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Antropologia

Por:   •  29/11/2015  •  Trabalho acadêmico  •  1.237 Palavras (5 Páginas)  •  224 Visualizações

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UNIVERSIDADE ANHANGUERA – UNIDERP

Centro de Educação à Distância – CEAD

Professor/Tutor Presencial: Deise Puntel

Acadêmicos:

Carine Cardoso de Souza - RA 349276

Fabiani da Silva Bueno – RA 351648

Fabiano de Andrade Cardoso – RA 365600

Maria Elizete Dos Santos Moraes - RA 348490

Rosimeri Santos da Silva – RA 388259

O Serviço Social na Contemporaneidade

Professora EAD: Ma. Edilene Xavier Rocha Garcia

Pólo Taquara - RS

1º Semestre - Serviço Social

INTRODUÇÃO

Neste trabalho será abordada a compreensão do significado da profissão e de seu desenvolvimento sócio – histórico. Identificação das demandas presentes na sociedade, com aplicação de questionário com as Assistentes sociais da região sul do estado do RS visando a formular suas respostas profissionais para a questão do enfrentamento da questão social.


O CAMPO DE TRABALHO DO ASSISTENTE SOCIAL

Profissionais da região sul do estado do RS, que atualmente trabalham na área do serviço social, legislativo, meio ambiente e em uma Universidade Federal onde o trabalho é direcionado no que diz respeito ao repasse de bolsas de permanência e atendimento em um núcleo de profissionais que visa o desempenho acadêmico do aluno, observando as questões sociais, pedagógicas e psicossociais, foram entrevistados com questões sobre: o campo de trabalho do serviço social, como era quando iniciaram a carreira, como atualmente o mesmo se encontra, buscando dar enfoque para as mudanças que aconteceram e, quais as ligações destas com as questões sociais.

Estas entrevistas foram importantes para que fosse possível analisar as mudanças do campo de atuação do profissional do Serviço Social. Nas respostas das questões os entrevistados responderam de forma muito parecidas sobre os motivos que os levaram a escolher a profissão, os desafios, a certeza da escolha e as mudanças que aconteceram ao longo do trabalho, do início aos dias de hoje.

Os profissionais de Serviço Social entrevistados apontaram que foram motivados pela vontade de fazer algo, ou, de pelo menos participar de forma direta, ou indireta, nos processos de emancipação do ser social.  Informam que, nos dias atuais, um dos maiores desafios seria o de trabalhar com políticas existentes, que são pouco emancipatórias, um tanto quanto assistencialistas e, dentro disto tentar buscar a autonomia nos sujeitos. Em seus relatos apresentaram satisfação com a escolha da profissão, informando a certeza disso quando conseguem êxito nos seus atendimentos e quando um usuário tem acesso aos seus direitos através do Serviço Social.

Sobre as mudanças que aconteceram ao longo dos trabalhos feitos no inicio aos dias de hoje, citaram que, o conceito de Assistente Social teve ampla evolução até atingir o estado atual, com a proposta do SUAS, trouxe um avanço e uma concretização de um modelo de gestão que possibilita a efetivação dos princípios e diretrizes da política de assistência, destacam também que a deliberação ao PNAS e a construção do SUAS expressam um esforço coletivo e, que falando na mudança, mais especificamente na questão estudantil é possível observar a permanência do aluno dentro da universidade, através das políticas operacionalizadas, até a suas conclusão no curso.Segundo Montaño ,

O primeiro passo para quebrar o conservadorismo no campo da intervenção profissional, assumindo a responsabilidade e o desafio de enfrentar as demandas novas e emergentes, é saturar de conhecimento crítico sobre a dinâmica da realidade sobre a qual e com a qual se interage, realidade esta que deve ser o verdadeiro motor e sentido da profissão. Neste conhecimento real, o diálogo com as teorias sociais em geral deve ser fluido e constante. E para manter um relacionamento horizontal com as demais disciplinas sociais, o Serviço Social como um todo, deve produzir também conhecimento teórico-cientifico, deve aportar elementos para o debate e não apenas os receber dos outros (como tem sido feiro nas áreas tradicionais de intervenção do Serviço Social, desde a sua gênese), deve produzir conhecimento crítico sobre a dinâmica da realidade social.” (Montaño, 2009: 199)

Tendo acesso ao conteúdo do Projeto Profissional de 1980, podemos conhecer as suas bases legais e teóricas, encontrando dados sobre o “Projeto-Ético-Político do serviço social e sua relação com a Reforma Sanitária percebendo as bases que  influenciaram o projeto e qual o reflexo dele até hoje.

A década de 80 tem ampla relação com o Serviço Social, ela foi fundamental para o entendimento da profissão hoje, nestes anos iniciaram a maturidade da tendência atualmente hegemônica na academia e nas entidades representativas da categoria e, neste tempo aconteceu a relação do Serviço Social com o Movimento da Reforma Sanitária que podem ser resumidos como: a democratização do acesso, a universalidade das ações e a descentralização com controle social, significando a participação da sociedade civil na elaboração, implantação e fiscalização das políticas públicas, onde se compreende que o público deve ser expressão do conjunto das necessidades apresentadas pelos diferentes segmentos da sociedade.

Na saúde, nos anos 80, o movimento de Reforma Sanitária contribuiu na implantação do Sistema Único de Saúde, que visava assegurar, através de seus princípios, os direitos sociais. Entretanto a agenda da contra-reforma neoliberal tem dificultado a garantia dos direitos legalmente constituídos. Os aspectos históricos deste processo são complexos e não é nosso propósito aprofundá-los, e Serviço Social, tem em comum pauta dos direitos sociais como mencionam Paiva et al (1983, p. 168): “ O campo de atuação privilegiado do Serviço Social circunscreve-se em torno da viabilização de direitos sociais, expressos principalmente nas políticas sociais, programas institucionais e benefícios [...]”. Concordamos, portanto, com a afirmativa de Matos (203, apud BRAVO; MATOS, 2006, p. 213) de que “ [...] o trabalho do assistente social na saúde que queira ter como norte o projeto ético-político profissional tem que, necessariamente, estar articulado ao projeto da reforma sanitária.”

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