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As principais características dos sistemas abertos

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Por:   •  28/3/2013  •  Trabalho acadêmico  •  1.899 Palavras (8 Páginas)  •  4.669 Visualizações

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2. INTRODUÇÃO

As empresas que sobrevivem são aquelas capazes de responder aos desafios do contexto atual de mudanças constantes e aceleradas. As empresas que têm êxito são as que prevêem a mudança e desenvolvem antecipadamente as suas estratégias (Nadler, 1994). A diferença está na natureza proativa das ações empresariais, determinando o nível de sucesso alcançado.

Fatores como as inovações tecnológicas, maior competição, globalização, aumento nas expectativas e exigências dos consumidores, o contexto sócio-econômico instável, impelem as organizações para a mudança, para o desenvolvimento de novas competências que permitam maior adaptabilidade, flexibilidade e rapidez de decisão.

Segundo Nadler (1994) "a maneira pela qual a empresa organiza seus esforços pode ser uma fonte de grande vantagem competitiva, particularmente nas épocas em que aumenta o valor da flexibilidade, da adaptação e da administração da mudança".

Procura-se embasar teoricamente esta dissertação em Robbins (1990) que defende a melhoria da eficiência organizacional através de uma adequada estrutura organizacional, alinhada às variáveis contingenciais que a condicionam. Dentre essas são estudadas, neste trabalho: a estratégia e o ambiente organizacional.

Esta pesquisa apoia-se, também, na Teoria dos Sistemas Abertos e no conceito de Congruência Organizacional proposto por Nadler e Tushman (1994), propiciando um entendimento do funcionamento das organizações e dos componentes que devem estar em congruência entre si, para maior eficiência organizacional.

A unidade de análise é o que pode ser chamado de subsistema projeto de edificações. Os conceitos da Teoria Organizacional abordados são particularizados para esta unidade de análise. Ao que dispõe Robbins (1990): "os conceitos da Teoria Organizacional aplicam-se as subunidades da organização assim como para toda a organização. De fato, pode-se encontrar diferentes estruturas dentro de uma mesma organização".

2.1 ADAPTAÇÃO ORGANIZACIONAL

Miles e Snow (1978) condicionam a sobrevivência da organização à qualidade da adaptação conseguida pelo gerenciamento das principais variáveis ambientais, como: domínio produto-mercado da organização, a tecnologia que serve este domínio e a estrutura e processos organizacionais desenvolvidos para coordenar e controlar a tecnologia.

O alinhamento entre as variáveis organizacionais e o seu ambiente externo é o ponto chave de discussão deste trabalho. Parte-se da hipótese, de que organizações eficientes estão em constante mutação, redefinindo suas estruturas e processos de tomada de decisão e controle, estabelecendo mecanismos que complementem sua estratégia, de modo a se adaptar às mudanças e incertezas ambientais.

Salienta-se que a adaptação organizacional, abordada neste estudo, considera as escolhas estratégicas dos dirigentes, modificando a sua estrutura e manipulando o seu ambiente, para melhorar a sua performance, rejeitando o determinismo ambiental da perspectiva da seleção natural. Dessa forma permitindo não só sobrevivência, mas êxito.

Aldrich e Pfeffer apud Mello (1997) afirmam que as decisões tomadas pelos dirigentes das empresas têm mais força do que o determinismo ambiental, e por sua vez tentam manipular o ambiente para criar demandas ou proteção da concorrência.

2.2 TEORIA DOS SISTEMAS ABERTOS

Um Sistema pode ser definido como um conjunto de partes interagentes e interdependentes que, conjuntamente, formam um todo unitário com determinado objetivo e efetuam determinada função (Rebouças, 1997).

Os sistemas abertos reconhecem a interação dinâmica existente entre o sistema e o seu ambiente. Os elementos que o constituem formam um mecanismo que recebe insumo do ambiente e transforma esse insumo em produto. A figura 1 representa de forma simplificada um sistema aberto.

Figura 1 – Sistema Aberto Básico (adaptado de Robbins, 1990)

Segundo Robbins (1990) todo sistema é caracterizado por duas forças: diferenciação e integração. Uma organização desempenha diferentes atividades especializadas, compondo os subsistemas (diferenciação) que precisam estar integradas para que formem um todo completo e unificado (integração).

Algumas características básicas dos sistemas abertos são evidenciadas nas organizações (Nadler e Tushman, 1994, Robbins, 1990):

• consciência ambiental: o sistema e o ambiente são interdependentes. Mudanças no ambiente afetam um ou mais atributos do sistema, assim como mudanças no sistema afetam o seu ambiente. Na construção, mudanças nas demandas de mercado, condicionam as tipologias das edificações;

• interdependência interna: as mudanças num componente de uma organização têm, frequentemente, repercussões sobre outros componentes, porque as partes são interligadas, ou seja, o redirecionamento do processo de projeto tem repercussões na forma com que se executa a edificação;

• capacidade de feedback: os sistemas recebem informações constantes do ambiente. Essas informações permitem o ajustamento do produto, sendo usadas para controlar o sistema, servindo como referência para avaliações, correções e mudanças. Nesse caso, a avaliação pós-ocupação tem uma contribuição fundamental para a garantia da qualidade dos projetos;

• equifinalidade: diferentes configurações de sistemas podem levar ao mesmo fim ou ao mesmo tipo de conversão insumo/produto. Não há uma "melhor" maneira de se organizar;

• Equilíbrio entre atividades de manutenção e adaptação: as atividades de manutenção asseguram o equilíbrio entre os vários subsistemas e do sistema com seu ambiente; as atividades de adaptação são necessárias para que o sistema possa se ajustar ao longo do tempo frente as variações internas e externas na demanda.

2.3 CONGRUÊNCIA ORGANIZACIONAL

A congruência entre dois componentes é definida como o grau em que as necessidades, demandas, metas e estruturas de um componente são coerentes com as necessidades, demandas, metas e estruturas de outro componente. A congruência é a medida de adequação entre pares de componentes (Nadler e Tuhman, 1994).

Nesse sentido, uma organização é mais eficiente quando há consistência entre a estrutura organizacional e as variáveis contingenciais relacionadas,

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