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Análise Filme Tropa De Elite

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Por:   •  14/10/2013  •  1.199 Palavras (5 Páginas)  •  2.036 Visualizações

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O filme Tropa de elite tem como personagem principal o capitão Nascimento, do Batalhão de Operações Especiais da Polícia do Rio de janeiro (BOPE), que narra o processo de escolha de seu substituto. O referido Capitão é um policial honesto, competente e linha dura, mas que vive um dilema: prestes a ser pai e enfrentando a pressão da esposa para deixar a Polícia, ele precisa encontrar alguém para substituí-lo no Batalhão de Operações Especiais – BOPE. Contudo, encontrar alguém à sua altura parece uma missão quase impossível. O filme expõe a corrupção na polícia carioca de forma crítica e violenta, mas também mostra a hipocrisia da sociedade que critica a violência policial e ao mesmo tempo fomenta a violência consumindo drogas e alimentando o tráfico.

Numa das primeiras falas do filme, Nascimento divide os policiais do Rio (não só os do BOPE) em três categorias: os que se corrompem (caso da maioria da polícia militar (PM) do Rio), ou se omitem (ou seja, fazem vistas grossas para a corrupção existente na corporação, ou mesmo para a criminalidade e as irregularidades administrativas), ou vão “pra guerra” – os policiais do BOPE. O filme é uma obra que descreve fatos ocorridos na segurança pública do Estado do Rio de Janeiro na década de 90, durante a visita que o Papa João Paulo ll realizou a capital carioca, em 1997. O papa ficaria hospedado próximo a um morro dominado pelo tráfico e o BOPE foi acionado para evitar, ao seu modo, a ação de traficantes durante essa visita.

Há, no filme, uma relação orgânica entre a classe média e o narcotráfico. Para o capitão Nascimento, traficantes e usuários são igualmente perigosos para a ordem pública, pois, segundo o próprio, “quem ajuda traficante é cúmplice”. Dessa forma, procura-se derrubar a máscara da classe média “socialmente consciente”, que participa de ONGs, faz passeatas pela paz e que contribui para a marginalidade ao mesmo tempo em que procura exercer um papel social que, na visão do capitão Nascimento, não passa de uma forma de cinismo, pois “ninguém faz protesto contra morte de policial; protesto é pra morte de rico”.

É importante ressaltar que o BOPE de Tropa de elite, segundo o narrador do filme (capitão Nascimento), é grupo atípico da PM do Rio porque não partilha dos vícios e do abandono, por parte das políticas públicas, do restante da polícia, o que levaria a uma relação de interdependência entre essa banda podre da PM e o tráfico, envolvendo corrupção e venda de armas apreendidas a traficantes. O batalhão é de fato visto pelo capitão como um grupo de eleitos que se destacou física e moralmente do restante da polícia do Rio de Janeiro. Mesmo passível de erros numa ação, deve-se a todo custo preservar a honra e a integridade de uma história coletiva. Essa “superioridade moral e tática” dos membros do BOPE é claramente contraposta a uma ineficiente PM que não reage à “ordem” agressiva de um confiante, ainda que tenso, cap. Nascimento para que a PM não interfira na ação que o BOPE iniciaria, ao ser chamado devido ao seu melhor preparo para situações provocadas por uma guerra não-oficial (“Não vai subir ninguém! Vai todo mundo ficar quietinho aí!” grita o capitão, com o dedo em riste, aos PMs).

Criado em 1978 como “Núcleo da Companhia de Operações Especiais” e subordinado ao Chefe-Maior da Polícia militar do estado do Rio de Janeiro, denominado, em 1991, o BOPE, tem como atribuição agir “em situações críticas ou missões específicas” e está subordinado administrativa e operacionalmente ao Estado-Maior Geral da Corporação. Assim, pode-se dizer que o BOPE é parte oficial da política pública do estado do Rio de Janeiro: sua ações e métodos são, portanto, reflexos do que planeja e/ou se faz efetivamente no combate ao crime. Mais especificamente, como se age em “situações críticas” e no que consistem, segundo o filme Tropa de elite, essas situações. O BOPE, Tropa de Elite da Policia Militar carioca, é considerada internacionalmente como a melhor força de Combate Urbano do Mundo. Pelo fato de serem policiais militares, embora participantes de um grupo

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