As cotas não reagem suficientemente ao racismo e ao seu desenrolar sociocultural
Artigo: As cotas não reagem suficientemente ao racismo e ao seu desenrolar sociocultural. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: 1312 • 10/6/2014 • Artigo • 266 Palavras (2 Páginas) • 261 Visualizações
É possível argumentar que as cotas apenas constatam, a nível institucional? o racismo dentro e fora da universidade, na medida em que para funcionar precisa do postulado de que há “brancos” e “negros”, isto é, há uma divisão prévia que se dá por meio de um mecanismo que produz dicotomias. Pode então, perguntar: qual o problema com as dicotomias? Acontece que a dicotomia é sempre acrescida de um elemento hierárquico: ela é a dicotomia de um maior e de um menor. O “branco”, no esquema dicotômico, ocupa um lugar privilegiado, enquanto que o “negro” ocupa um lugar desprivilegiado em relação ao “branco”. Portanto, um termo da dicotomia submete-se ao outro e estabelece-se, assim, uma relação hierárquica de dominação: o racismo, mas poderíamos falar do machismo também. As cotas não ultrapassam a dicotomia que estrutura o racismo enquanto tal, ao contrário, depende dela para efetivar-se e por isso não é possível afirmar que elas eliminem o racismo na universidade. Na verdade, as cotas apenas respondem de modo ainda insuficiente, ao racismo e seus desdobramentos socioculturais.
Aristóteles não isola muito um bem supremo, pois ele sabe que o homem, como um ser complexo, não precisa apenas do melhor dos bens, mas sim de vários bens, de tipos diferentes, tais como amizade, saúde e até de alguma riqueza. Sem um certo conjunto de tais bens, não há felicidade humana. Mas é claro que há uma certa escala de bens, pois os bens são de várias classes, e uns melhores do que os outros (1989, p. 30).
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