Cotas uma questão racial ou social?

Cotas uma questão racial ou social?

Ao estabelecer cotas para negros, o sistema brasileiro de educação gerou uma grande polêmica que serviu para desviar o foco da questão. Enquanto a parte a favor argumenta considerando índices afirmativos de que a maioria da população negra é a mais pobre em número proporcional muito superior ao que seria aceitável, os declaradamente contra questionam sobre o verdadeiro potencial para se integrar a vida acadêmica, e ao princípio da igualdade.

Dados publicados na revista Istoé em 05 de abril de 2013, indicam a situação do ensino superior no país, onde 31,1% dos estudantes são brancos, 13,4% são pardos e 12,8% são negros. Perante essa situação o Senado aprovou recentemente o projeto que regulamenta o sistema de cotas nas universidades, que prevê que até o ano de 2016, 25% do total de vagas sejam destinados a estudantes negros.

Porém se por um lado o Legislativo conseguiu agradar, de outro tende á conviver com parte indignada da sociedade que não consegue obter uma lógica nesta diferenciação racial, em uma nação que julga lutar contra o preconceito acreditando que a igualdade é evidente ao que aproxima não ao que difere.

Mas o que de fato é primordial não constitui em uma questão racial e sim social, pois o bem comum deveria ser algo tangível a todos. O Estado conseguiu com esses debates incumbir o que lhes diz respeito: Garantir educação ao homem indiferente de sua raça, sua cor, sua condição social, dizer sim ou não á cotas não nos levará a lugar algum o que certamente fará a diferença é estarmos a favor da educação, cobrando daqueles que elegemos nossos direitos constitucionais e não direitos preferenciais.