Antropologia

Introdução

As ações afirmativas das Universidades em relação ao sistema de cotas é uma discussão antiga, porém é uma prática recente. O sistema de cotas passou a ser uma realidade em nosso país, quando a Universidade de Brasília – UNB , enraizou este programa beneficiando os candidatos cotistas no vestibular e recentemente em concursos públicos.

É de suma importância lembrar que, eram poucas as universidades públicas que reservavam vagas para candidatos afrodescendentes ou de baixa renda; todavia com o passar dos anos, mais e mais instituições de ensino superior aderiram por adotar a esta prática, uma medida que antes era provisória esta se tornando definitiva, pois as Universidades percebem o adormecimento dos governos federais, estaduais e municipais em melhorar o ensino nas escolas públicas.

Muitos acreditam que o fator cultural nacional, proporciona para que este modelo de sistema seja inserido , uma vez que o fator ideológico da escravidão foi e ainda é presente.

Iremos destacar neste trabalho o âmbito acadêmico da Universidade Federal de Roraima- UFRR, em relação a esta ação afirmativa do sistema de cotas; primeiramente o que nossos entrevistados conceituam pelo termo cotas? Conforme pesquisa realizada com cerca de dezoito acadêmicos de diversos cursos de graduação, obtivemos as mais variadas respostas e destacaremos uma delas : “Em conceito, um sistema de cotas é aquele que trata com diferença determinados candidatos a uma vaga em concurso, seja ele público ou privado, estabelecendo algum critério que o defina como pertencente a uma margem da sociedade de maior exclusão social; apesar desta diferenciação, tal qual é vista normalmente de forma positiva.

E seguindo com as demais perguntas:

-Você concorda com o sistema de cotas para o ingresso nas Universidades Federais ? Por quê?

-Você considera justo o percentual de (25%) de cotas para alunos de escolas públicas? Por quê?

-Você considera a política de cotas uma forma de preconceito? Por quê?

A voz das pesquisas nos prioriza em maior pontuação o SIM, as melhores respostas para a primeira questão, concordam que sim, pois o Brasil tem uma construção histórica, em que negros e indígenas foram explorados e marginalizados, logo merecem uma diferenciação no ingresso da universidade para mudar essa condição histórica, uma vez que este direito é garantido por lei e deve ser respeitado, e acrescentam também que é uma forma de oportunidade aos que não tem condições de frequentar o ensino particular, que é visto pelo mesmo, como o melhor, porém ressaltam que esta ação afirmativa não é suficiente para a resolução dos problemas no que diz respeito ao assunto.

E uma minoria vê esta ação como ponto negativo, considerando que não se faz necessário esta ação e sim deve-se melhorar o ensino em escolas públicas para que a disputa das vagas nas universidades sejam iguais a todos.

A voz das pesquisas nos prioriza para a segunda questão o NÃO , pois