Antropologia

Resenha do texto "Como trabalhar com raça em sociologia"Antonio Sérgio Alfredo Guimarães

O autor Antonio Sérgio Alfredo Guimarães professor de sociologia da Universidade de São Paulo propõe por meio de um texto reproduzir de maneira modificada uma aula dada em abril de 2000 a respeito do estudo do termo ''raça'' dentro da sociologia. No início do texto o autor define dois conceitos principais de distinção nas ciências sociais e primordiais para estudar raça dentro da sociologia. O conceito analítico e nativo. Enquanto o conceito analítico estuda uma teoria em cima de um determinado conjunto de fenômenos sociais o conceito nativo tem origem e significado histórico e é utilizado no cotidiano , ou seja tem-se uma diferença para termos utilizados pelo senso comum no cotidiano (nativo) para termos de uso científico nas ciências sociais ( analítico).

Essa distinção é fundamental para sociologia para entender o que é raça , por exemplo. Para Antônio Sérgio Alfredo Guimarães raça pode ser entendida em dois aspectos analíticos ou seja, dois aspectos científicos enquanto estudado pela biologia genética e pela sociologia. Para biologia e antropologia raças humanas foi definido como uma subdivisão da espécie humana ou seja aqueles que possuíam características físicas diferentes dos outros seriam divididos em grupos raciais levando a hierarquização desses grupos consequentemente ao racismo e genocídio de milhares de pessoas como na Segunda Guerra Mundial o holocausto de milhares de judeus justificado com a ideia hegemonia racial.

Após isso, inúmeros cientistas naturais esforçaram-se para demonstrar que a ideia de raça no sentido biológico não era verdadeira propondo ate que o nome fosse mudado e que falasse em ''população'' para se referir a esses grupos. Sendo assim, após inúmeros estudos genéticos raça passou a ser vista mundialmente como produto da cultura que devem ser estudadas por um ramo próprio da sociologia ou das ciências sociais. A sociologia interpreta raças como parte de um discurso de origem de certo grupo transmitindo traços desse grupo , por exemplo discurso sobre lugares: o lugar de onde um grupo veio como '' sou da Bahia, meu Amazonas'' frases como essa permite a identificação em relação a outros grupo, denominando etnias. Outros discursos como o modo de fazer certas coisas , modo de comer , dentre outros podem formar comunidades.

Quando etnias e raças estão não apenas em um a origem comum mas também em um destino político reivindicando tal destino adere-se a ideia de nação. O autor exemplifica ao relatar negros americanos que têm raça como categoria nativa se transformam em nação ao formarem um movimento nacionalista pois estão em um destino político em comum.

A noção de povo também é explicada como o sujeito dessas comunidades de origem ou de destino ou seja : o povo brasileiro que tem origem no Brasil, o povo paulistano que suas origens estão em São Paulo.

Outro conceito amplamente abordado no texto é o conceito de Estado , que para Weber , ''estado é uma organização política que tem domínio sobre um território e monopoliza o uso legítimo da força'' mas com o passar do tempo surge Estados-nação abrange muito mais que o uso da força para a garantia de direitos a seus cidadãos, o controle de fronteiras , emissão de passaportes e outros direitos.

O conceito de classe também explicado em termos analíticos como uma comunidade de destino ou de origem em processo de formação pois para ter uma classe é necessário ter um discurso de origem ou de destino, por exemplo : uma comunidade de determinada rua de São Paulo formam uma comunidade, ali se explicita a origem dessas pessoas: a cidade de São Paulo.

Cor,é relativamente trabalhada no texto devido ao fato de ser o conceito mais difícil de se explicar, por ser totalmente nativa o autor não consegue discorrer muito dela pois para as ciências sociais é usado para classificar