pois eles não produzem individualmente.
Marx foi responsável pela descoberta das classes, da existência de classe na sociedade moderna, e segundo ele, essas classes surgem devido à divisão do trabalho, que é diferenciado entre a classe dominante (donos das minas) e a dominada (os proletariados – mineiros), permitindo assim acumulação de lucros por uma minoria. Nas sociedades pré-capitalistas o domínio e a economia se confundem com os laços pessoais que existem ente os indivíduos. Só com o capitalismo onde os trabalhadores vendem a sua força de trabalho a troco de meio de subsistência é que se tornam determinantes a atividade produtiva humana, pois o mesmo é baseado na expropriação de uma massa de trabalhadores. No pensamento de Marx as classes constituem elo, melhor dizendo o principal elo entre as relações de produção e resto da sociedade. As relações de classes são eixos da distribuição do poder político por sua vez dependendo também da organização política.
O esquema que Marx mostra uma transformação social revolucionaria é a seguinte: em uma sociedade estável quando se observa progressos na esfera da atividade produtiva surge tensão entre as novas forças produtivas e as relações de produção vigente, e as mesmas tendem a impedir as novas forças. Tudo isso graças ao conflito de classes, dando origem as lutas revolucionarias. O resultado dessas lutas não são muito boas para as classes contendedoras (ex Roma) ou reconstituição da sociedade em geral (ex-transição do feudalismo para o capitalismo) e diante de tudo que foi escrito pode-se perceber que o olhar de Marx é um olhar critico no que diz respeito a divisão do trabalho.
Émile Durkheim, considerado um dos pais da sociologia, em suas teorias sobre a divisão
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